Vikings foram o povo mais badass que eu conheço. Com eles não tinha essa de ser mais ou menos bonzinho pra te ferrar depois, eles já partiam pra porrada. Só que como grandes navegadores, seria inevitável uma troca, ainda que não tenha sido essa sua intenção. Entre elas estava uma família de camundongos, que acabaram sendo os pais de muitas espécies de roedores caseiros que, se dermos sopa, se mudam para nossas casas sem pagar aluguel.
A drª Eleanor Jones não tem nenhum parente arqueólogo nem é esposa de ex-presidentes. Ela trabalha no Centro de Biologia Evolutiva da Universidade de Uppsala, na Suécia. Apesar de bonitinha, não é nenhum vulcão sexy que o imaginário atribui a todas as suecas (sim, eu conheci suecas feias).
Pelas próprias palavras de miss Jones (que não é cantora nem batizaram músicas em sua homenagem, com a voz do Frank Sinatra) seus interesses se focam naqueles roedores safadinhos, os Mus musculus (Jerry, para os íntimos). Praticamente, estas lindas criaturinhas simpáticas, sensiveis e que podem trazer várias doenças para dentro do seu lar, co-evoluíram com os seres humanos. Praticamente, eles são extremamente dependentes de nós e os tolos humanos acabaram dando abrigo, comidinha e um lugar quentinho para estas pragas se espalharem. Eles não são branquinhos nem tem olhos vermelhos como catchup, então o PETA não se preocupa com eles e os vegans pouco se importam se eu der um tiro de 12 neles.
Estes camundongos se espalharam por todo o mundo, vivendo e convivendo conosco para todo sempre, até que a ratoeira nos separe (se bem que eu acho que o nome deveria ser camundongueira, mas ninguém me pede opinião).
A estratégia de ação deles é comer o máximo que puder e se edsconder antes que possamos tomar alguma atitude. Isto acarretou numa seleção onde os animais de pequeno porte, capazes de se esconderem em qualquer canto, tiveram mais chances de não serem agarrados com muita facilidade. entretanto, a pergunta que fica é: ok, eles se espalharam pelo mundo. Como?
A tese de doutorado de Hey, hey Miss Jones, se direcionou nos dentuços domésticos na região norte do Atlântico a leste, que engloba a Escandinávia, as Ilhas Britânicas, as Ilhas Faroé, Islândia, mesmo estendendo-se até a Groenlândia e Terra Nova. Usando filogenias de DNA mitocondrial de duas amostras antigas e modernas e evidências arqueológicas, os camundongos em toda a região parecem estar intimamente relacionadas às colonizações vikings. A pesquisa foi publidada no periódico BMC Evolutionary Biology.
Eu já tinha explicado antes o que são espécies invasoras. Temos espécies de animais, plantas ou outro tipo de ser vivo que não pertence a uma determinada região, mas que pode acabar indo parar em um determinado lugar, acabando por ser exterminado devido às condições hostis, ou podem se alastrar que nem uma praga. No caso da refetida pesquisa, camundongos acabavam se misturando com as provisões e indo pegar carona nos barcos vikings. Não necessariamente usando um capacete de chifres como a da ilustração de abertura, já que nem mesmo os vikings usavam capacetes assim. É pura lenda isso, tentando retratá-los como criaturas demoníacas.
Quando os barcos atracavam e os navegantes descarregavam suas tralhas, os camundonguinhos iam junto e buscavam um lugar pra se esconder, de preferência perto da comida. As análisesgenéticas indicam que pouca coisa mudou em nível genético, podendo-se traçar tranquilamente uma linhagem de parentesco entre os camundongos daqui e os do norte da Europa, e ligando-os através de registros arqueológicos deixados pelos seus papais e mamães de dente comprido.
Toda espécie causa desequilíbrio e nós não somos uma exceção, pelo contrário. Ao introduzir uma nova espécie numa outra região, esta nova espécie causará um impacto, pouco importando como seja este impacto, mas que, no fonal das contas, o responsável foi quem introduziu esta espécie até então alienígena ao local.
Isto serve como alerta ´para quando você pensar que pode matar um destes roedores. Algum deles pode realmente se irritar, sacar um martelo e berrar “ODIIIIIIIIIIIIIN” e partir pra porrada. Se vcê é algo menor que o Galactus, SAIA CORRENDO!
Fonte: National Geographic
Pior que não há predador para essa praga – digo – numericamente !!! Antigamente os gatos ainda perseguiam os rato ( veja o Tom e Jerry ), hoje isso é impossível pois os gatos domésticos têm até medo do rato! Ou, o máximo que fazem, é brincar com os camundongos!! As ratazanas – por vezes maiores que os próprios gatos – se acham o próprio Cap. Nascimento, dizendo: ” quem manda nessa porra aqui, sou EU ” !!!!
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Desculpe a rápida escapada de assunto, mas dê uma olhada no perfil do tal Emerson.
Postagem limada pelos Poderes Supremos. Não desvie o assunto dos meus artigos e estou pouco me lixando pra criminosos.
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Puta que pariu, como eu odeio quando vocês fazem isso.
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@GusC, o Emerson é o nome de um dos vikings que espalharam os ratos pelo mundo? De fato é um criminoso!
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@Nihil Lemos, diria que ele eh descendente de um dos ratos trazidos pelos Vikings.
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@GusC, se sou descendente de um dos ratos trazidos pelos vikings você, que desviou o assunto, descende do que?
Bem, não vou estender essa discussão. Se você refletir sobre a minha sarcástica resposta você vai entender a minha ironia.
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Ratos, pardais, coelhos, pombos… Esses bichos viraram pragas depois que saíram de onde não deveriam ter saído. Mas hoje em dia está difícil isso acontecer uma vez que QUASE todas as áreas do planeta já foram exploradas.
Não necessariamente usando um capacete de chifres como a da ilustração de abertura, já que nem mesmo os vikings usavam capacetes assim.
A cada artigo tenho uma decepção, André. Não vai demorar e você dirá também que Colombo não descobriu a América. :|
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Vc ficaria triste se eu dissesse que a Escola de Sagres nunca existiu tb?
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@André, muito. Com licença que agora vou cortar os meus pulsos. :sad:
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Muito pior que os camundongos são outros dois produtos de exportação dos escandinavos: os Trolls e os SPAMs. :razz:
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