Beth Din não é nome de artista de Hoollywood. Também chamada de Beit Din (ou "Casa do Julgamento"), trata-se de um tribunal rabínico da ala ortodoxa do judaísmo. Eles são responsáveis pela aplicação da Halachá, as leis judaicas que se baseiam não só na Torah (o Livro da Lei) como nos costumes judaicos provindos daí em diante. Só para ser implicante, eu posso comparar isso com a Sharia, o código de leis dos muçulmanos. Na melhor das comparações, são leis idiotas escritas na Idade Antiga/Média e se baseiam em crendices, costumes tribais e em uma absurda ignorância provinda de uma estupidez galopante.
Leis evoluem (ou deveriam) junto com a evolução da sociedade na qual ela é aplicada. É como matar mulheres estupradas, sob a acusação de adultério. A Igreja Católica até que evoluiu nesse ponto. Ela não manda mais matar as crianças abusadas sexualmente; prefere condená-las ao inferno, enquanto entra com um processo contra a mãe por assassinato (no caso, do feto que uma menina de 9 anos estava esperando, fruto de violência sexual). Coimo prova que a religião evoluiu de forma bem lentamente, um tribunal judaico de Jerusalém (Israel) condenou um cão vira-latas à morte por apedrejamento. Acusação? Ele era a reencarnação de um advogado!
Eu sempre achei que, de uma forma geral, advogados estão entre as mais baixas formas de vida existentes. O problema é que precisamos deles, da mesma forma que precisamos de bactérias em nossos intestinos (na verdade, a semelhança entre eles é pouca: ajudam até onde querem, nos provocam doenças e quando podem, acabam nos devorando).
O caso começou há cerca de 20 anos, quando um advogado secular insultou o tribunal e, ao que parece, xingou muito os seus juízes. Devemos lembrar que nesta época não existia Twitter ainda e o advogado não podia fazer um Vlog no YouTube; em contrapartida, os juízes não acreditaram que aquilo era for the lulz e amaldiçoaram o advogado, de forma que seu espírito reencarnasse num cão, animal que não tem um bom IBOPE junto àquele pessoal. O advogado morreu vários anos depois, mas com certeza era devido à mardissaum malígrina.
O tempo passa, o tempo voa, o Bamerindus não existe mais e suas economias antes do plano Collor foram pro cacete!
Há algumas semanas um cachorro (notadamente um servo de Ha-Satan) entrou o tribunal like a boss e se recusou a sair. Tentaram arrastar o canídeo, mas ele não deu a menor bola. Então, a lógica e o bom senso falaram alto na mente religiosa e um dos juízes lembrou-se da maldição imposta ao advogado que andava pela Terra. Na mesma hora lavrou a sentença: Morte por apedrejamento, o que demonstra incompetência até nisso. Se fosse o juiz Dredd explodiria o canídeo com uma granada, depois de citar trezentas leis de cada infração cometida.
Como prova que o cão gostava de chupar manga, mesmo com a sentença lavrada o cão conseguiu fugir do prédio do tribunal antes que a condenação fosse levada a cabo. Fofoqueiros dizem que ele foi treinado pelo Bruce Willis, mas considerando que o prédio não foi explodido, não creio que haja muita verdade nisso. Os juízes, que nem vilões de filme B, ordenaram a todas as crianças da localidade que encontrassem o cachorro e executassem a sentença. Até agora, nada. Mazel tov para nosso amiguinho de quatro patas.
Até agora não se sabe o paradeiro do Cão Sith. Oficiais de Justiça estão vasculhando os canis da cidade, mas em um deles um velhote obstruiu-lhes a passagem dizendo que aqueles não eram os cães que estavam procurando.
Fonte: BBC Brasil, óbvio.

Macacos na África do Sul, cães em Israel… O que mais falta? Como tem maluco nesse mundo…
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É incrível mas isso acontece mesmo…tenho uma tia,infelizmente crente,que tinha um gato e mandou jogá-lo em outro bairro,dizendo que o bichano estava amaldiçoado(só porque começou a arrancar cabeça de pombos no quintal dela).
um tempo antes de se livrar do felino,lembro-me de uma vez que ela falou que o tal bichano não miava nunca,q ele tinha algo de sinistro… então um certo dia ele teve a infelicidade de cair dentro de minha cisterna(5 mil litros)..ficou um bom tempo por lá..miando e nadando pra kct…e adivinhem quem salvou o cat? :mrgreen:
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Até imagino a cena:
“Lembrei-me! Lembrei-me! Eu estava lá quando condenamos esse homem/cão!”
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Noto, em menor grau, acontecimentos absurdos envolvendo religião e animais aqui também, em pleno Estado de São Paulo. Quando estava em Lorena, uma vizinha que tinha cachorros estava me perguntando sobre animais que a minha família cuidava na minha cidade de origem. Eu respondi que havia cadelas, mas também gatos. Foi o estopim: “Deus me livre! Gatos? Você não sabe como os gatos são considerados? Que fiquem longe de mim! Senhor, guarde-me disso”
:???: : esta foi a minha expressão. Estava conversando, ali mesmo, com um fóssil da Idade Média. Antes de refutar a falta de raciocínio desse Homo habilis com explicações históricas sobre a Peste, perdi o ânimo e fui embora. De posse disto, preferiria conversar com um tigre de pelúcia. Ao menos, ele não zurraria em 200 dB.
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Ela não perguntou se sua irmã, mãe tia etc pesavam mais que um pato?
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@André, Não. :lol:
Contudo, uma inquisição como esta possivelmente não deixou aquela latrina, digo, boca, porque não dei tempo para ela continuar e saí andando. Imagine se eu tivesse dito que minha mãe havia recolhido um casal de gatos pretos, ainda filhotes? :shock:
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@Cobalamina, se você assistiu ou jogou Silent Hill deve saber. Coloque os lindos gatinhos pretos no lugar da Sharon… :roll: Cuidado com a Chistabella! :shock:
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@Nihil Lemos, :lol:
Só tem uma pequena diferença: a Christabella é uma “witch-hunter” ficcional. Essa mulher de quem eu falei era bem de carne e osso (parafraseando o Chaves, mais osso do que carne, enfim… :mrgreen: ). Os criadores de Silent Hill que me desculpem, mas esta realidade é mais aterrorizante do que a imaginação deles. :shock:
Eu prefiro falar sobre Heinz Konsalik com a Carla Perez, deve ser mais produtivo. Ou ir ver o filme do Pelé. Isso, isso, isso, isso!
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Os criadores de Silent Hill que me desculpem, mas esta realidade é mais aterrorizante do que a imaginação deles.
Me lembrei de Carl Sagan. Ele disse algo similar, mas não encontro a frase.
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