Transplante de fezes ajuda a combater o câncer

Eu gosto da paranoia estúpida de gente que berra aos quatro ventos que não existe a cura do câncer pois a Big Pharma impede, de forma que viva lucrando às custas das pessoas doentes. O fato de não haver “O” câncer, mas quase 200 tipos de doenças que recebem esta classificação, e 80% delas serem curáveis, nunca entra na conta. Agora, temos mais um tratamento promissor contra o câncer: transplante autólogo de microbiota fecal. Gostou do nome? Pois é. Basicamente, é transplante de cocô.

Eu espero você parar de fazer cara de nojinho.

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Pacientes de câncer que usam terapias alternativas têm o dobro de chances de morrer

Eu costumo dizer que brasileiro odeia Ciência, mas é uma forma simplista. De uma maneira geral, as pessoas odeiam algo que lhes tire do conforto, de suas crenças, da vontade que tudo aconteça por mágica. É puro comodismo. Isso explica a quantidade enorme de pessoas que acreditam em médiuns, videntes, líderes religiosos e políticos (têm diferença?), veganismo e terapias alternativas. As pessoas preferem a crença ao saber. Preferem as religiões, de alguma forma. Elas querem que seus mundinhos mágicos fiquem estáveis e tudo se resolva por si só.

A Ciência incomoda, a Ciência faz-nos ver que estamos em eterno risco, mas que a própria Ciência pode impedir. O câncer, ainda tido como exemplo de doença fatal é curável em 80% dos casos. Se as pessoas não procuram um médico em tempo hábil, aí até corte no dedo pode ser mortal. Parte dessas pessoas acreditam que tratamentos como homeopatia podem resolver isso, mas não podem, e isso fica evidenciado quando vemos dados mostrando que pessoas que apelam para terapias alternativas como tratamento contra o câncer têm, em média, duas vezes mais chances de morrer da doença do que aqueles que usam somente o tratamento convencional.

Sim, eu sei o que vocês vão alegar.

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Quer ter cérebro saudável? Mexa essas pernas!

Há vários exercícios pro seu cérebro continuar tinindo, sem precisar que você se entupa de remédios. Um exemplo de remedinho-sem-ser-remedinho pro cérebro é fazer exercícios. Várias doenças neurológicas estão associadas ou são a causa de deficiências de movimento, por exemplo, lesão medular, esclerose múltipla e atrofia muscular espinhal. Estes são exemplos com efeitos análogos nos músculos ao que astronautas sofrem depois de longos períodos sob efeito de microgravidade. Da mesma forma, é bem conhecido que missões espaciais prolongadas e repouso prolongado no leito induzem alterações funcionais em muitos órgãos do corpo humano, incluindo modificações da função neuromuscular esquelética, devido à atividade reduzida do músculo de um astronauta no Espaço.

Pesquisas mostram que a saúde neurológica depende tanto dos sinais enviados pelos grandes músculos das pernas do corpo para o cérebro quanto das diretivas do cérebro para os músculos. De um modo grosseiro, se você não faz exercícios, seu cérebro pode dar tilt (e eu entregando a idade).

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Pseudoterapia com abelhinha fofinha causa morte. SUS finge que não viu

O Brasil, lugar que ama a Pseudociência, já baixou normativa do Ministério da Saúde oferecendo nos hospitais e postos de saúde do SUS atendimento a vários tipos de pseudociência. Um deles é o apiterapia, que é o tratamento com abelhas e seus produtos, que nem sua avó, que tudo mete própolis na receita. Evidências científicas? Vamos ficar devendo, mas uma pesquisa veio trazer um lado… ruinzinho deste tratamento. Pessoas estão morrendo por causa dele.

