Pesquisa estuda como velocidade de degelo do permafrost aumenta o efeito estufa

O processo intensificado de aquecimento global anda feliz e de vento em popa. As pessoas pensam nos problemas de emissão de CO2, em que só alguém bem estúpido pena que se pode zerar tal emissão (estou olhando pra você, Gregrê). Tão problemático quanto isso é o degelo do permafrost. Basicamente, ele tem ali aprisionado quantidades grandes de metano, CH4. O metano é um gás de efeito estufa mais poderoso que o CO2, embora eu considere que quando o metano vai subindo, ele acaba sendo detonado e virando gás carbônico, mesmo. Isso não é legal, né? Pois é. No Ártico tem muito permafrost, que em última análise, é solo congelado contendo metano. E sabe o que é pior? Este solo congelado está descongelando. Adivinhe o que vai acontecer.

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NASA encontra vestígios de vida e moléculas complexas sem ter achado vestígios de vida ou moléculas complexas

Eu parei de escrever sobre os grandes pronunciamentos da NASA. É frustrante a NASA chegar e anunciar que fará um grande anúncio, anunciando algo fantástico. Daí todo mundo fica naquela “Woooooo! Descobriram vida. Descobriram um fóssil! Descobriram para onde vai o meu dinheiro de impostos”. Aí ela chega e fala que achou uma pedra esquisita ou deu uns tiros de laser PEW PEW PEW e identificou uns átomos.

Desta vez não foi diferente. A NASA fez aquele mistério. O que foi descoberto? Presença de metano nas rochas. WOOOOOOOOO, SINAL DE VIDA!

Químicos fazem a cara desta imagem de abertura. Continuar lendo “NASA encontra vestígios de vida e moléculas complexas sem ter achado vestígios de vida ou moléculas complexas”

A exuberante vida nas cavernas submersas em Yucatan

A Península de Yucatán, no México, é bem famosa pelo pedregulhão do mal que caiu lá, mandando bela quantidade de seres vivos para a vala, com os dinossauros liderando a fila da extinção. Mas nem só por meteoros a península de Yucatán é famosa. Ela guarda muitos tesouros, como rios subterrâneos e cavernas inundadas. Um mundo só dela, com bactérias que se se alimentam de metano nas frias cavernas esquecidas, que só verdadeiros aventureiros têm coragem de ir para explorar um mundo que parece que parou no tempo.

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As falhas que dizem de onde vem o metano natural

Geologia é uma coisa meio complicada. Não é uma questão apenas de ficar observando pedrinhas (nesse momento, geólogos querem me matar), mas um estudo que deve analisar todo tipo de formação rochosa e datá-las. É um processo longo e complicado. Longo até mesmo para padrões de uma ciência que trabalha com um histórico de milhões e milhões de anos.

Entender as rochas é entender até como viemos parar aqui, bem como isso influenciou nosso mundo, nossa civilização. Emissões de metano afetam nosso planeta, por ser um poderoso gás de efeito estufa, já que ele chega lá em cima e se transforma em dióxido de carbono e aí a caca está feita. Muito dessa informação é obtida apenas datando rochas.

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As condições prebióticas de Titã

Todos estão de olho nas informações sobre a sonda Juno, que está orbitando os Céus Amigos de Júpiter, sendo bombardeada por radiação num limite entre o "boçal" e "caraca, que absurdo". Eu até ia escrever algo, mas o Cardoso fez algo bem completo. Mas tem Saturno e suas grandiosas luas (eu sei, eu sei que são "satélites naturais".

E em Titã, o maior dos satélites naturais do nosso Sistema Solar, rastros químicos indicam que se nunca houve vida lá, foi por bem pouco, pois as condições eram bem favoráveis, criando ambientes pré-bióticos.

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Suplemento alimentar faz flatulência de vaca ter menos metano

Uma das desculpas (idiotas) dos vegans para pelamordedeus não comer carne, é que vacas têm flatulência. Sim, isso mesmo, vacas peidam. E essa quantidade de vaca peidando enche a atmosfera de metano, que é um gás de efeito estufa, o que intensifica o aquecimento global. 7 bilhões de seres humanos peidando, não. Peido humano não tem problemas, pelo que vegans dizem.

De qualquer forma, sim, flatulências bovinas têm metano, mas isso poderá ser resolvido com um suplemento alimentar que promete redução e 30% das emissões. Calma, não ligue ainda. Leia o resto do artigo antes de ligar 1406.

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As nuvens e a neve feitas de metano na atmosfera de Titã

A poderosa Titã, quieta sobre as absurdas forças gravitacionais do planeta anelado, é um dos vários mistérios do Sistema Sartuniano. Já falamos sobre a possibilidade de ter Vida lá (ou, pelo menos, condições favoráveis a isso), também falamos sobre a topografia de Titã e estudos sobre a força gravitacional do satélite titânico. Hoje, veremos sobre as magníficas nuvens de metano, com o referido hidrocarboneto cristalizado como neve, suspensos na atmosfera de lá.

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Os ondulantes mares de Titã

O titânico satélite de Saturno não é um lugar bem-humorado. Ali, não é pra fracos. Sendo o maior satélite de Saturno, o Senhor dos Céus, e o segundo maior do sistema solar, com um diâmetro equatorial de 5.150 km (Terra = 12.756 km e Marte = 6.792 km). Titã tem uma atmosfera que é predominantemente nitrogênio (95%) e metano, além de outros pouquíssimos gases. Possuindo imensos oceanos de metano em estado líquido (previstos por Carl Sagan muito antes da sonda Cassini ir até lá), Titã parece que não está muito afeito a visitantes.

Agora novas imagens da sonda Cassini trazem algo incrível: ondas. Dá pra se surfar em Tita. YEHAAAAAAAAAA!!!!!

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“Gelo inflamável” promete energia limpa contra o aquecimento global

clatratoO gás natural encerrado no retículo cristalino de moléculas de água pode ser uma fonte de grandes quantidades de energia, além de ser livre de emissões poluentes também. Essa “mistura” é chamada de “clatrato” e trata-se de uma molécula pequena ou átomo grande, como metano, xenônio, óxido nitroso que ficam presos em cavidades de cristais quando a solução é resfriada e um dos componentes se cristaliza.

Às vezes, eles são erroneamente chamados de “hidratos”, mas considerando que as respectivas moléculas e/ou átomos estão dispostos no interior do retículo formado pela molécula de água, tal terminologia é considerada errônea, posto que hidratos são substâncias que contém água, não que estão presas nela. Sendo assim, eles serão referidos aqui unicamente como “clatratos”.

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“Gelo inflamável” promete energia limpa contra o aquecimento global

O gás natural encerrado no retículo cristalino de moléculas de água pode ser uma fonte de grandes quantidades de energia, além de ser livre de emissões poluentes também. Essa “mistura” é chamada de “clatrato” e trata-se de uma molécula pequena ou átomo grande, como metano, xenônio, óxido nitroso que ficam presos em cavidades de cristais quando a solução é resfriada e um dos componentes se cristaliza.

Às vezes, eles são erroneamente chamados de “hidratos”, mas considerando que as respectivas moléculas e/ou átomos estão dispostos no interior do retículo formado pela molécula de água, tal terminologia é considerada errônea, posto que hidratos são substâncias que contém água, não que estão presas nela. Sendo assim, eles serão referidos aqui unicamente como “clatratos”. Continuar lendo ““Gelo inflamável” promete energia limpa contra o aquecimento global”