Mulheres são condenadas por terem feito sexo fora do casamento

chicote.jpgE aqui estamos nós, com mais uma notícia do maravilhoso povo civilizado que segue a cartilha de Alá. As pérolas dos Camelinhos de Alá são várias, então fiz um apanhado do que andou ocorrendo esses dias, como o caso de 3 mulheres terem sido sentenciadas a levar umas chibatadas, sob a acusação de terem pulado a cerca e terem feito sexo fora do casamento. O país onde ocorreu esta incrível demonstração de civilidade? Malásia.

Ontem (17/02) o ministro do Interior malaio, Hishammuddin Hussein, anunciou que no dia 9 de fevereiro, 3 mulheres foram punidas com 6 golpes de varas (não, não é essa vara) nos arredores da capital, Kuala Lampur. A acusação era por terem mantido relações sexuais fora do casamento.

Segundo os islâmicos, esta punição é “suave”, pois são em mulheres, já que isso funciona (segundo eles) de forma a causar maior impacto psicológico do que o de dor física, conforme notícia da BBC. Impacto psicológico entende-se como humilhação, reprovação e estraçalhamento total do que costumamos chamar de Direitos Humanos. Entretanto, Hussein não viu nada demais, apesar de concordar que elas sentiram dor, mas que isso não deveria ser mal interpretado a ponto de sujar a “pureza do islã”, como coisa que eles não tenham as mãos sujas de sangue.

Enquanto as mulheres ficaram com o lombo ardendo, outra malaia, Kartika Sari Dewa Shukarno, aguarda a reavaliação da sua sentença (que deverá ser aplicada de qualquer forma) só porque tomou uns goles de cerveja. O interessante é que o Al Quram não proíbe que se beba algo alcoólico. Ele recomenda moderação, só isso. Mas vocês sabem como são toscos fundamentalistas, não é mesmo?

Shukarno provavelmente deve ser alguma fanática religiosa, pois ela mesma afirmou que queria ser punida e, melhor ainda!, em praça pública. A mania de se sentir mártir não é exclusividade de cristãos; está presente em qualquer religião.

Mas, e quanto aos homens?

Também segundo a BBC, a corte na região de Jazan, no sul da Arábia Saudita, condenou um membro da Comissão para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício (mais conhecida como Polícia Religiosa, ou Gestapo de Alá) a receber 120 chibatadas por ter casado com seis mulheres! Percebem a ironia da situação? A profissão do cara é exatamente fazer seguir os princípios das leis islâmicas, mas o sujeito foi o primeiro a transgredir. O que será que Juvenal pensaria disso?

Nesse meio tempo, vocês devem estar pensando: Mas o cara não pode ter quantas mulheres quiser? Bem, sim e não.

Esposa MESMO, o sujeito pode ter “apenas” quatro (com direito a quatro sogras… Melhor casar com quatro irmãs). O detalhe é que Don Juan de Toalha na Cabeça terá que tratar todas as esposas igualmente. Se der um bracelete com 365g de ouro para uma, terá que dar os mesmos 365g de ouro para cada uma das outras. caso contrário, ele vai tomar um corretivo.

Não obstante o número de esposas, Casanova do Deserto poderá ter um harém (“proibido” em árabe), onde pode manter umas concubinas (aka escravas sexuais). Obviamente, mulheres são mulheres em qualquer parte do mundo e todas elas adoram ouro, pedras preciosas e seus melhores amigos: os diamantes (sem trocadilho). Imaginem sustentar 4. Já é difícil, agora pensem que o mané, que não deve ganhar um salário que se pode dizer “WALAH!”, teria que sustentar 6!

O esperto alegou ignorância em relação ao Islã, dizendo que só teve a escolaridade básica e que desconhecia a proibição de mais de quatro esposas. Isso dá o que pensar: COMO o sujeito fará cumprir uma lei que ele mesmo desconhece? Não que eu duvide que ele mal saiba ler e as Polícias Militares daqui do Brasil não me deixam pensar diferente. Mas quem fez a seleção? Ah, sim… o primo do vizinho do cunhado da lavadeira que esfrega o chão do banheiro que usou uma vez arrumou um cacho pra ele. Tô sacando.

Como toda instituição paranóica, a Gestapo de Alá fiscaliza seus próprios homens, que nem a KGB fazia na extinta União Soviética. Isso, como eu mencionei acima, seria algo para Juvenal ver de perto, mas o coitado morreu já faz um tempinho. Dessa forma, foi a própria polícia religiosa que descobriu o caso.

George Orwell escreveu 1984 pensando na política soviética de sua época. Mal sabia ele que o que escrevera serviria de metáfora para outras sociedades. O Grande Irmão observa a nós todos.

Um comentário em “Mulheres são condenadas por terem feito sexo fora do casamento

  1. Isso tudo me leva a pensar que conceito de ética e pensamento consciente vem da própria civilização.

    Pelo nosso senso de ética e comportamento, uma mulher ter relações por sua própria escolha (e com o seu próprio corpo) estaria nos mais plenos direitos de escolha que cada cidadão tem em fazer o que quer com quem bem entender.

    Por isso que só podemos lamentar tamanha injúria desses países repletos de dogmas.Afinal, tudo que existe lá que é o certo para eles.

    Fico pensando, o que teria acontecido com a humanidade, se a mesma tivesse sido criada sob ensinamentos astronômicos ? Se todos soubessem o quanto de valor temos

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