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As causas de mortes ao longo dos 100 anos

Para vocês que ficam olhando para um passado que não viveram e suspiram murmurando “antigamente era melhor” não fazem a menor ideia do que era esse “antigamente”. No início do século XX, a expectativa de vida era menos de 50 anos, graças à média que era influenciada pela altíssima mortalidade infantil. Hoje, reduzimos muito disso. As vacinas nos deram capacidade de erradicar doenças (que estão ressurgindo graças aos miseráveis anti-vaxxers). Acabamos com muitas doenças e estamos garantindo viver mais e melhor. Continuar lendo “As causas de mortes ao longo dos 100 anos”

Nanopartículas e quimioluminescência para a detecção de vírus

Um vírus é uma criaturinha que nem se sabe ainda se é uma criatura ou uma PFDP (proteína fidaputa). Essas desgraças, desde aquele resfriado nojento que te deixa de cama até uma hepatite B, são capazes de ferrar com seu dia de várias maneiras. Junte isso ao fato de necessidades de transfusão de sangue, em muitos casos de forma emergencial, temos o prenúncio do desastre, em que as equipes médicas têm que analisar o sangue de maneira rápida, ou a emenda sairá pior que o soneto.

A quem pediremos ajuda? Ao Olavo de Carvalho? À Marilena Chauí? Ao Tedson? Não, a químicos, mesmo!

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Pesquisa induz fungos preguiçosos a produzir antibióticos

Fungos são seus amigos. Sem fungos não teríamos antibióticos, não teríamos decomposição de material orgânico, não teríamos nem mesmo pão… Ah, e não teríamos cerveja. Desde aquele mofo que deixa seus armários nojentos até os melhores antibióticos, fungos estão sempre presentes nas nossas vidas (algumas vezes, mais do que deveriam). O problema dos antibióticos é a nossa velha conhecida Seleção Natural, em que bactérias safadeenhas acabam evoluindo, dando origem a cepas mais resistentes.

Na eterna luta contra infecções, fica-se a pergunta: será que fungos podem nos ajudar mais uma vez? (Resposta: claro que pode, animal, ou não teríamos um artigo sobre isso. Duhhhh!)

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As curas alternativas para o câncer

O câncer realmente é uma doença devastadora. Tão devastadora que mexe com todos. Nada se compara com câncer no imaginário popular, e é por causa disso que aparecem tantos boatos, tantas loucuras, tantas insânias ao redor da possível cura da doença, que na verdade nem é uma doença, mas um grupo de quase 200 delas.

Você achou que fosfoetanolamina tinha inaugurado essa onda de curar o câncer com fórmulas mágicas? Ledo engano. Até suco de limão e bicarbonato foram tidos como  a cura definitiva do caranguejo do mal.

Este é o vídeo desta semana. Aprenda como (não) curar o câncer com fórmulas caseiras.

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Bactérias do intestino ajudam a prever a ocorrência de infecção depois da quimioterapia

 

Combater o câncer não é fácil. Sendo uma doença muito danosa, não dá pra tratar apenas com algumas pilulinhas e uma promessa. É preciso armamento pesado. A radioterapia e a quimioterapia são este armamento. É a nossa melhor arma atualmente, com funcionalidade comprovada. Claro, não sou idiota de dizer que eles não deixam sequelas. A quimioterapia entra como um zagueirão de time de segunda divisão que vem varrendo tudo, até os colegas de seu time. É um preço a ser pago ara melhorar, mas para quem está sendo tratado, é muito, muito pior do que estas palavras podem traduzir, reconheço.

Enquanto temos uma legião de pesquisadores (pois eles são muitos) lutando para descobrir tratamentos contra o câncer, outros pesquisadores combatem os efeitos adversos do tratamento por quimioterapia, como infecções, por exemplo.

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Combinar radioterapia com outros tratamentos reduz risco de morte por câncer

A ironia costuma ser bem irônica. Alfred Nobel, inventou da dinamite, depois de ter feito fortuna usando sua técnica para estabilizar nitroglicerina foi tratado com essa mesma substância, pois ela é vasodilatadora e, assim, serve como remédio para algumas doenças do coração. A radiação dos compostos como urânio, polônio e rádio, assim coo comentários de sites de notícias, dão câncer,e  foi assim que Marie Curie acabou adoecendo e morrendo. Hoje, usamos radiação para tratar câncer e mandar aquelas células elouquecidas pra vala.

Alguns dizem que radioterapia mais faz mal do que bem, que a pessoa só com um cancerzinho básico e a malévola radioterapia é que manda a saúde da pessoa pros quintos, sextos e sétimos do inferno. A realidade é bem outra. Uma nova pesquisa aponta que radioterapia reduz o atual risco de morte à sua metade, mesmo em casos de pessoas com câncer há muito, muito tempo.

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