A desconfortável situação do finado jornalismo

Eu gostaria de falar sobre uma coisa que existia há muito tempo, mas que hoje caiu no esquecimento: jornalismo. Não existe mais jornalismo, pelo visto, e isso é ruim. Ruim, mas não é de hoje. A verdade, como eu sempre digo, é que as pessoas cometem um sério erro; elas acham que veículos de informação existem para informar. Não existem. Veículos de informação existem para dar lucro aos seus investidores.

Noticiários são um os mais desinteressantes programas para a população em geral, e isso não é só no Brasil. Há muito tempo, eles entenderam o que atrai as pessoas: previsão do tempo (não muito) e crimes, daqueles bem sangrentos. As pessoas adoram ver a desgraça alheia.

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Visionários brasileiros lançarão uma sonda para a Lua… algum dia

O Brasil é o país do futuro e o ano do Linux é definido por YEAR(NOW())+1. Vivemos com a cabeça nas nuvens, mas bem que poderíamos ter as patinhas no chão. Convenhamos, algumas coisas não são para o Brasil. Um exemplo disso é o vexame que passamos na nossa porquíssima participação na Estação Espacial Internacional. Eu tinha alertado que ia dar merda quando o Brasil foi convidado para participar do Observatório Europeu do Sul, o se mostrou não um mau-olhado, nem uma premonição, apenas uma comprovação que eu estou sempre certo. A Agência Espacial Brasileira não passa de um pulgueiro, cuja única coisa notável que conseguiu fazer foi criar um ICBM de matar pinguim.

Em dez anos, a SpaceX saiu do zero e passou a vender tecnologia pra NASA, cujos cientistas disseram que os módulos Dragon são coisa de ficção científica. Brasil manda satélite pro espaço, sem ter escrito software. Ou seja, um treco flutuando (eu sei!) lá em cima sem fazer nada. Se orgulham de um Cubesat, que é literalmente trabalho de escola. Mas agora estamos livres disso. Começou uma nova era na nossa aventura espacial. Estamos com idealistas que olham pro céu, apontam pra Lua e disseram “É lá que a gente vai!”

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As vergonhas astronômicas de uma apostila do Observatório Nacional

Meus espiões trazem sempre novidades do mundo de Hades. Uma delas é o curso de ensino a distância do Observatório Nacional, com a maravilhosa (pelos motivos errados) apostila que eles estão usando, com uma qualidade… olha, esta obra é tão única que eu nem sei como classificar, porque até tosqueira tem alguma qualidade perto daquilo.

A apostila é tão vagabundérrima que, para eles, Plutão ainda é planeta, as unidades estão erradas e há uma zona de diagramação, mediante o melhor do pior que o Poder Público pode prover!

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Os maravilhosos resultados do Brasil no PISA (video)

O resultado do PISA foi uma vergonha. No país que odeia Ciência, não seria outro resultado senão o fracasso. Mas quem se importa com isso? Nem os alunos, muito menos os pais. O Governo mascara resultados, políticos pouco se lixam, já que eles dão à população o que a população quer: maneiras de não se empenharem no colégio.

O que essa catástrofe do PISA tem as nos dizer? Temos vídeo sobre isso, claro!

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Vencedores da olim-piada de Matemática recebem dinheirão do CNPQ

Sim, isso mesmo que você leu. Como o Fantástico não dá direito a pedir música quem vence uma Olimpíada de Matemática, o CNPq ficou solidarizado e resolveu dar um dinheiro para os ganhadores. Sendo assim, o Programa de Iniciação Científica da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP ) dará continuidade à formação matemática dos estudantes medalhistas da OBMEP por meio de um mimo: A concessão de bolsa de Iniciação Científica Junior. Legal né? É o Brasil reconhecendo o potencial de seus futuros cientistas.

Ah, sim. Vocês sabem quanto é, em valores de din-din, uma bolsa de Iniciação Científica Júnior? 100 reais. Isso mesmo. Duas notas de cinquentinha. 5 notas de 20 reais.

Metendo a mão no bolso e sentindo que lá dentro só tem uma ficha telefônica velha, esta é a sua SEXTA INSANA!

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Brasil se F… no PISA. DE NOVO!

O Brasil bem que poderia desistir e virar uma grande colônia agrícola, mas nem isso pode fazer porque não é capaz de plantar, pois isso dependeria, no mínimo, de saber contar as sementes. Também teremos problemas com fertilizantes, engenharia genética para melhores e mais resistentes safras… enfim, no máximo estamos reduzidos ao seu João, pedreiro bom e trabalhador, que para fazer um muro de 1,5 x 2 metros pede um milheiro de tijolos.

Saiu mais um resultado do PISA, a avaliação internacional que é usada para medir a ignorância brasileira, sempre tirando os “melhores” lugares possíveis. E no ensino de Ciências, claro, não poderia ser diferente no país que a odeia: tiramos último lugar.

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Brasil dá calote na conta de luz e supercomputador é desligado

É injusto dizer que o Brasil tem muitos problemas. Não tem! O único problema do Brasil é ser o Brasil. Aqui, tudo é empurrado com a barriga, de preferência ladeira abaixo, ou pelo poço adentro, tentando encontrar o fundo. Bem, o Brasil já passou pela Samara chegou no fundo do poço, e tá cavando com a dívida da Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro.

Nosso querido supercomputador (sim, temos um. Incrível, não?) Santos Dumont (encurtado para SDumont), foi desligado porque, UAU!, Brasil é tão tosco que não pagou a conta de luz. Maico Jáquison, o técnico da Light veio e meteu o alicatão, cortando a luz do Laboratório Nacional de Computação Científica (sim, temos isso também, mas você não sabe, porque o Brasil odeia Ciência).

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Fosfoetanolamina saiu na Nature. Mas não como você esperava

FINALMENTE! Depois de termos reclamado, exigido, sacaneado e sermos xingados (links abaixo), o magnífico tratamento com a fosfoetanolamina acabou parando na Nature. E em dois artigos, olha que chique! O único problema é que o artigo não é como vocês possam imaginar. Pelo contrário, a Nature critica como uma coisa dessa e possível. Mas, claro, né? Eles não moram no Brasil.

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Brasil, um país de “professores” (não como você está pensando)

Demorou um tempo para entender por que brasileiros costumam chamar técnicos de futebol de "professor" Como temos quase 200 milhões de técnicos de futebol, temos 200milhões de especialistas em Educação e Ensino. Todo mundo sabe como o professor deve trabalhar. Ou, não mínimo, sabe quando o professor NÃO SABE trabalhar, mas não consegue apontar o que ele deve fazer.

Entre pedagogas, psicólogas e palpiteiros em geral, antes de ler o presente artigo, responda mentalmente a seguinte pergunta: "Você já colocou os pés numa sala de aula de colégio ara ensinar?"

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