Como disse o grande capitão Rodrigo Cambará (Google pra quem quiser), as guerras são a diversão do homem. Pode ser, pode não ser. Mas sempre que possível, o ser humano tende a bancar o idiota, e as guerras são a melhor expressão dessa idiotice. Assim, como aproveitar a ocasião senão para se distrair um pouquinho, antes que algum louco venha com um armamento melhor que o seu, pronto a mandá-lo pro Inferno? Soldados israelenses resolveram se descontrair um pouco e entraram, literalmente, na dança. Com direito a videoclip e tudo o mais.

Obrigado, YouTube. Como viveríamos sem você?

Segundo notícia trazida pelo Arauto da Insanidade, alguns soldados israelenses estavam de patrulha numa região da cidade de Hebron, na Cisjordânia. De repente, a intrépida trupe de Javé começa a se balançar ao som da cantora Ke$ha. Você já ouviu falar dela? Nem eu. Viu como é legal a Internet? Sem´pre conhecemos coisas novas. Se são úteis, é outra história.

Como isso não seria tosco o suficiente, os marmanjos foram filmados (obviamente, por algum outro soldado), ao som de uma música chamada Tik Tok, que eu também nunca escutara antes. Eles fazem até uma coreografia lindinha, pelo menos, imagino que dançar com uma mochila de equipamentos de uns 35 kg e um fuzil realmente não deve ser fácil, mas até que sua dança é… bem, eu ia dizer interessante, mas é só engraçada, mesmo. Acompanhem o vídeo abaixo (detalhe para 1min05s, onde eles ficam passando a mão na bunda que nem na dança da Macarena, e aos 1min22s, quando eles imitam a Dança do Passarinho e depois saem saltitando de mãos dadas).

Como puderam notar, dava pra ouvir um imã chamando os fiéis muçulmanos para oração, enquanto os bailarinos de Javé rebolavam com mais sincronia que muita banda de Axé. Segundo o jornal israelense Ha’aretz, o vídeo foi ao ar no domingo, mas foi retirado na segunda. Como o alto-comando da IDF (Força de Defesa de Israel) não entende como a Internet funciona, não esperavam que acontecesse o óbvio: começou a aparecer centenas de vídeos iguais pelo YouTube afora, e não duvido que esteja no Vimeo, Daily Motion etc. Eu mesmo já salvei aqui por via das dúvidas.

Ainda segundo o jornal, os soldados dançarinos poderão ser punidos por causa da brincadeira. Um desses vídeos é o que coloquei acima, e vem com o título “It’s easy to laugh at the occupation when you’re the oppressor (and a douchebag)“, ou em bom português (tradução livre): “É fácil rir numa ocupação quando você é o opressor (e um saco de bosta)”.

Acho que dá pra notar a qual lado o postulante deste vídeo pertence.

Estou ainda decidindo pelo vídeo. Não deixa de ser uma afronta a quem mora no território ocupado, mas, convenhamos, que é engraçado, isso é. Seria mais engraçado ainda se o Achmed aparecesse e acabasse com a festa. Fico aqui imaginando qual será a próxima música que usarão em apresentações futuras. Eu sugiro o padre Jony. Devemos ter em mente também que as mulheres se alistam no exército israelense. Será que um pelotão delas faria um show similar com, digamos, pole dancing? (por favor, Marcha Algorítma NÃO!)