Giárdias secretam proteínas semelhantes ao do hospedeiro só para infectar melhor. Mas a Natureza é linda

Giárdias, como todo bom parasita, é um bicho sacana. E sim, mulinhas, eu sei que ele não é um animal, mas um protozoário fidamãe que fica no intestino dos mamíferos, inclusive de seres humanos e cães, podendo levar estes últimos à morte; em que nos seres humanos, as giárdias do inferno preferem se alojar no intestino delgado. Esta cria de Satã flagelada vive tranquilamente sem necessitar de hospedeiro, dando um rolé por riachos e lagos, podendo ficar lá por bastante tempo, até achar algum bicho idiota para poderem viver felizes da vida parasitando o sistema digestivo desse bicho. Eu sugiro que vocês fervam as águas que coletarem em rios e lagos antes de beber.

O problema é que os cientistas não estavam bem certos do por que a giárdia do inferno conseguia ser tão bem sucedida, já que o sistema imunológico não manda pra vala de uma vez e continuar infectando as pessoas sem dó. E isso porque esta fidamãe conseguiu a incrível façanha de mimetizar células humanas.

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Cientistas desenvolvem técnica para tratamento de doença neurodegenerativa (não é Alzheimer)

Ninguém gosta de ficar doente, mas algumas doenças são piores que outras, e isso é um fato. Um desses exemplos é a ataxia de Friedreich. Esta tristeza é uma doença neurológica caracterizada pela queda de coordenação nos movimentos musculares, acabando com que a pessoa não consiga nem mesmo ficar em pé. Esta doença neurodegenerativa é hereditária e autossômica recessiva, afetando cerca de uma criança entre 22 mil. Este número pode variar até dois nascimentos em 100 mil, e isso já é muita coisa. Normalmente, se manifesta entre 5 e 15 anos de idade, começando por problemas de locomoção ao andar, evoluindo até o quadro de haver deformidade dos pés e escoliose. Ruim o bastante? Calma que esta tristeza ainda acarreta em diabete e afeta seriamente o ritmo cardíaco, além de causar cegueira entre outros problemas que irão variar de pessoa para pessoa e se se pode ter certeza de uma coisa, é que vai ficar muito pior.

Num comentário de um dos meus vídeos, um imbecil falou que ciência só serve para enganar pessoas burras. Seria ótimo se a ciência pudesse apenas ignorar a doença e erradica-la de vez, mas como fazer isso, se até agora não se conseguia simular os sintomas em sua totalidade em ratos?

Bem, frise-se o “até agora”.

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Pesquisa estuda substâncias que impeçam coágulos excessivos causando AVC

Pode ser possível perturbar os coágulos sanguíneos prejudiciais em pessoas com risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral sem aumentar o risco de sangramento, de acordo com um novo estudo publicado na Nature Communications .

Coágulos são coisas muito legais, que principalmente nos ajudam a não ficar sangrando até a morte. Hemofílicos adoram eles. Uma pena que quem sofre de ataques cardíacos e/ou AVC já não pensem o mesmo, pois a Natureza tem a mania de transformar algo legal e uma coisa que pode estragar os seus dias.

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Doutoranda cria substituto para a retina? Não é bem assim

A retinite pigmentosa, também chamada de retinose pigmentar é um conjunto de doenças hereditárias que causam a degeneração da retina. Não existe “A” retinite pigmentar, mas doenças similares que atacam de forma diferente a sua retina, parte do olho onde as imagens captadas são formadas, em que uma parte está conectada ao nervo óptico, que levará a informação até o cérebro.

A retinose pigmentar é causada por problemas genéticos, que acabam fazendo besteira e não codificando as proteínas que deveriam. Isso leva à morte as células cones e bastonetes, levando à cegueira. Seria possível alguém ajudar a evitar isso. Haverá algum profissional que tenha alguma boa ideia? Acontecerá de quem vir nos salvar?

