Dançarina de boate vira freira e ensina ‘dança sacra’ na Itália

Atenção, senhoras e senhores passageiros! Aqui nós temos a Pérola da Semana: Uma ex-bailarina de boate e ex-acompanhante scort (puta, em termos diretos) de Milão tornou-se freira há um ano e agora dá aulas de dança contemporânea nos arredores de Roma. Isso significa que a distinta ex-dançarina, ex-puta, ex-sem-vergonha e ex-seilá-o-mais-o-quê resolveu ser noiva de Jesus, já que há muito tempo ela reza na Oração de São Francisco: “É dando que se recebe”.

Anna Nobili entrou para a Congregação das Irmãs Operárias da Santa Casa de Nazaré e fez os votos no final do ano passado, sagrando-se uma perfeita… Bem, uma operária de Nazaré, e (suponho eu) tendo como modelo pessoal uma certa dona que corneou o marido, dizendo que o pai do filho dela era do boto do Espírito Santo, e outra que andava com 13 machos, mas que a própria ICAR garantiu que era de reputação limpa (o trocadilho é por sua conta, surgirão mais no decorrer da notícia).

Além de se apresentar em boates, Anna também participava de programas de televisão como bailarina. Em 1995, ela teve o que definiu como uma “crise mística” e resolveu mudar de vida. O caminho da conversão ao catolicismo e a decisão de se tornar freira não foram fáceis, segundo a religiosa. Foi um caminho longo e Irmã Anna conta que teve uma espécie de iluminação, depois de tentar mudar de vida várias vezes, inclusive por meio do budismo.

“Antes, eu dançava sobre cubos e fazia ‘lap dance’ para homens que queriam apenas meu corpo, estava jogando a vida fora em boates transgressivas, fazendo sexo sem amor, que procurava como uma droga”, disse Anna Nobili, de 38 anos, em entrevista ao jornal La Repubblica nesta sexta-feira (03/04). Entretanto, a dança voltou a fazer parte da vida da religiosa depois que o bispo da cidade de Palestrina, a cerca de 35 quilômetros da capital italiana, ofereceu à freira um espaço no convento para que ela pudesse ensinar passos de dança aos jovens da diocese. Afinal, a Igreja é um perfeito lugar para esse tipo de manifestação. Só não ficou esclarecido se as aulas são para ensinar aos coroinhas se… cahan… apresentarem para os padres. De qualquer forma, abaixo estão as fotos da bela Irmã Anna antes e depois de entrar pra vagabundagem (fica a seu critério descobrir qual foto é a antes e depois).

Irmã Anna define o tipo de dança que faz e ensina agora como “holy dance” (ou dança sacra). “Agora, danço para Deus, e meus passos e minhas coreografias são dedicadas a ele”, afirma. E isso é perfeitamente bíblico, já que no segundo livro de Samuel, a bicha louca do Davi dançou pra Javé, vejam:

2 Samuel cap. 6

13. E sucedeu que, quando os que levavam a arca do SENHOR tinham dado seis passos, sacrificava bois e carneiros cevados.
14. E Davi saltava com todas as suas forças diante do SENHOR; e estava Davi cingido de um éfode de linho. (eu falei que haveria mais trocadilhos)
15. Assim subindo, levavam Davi e todo o Israel a arca do SENHOR, com júbilo, e ao som das trombetas.
16. E sucedeu que, entrando a arca do SENHOR na cidade de Davi, Mical, a filha de Saul, estava olhando pela janela; e, vendo ao rei Davi, que ia bailando e saltando diante do SENHOR, o desprezou no seu coração.

Imagino a cara da dona olhando praquele… cahan… passinho de dança e pensando: “Cara, aquilo é uma BICHONA!!!”

Tanto é que no versículo 20, Micol paga um esporro em Davi

2 Samuel 6:20 – Voltando Davi para abençoar a família, Micol, filha de Saul, veio-lhe ao encontro e disse-lhe: Como se distinguiu hoje o rei de Israel, dando-se em espetáculo às servas de seus servos, e descobrindo-se sem pudor, como qualquer um do povo!

Considerando que Irmã Anna não tem nenhuma mulher ciumenta no pé dela, ela pode dançar e rebolar à vontade. Eu até gostaria de vê-la dançando com o hábito, ao som de Joe Cocker.

Cof.. Cof… bem, onde eu estava mesmo? Ah, sim. Na notícia…

O grupo da nossa Julie Andrews Irmã Anna chama-se “grupo de dança litúrgica Holy Dance”, com o qual a minha, sua, nossa e da torcida do flamengo, irmã Anna vai se apresentar na próxima terça-feira (07/04) em uma das principais basílicas de Roma, a Santa Cruz em Jerusalém, durante a apresentação do livro “Bíblia dia e noite”, de Giuseppe Carli e Elena Balestri.

Segundo a tradição, nesta igreja, uma das mais antigas de Roma, estão guardadas relíquias da cruz onde Jesus Cristo morreu, mas daí eu me lembro da citação do sábio irmão Willian de Baskerville, em “O nome da Rosa”: Fragmentos da cruz vi muitos outros, noutras igrejas. Se todos fossem autênticos, Nosso Senhor não teria sido supliciado sobre duas hastes cruzadas, mas sobre uma floresta inteira.

Na entrevista ao La Repubblica, a religiosa compara sua história a de muitas outras moças. Diz que teve uma infância violenta e sem amor. Seus pais se divorciaram quando ela era pequena e, aos 13 anos, foi viver sozinha em Milão.

“Procurei a felicidade nas luzes do palco e da noite. Os homens gostavam de mim. Descobri a dança, e isso foi um meio para fazer conquistas. Estava no centro das atenções e jogava fora meu corpo”, afirmou. Em outra parte da entrevista disse: “Fiz uma intimação a Deus: ‘se você está aqui, deve dizer pessoalmente, sem intermediários'”. A freira afirma que sua conversão ocorreu ao visitar a Basílica de São Francisco e Santa Clara, em Assis. Diante da basílica, irmã Anna disse que se surpreendeu com as cores do céu, sentiu a presença de Deus e começou a dançar diante das pessoas, provavvelmente ainda sob algum efeito de um entopercentezinho básico. Ou então o sacristão errou a erva que deveria ser posta no turíbulo

“No trem, de volta a Milão, percebi que Deus havia entrado dentro de mim. No espelho do banheiro, não me reconheci, houve uma transfiguração”, diz a freira que foi introduzida pelo Espírito Santo a ponto de ver estrelas. Irmã Anna conta que ainda dançou como profissional de boate mais uma noite e, depois, desistiu. Provavelmente ela percebeu que tava ficando velhinha pro serviço ou foi demitida mesmo, para dar (ops) lugar a uma dançarina mais nova. Esse meio é muito disputado, se me compreendem.

“Eu poderia ter escolhido uma vida normal, ter uma família, filhos, mas minha busca me levou a uma escolha radical, evangélica. Aos poucos, cortei tudo. Fiz as pazes com meu pai e comecei um processo de purificação”, disse nossa brava irmã dançarina. Caso vocês queira ver mais algumas fotos (todas decentes, claro), podem acessar o álbum que o La Repubblica preparou.

Agora, com licença, “alguém” quer me dar uma surra por eu ficar babando olhando para os atributos da ex-prima que virou irmã.


11 comentários em “Dançarina de boate vira freira e ensina ‘dança sacra’ na Itália

  1. Que exposição! Como uma bailarina, pelo visto profissional, se converte de uma hora pra outra?
    O que as pessoas não fazem para “provar” que mudaram… Agora, a troco de quê? Pra quem ela quer se amostrar? O será só pra tirar graça com a cara dos outros? *grr*

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  2. Nossa André, precisava ser tão duro (no bom sentido) com a moça? Você tem algo contra as dançarinas, acompanhantes e afins???
    Adorei o artigo, muito divertido como sempre, você escreve muito bem, parabéns!

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  3. It´s raining man! ALELUIA!!!

    Os coroinhas do padre da diocese, não devem estar dando conta do padre. Ae ele trouxe alguém “profiça” kkkkkkk :lol:

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  4. O fato é que a moça, 38 anos, já está na porta do INSS. Garota de programa é como jagador de futebol, passou de trinta não dá mais pra chacoalhar. Pra mim ela está querendo mídia pra aquecer seu produto. Por falar em produto, que belo par de coxas esse dessa fulana, né não? Também sua decisão de pendurar as chuteiras pode ser reflexo da crise mundial, a situação tá dura. :lol:

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