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Pesquisadores estudam as propriedades das teias da aranha-marrom

Nada é tão maneiro quanto teias de aranhas. Com uma resistência superior à do aço, as teias do amigo da vizinhança das aranhas são inigualáveis em termos de resistência e facilidade de trabalhar. Quimicamente, aquilo é um imenso fio de uma proteína (que é um polímero) que é produzido no fiofó das pernudas. Cientistas estão até hoje tentando sintetizar algo semelhante ao que 3 bilhões de tentativa-e-erro deram às filhas de Aracne. Mas uma espécie está chamando um pouco mais de atenção: a aranha-marrom (Loxosceles laeta) e seu modo de fiar suas teias.

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O segredo proteico de se recuperar de uma concussão

Em 2015 eu escrevi sobre o traumatismo crânio-encefálico. Descrevi o que era e o atendimento médico imediato. Também apresentei um estudo sobre jogadores de futebol americano com genes que lhes dão capacidade de se recuperar mais rapidamente do que outros com lesões semelhantes, e isso se deve à apolipoproteína E. Agora, uma recente pesquisa aponta que níveis elevados da proteína cerebral tau estão associados com um período de recuperação mais longo para os atletas. Por que isso?

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Jornaleira acha que pedras terão vida

Nada pior pro jornalismo científico que jornaleiro pseudocientífico. Esta raça ignorante não entende picas do que se propõe a escrever e, não-raro, sai um monte de besteiras insanas.

O caso de hoje é com a New Scientist, em que a jornaleirinha descolada entrevistou um cientista, não entendeu nada do que ele falou, leu o título a publicação e trocou os cascos dianteiras pelos traseiros achando que qualquer hora teremos vida baseada em silício; ou seja, que qualquer hora teremos pedras vivas.

Atirando pedras bem mortas em jornaleiros idiotas, esta é a sua SEXTA INSANA!

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O que dá poder de infecção e resistência às pseudomonas

Pseudomonas não são uma única espécie de bactérias, mas um gênero inteirinho delas. Eu poderia falar sobre serem bactérias gram-negativas e blábláblá, mas para isso existe Wikipédia, e se você não for pesquisar mais a fim de aprender sobre elas, tão-somente fica evidenciado sua preguiça. Eu tenho mais coisas para falar aqui.

Um exemplo de Pseudomonas que faz um estrago legal é a Pseudomonas aeruginosa que causa infecções respiratórias, urinárias ou bacteriemia. Essas safadeeenhas estragam o dia de qualquer um, principalmente em pessoas hospitalizadas. Mas o que é responsável por essa resistência toda? Bem, é o que pesquisadores tentam responder.

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Pesquisa mostra sistema predador-presa em protocélulas

Você deve achar o ser-humano um pulha por ser um predador sádico, que caça suas presas de forma louca e descontrolada. Pensando assim, no mínimo, você nunca saiu de casa e só vê Disney Channel. Predadores e presas existem desde que o mundo é mundo e a primeira molécula começou a competir por recursos.

Interações predador-presa são estudadas até em sistemas celulares, e pesquisadores olham para quando as primeiras protocélulas começaram a apresentar comportamento predatório.

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Se encher de carboidrato ferra com sua adropina, mas que diabo é isso?

Sabe aquelas nojeiras que você está acostumado a comer? Pois é, aquilo não some por encanto e a droga do seu sistema digestório tem que dar conta daquilo tudo. Desde o suco gástrico, passando pela bile, pepsina., sucos pancreáticos etc. recentemente foi descoberta a ação da adropina (com “D”. Atropina com “T” é outra coisa). Ela regula a homeostasia energética e o metabolismo lipídico. (What?) Homeostasia é a propriedade dos seres vivos de conseguir regular o seu “ambiente interno” (ele lá dentro, ou no caso, nós aqui dentro), de forma a manter o equilíbrio dinâmico e tudo se manter funcionando tranquilamente. Além de regular a transferência e manutenção energética dentro do organismo, a adropina ainda regula como nosso corpo manda e desmanda no metabolismo de lipídios (gordura, seu seboso!). A adropina desempenha papel na resposta à insulina e previne o acúmulo de gordura no fígado. A adropina é sua amiga!

Aprendeu um bocado sobre adropina, né? Alguém copia lá na Wikipédia, então, pois os espertões de lá não têm artigo sobre isso. Podem até incluir a informação que uma recente pesquisa mostra que os níveis do adropina variam de acordo com o consumo de carboidratos.

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