Estudantes de Medicina e Economia não sabem usar Internet e só pesquisam em sites vagabundos

Logo quando a Internet começou a se popularizar, Umberto Eco soltou a maravilhosa frase “A Internet promoveu o idiota da aldeia ao Portador da Verdade”. Seu intuito, com essa frase, era dar uma visão de como um imbecil antigamente ficava restrito ao seu grupo familiar ou, no máximo, de amigos de taverna. Entretanto, hoje, os idiotas só precisam de acesso à internet. OBVIAMENTE, vocês começaram alguma bobagem defendendo esse ou aquele partido político, acusando aquele ou esse partido político, quando a ignorância é mais vasta que isso, haja vista o bando de gente me xingando quando colo o vídeo sobre o arroz estragando (ou não) apenas por causa de pensamentos, ou vídeo que eu coloquei provando que água sanitária e vinagre não dão uma emanação gasosa pérfida que corrói tudo. Todos que me xingaram tiveram “provas”: relatos. De quem? Não se sabe, mas se relataram, é verdade!

Com tanto lixo espalhado pela rede, há um sério problema: como ver o que é informação de qualidade e o que é lixo? O Umberto tencionou criar algo como uma mistura de bibliotecas e Lan Houses, em que os alunos teriam apoio de professores para filtrar a informação. Claro, isso já tem quase 20 anos e muito evoluiu. O que não evoluiu foi a capacidade de identificar o que é conteúdo que presta e o que não presta. Uma pesquisa agora apontou o que todo mundo sabia, mas agora é com rigor científico: alunos têm problemas para avaliar criticamente as informações da Internet, sendo influenciados por fontes não confiáveis

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Aprendemos a lição?

Vemos hoje uma correria por conta do coronavírus. Vemos o quanto nosso sistema gerencial não está apto para lidar com catástrofes. Se as ambientais, daquelas que acontecem todo ano (vocês sabem, as chuvaradas em janeiro alagando tudo e causando enchentes, por exemplo), já são difíceis de serem administradas, para no ano seguinte acontecer a mesma coisa e a mesma falha de atuação, causando o que sempre causa (mortes e mais mortes), imaginem algo que não foi esperado.

Com o nosso sistema emergencial precário, com uma pandemia descontrolada (eu nunca vi pandemia controlada, mas vai ficar assim mesmo), olhando pro que temos produzido até agora, fica a pergunta: aprendemos alguma coisa com isso? Nós realmente aprendemos a lição?

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Vi o magnífico discurso do Bolsonaro e estou sem palavras

Ontem teve pronunciamento presidencial. Em meio a um problema de saúde sério em nosso país, nosso presidente teve uma atitude ímpar no trato da pandemia. Não; é verdade! Sério! Eu fiquei impressionado, eu não tenho palavras para registrar o imenso estupefato de tais declarações.

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Muçulmanos malaios criam higienizador sem álcool, diz jornaleiro. Mas não é bem assim

Eu adoto o jornaleirismo. Pessoal corre pra noticiar alguma bobagem e por pura ignorância escreve mais bobagens ainda! Um exemplo disso é o Mashable, conhecido por trazer matérias dedicadas a jovens, sendo o próprio Jovem do jornaleirismo. É tipo ser a Superinteressante da Superinteressante.

Um exemplo disso é a “reportagem” que na Malásia estão produzindo um higienizador de mãos adequado à população de lá, que é de maioria muçulmana. Sendo assim, o “higienizador” não contém álcool. Está rindo? Pois melhora.

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Artigos da Semana 2

As pessoas adoraram tanto a relação de artigos durante a semana que eu resolvi fazer outro e assim continuarei. Tá, ok. Na verdade, ninguém teve a decência de dizer se gostaram ou não. Danem-se vocês, vou continuar a fazer isso. Aliás, mesmos que vocês não tivessem gostado, eu continuaria. Sim, essas são as vantagens de ser dono do espaço, fazer o quê?

Sim, teve maluquice e divulgação científica. Então, se ajeite aí na poltrona e vamos pra relação de artigos. Vista-se de índio e nos acompanhe!

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Chazinho contra obesidade e placebo a 80km/h não tem lá muita diferença

Você acha que tudo que é natural não pode te prejudicar, e que a Natureza guarda a cura de tudo, certo? Está aí se enchendo de chazinho da Vovó, crente que está indo de vento em popa no caminho para o emagrecimento, certo? Bem, tenho más notícias: alguns pesquisadores que não ligam pra sua avó e nem pros chazinhos dela resolveram fazer a primeira revisão global de fitoterápicos para perda de peso em 19 anos.

Sim, o resultado é este mesmo que você está pensando.

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Criança assassinada no Rio, vítima de imbecis que não vacinam seus filhos

E no mundo que quanto mais evolui mais retorna ao reino do atraso, temos a maravilhosa notícia que a Peste está avançando sobre o país, e já fazendo vítima. Sim, eu sei que parece algum anúncio de blog na Alta Idade Média, mas nem é isso, e sim que o Rio de Janeiro já tem a sua primeira vítima de sarampo desde o ano 2000. Em 20 anos se achou que o sarampo estava erradicado. Bem, achou errado, otário! E o prognóstico não é nada muito legal.

Olhando umas pintinhas vermelhas esquisitas surgindo aqui em mim, esta é a sua SEXTA INSANA!

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Aprenda a fazer o fazer o melhor café do mundo usando matemática e falta do que fazer

Existe uma raça de gente insuportável que enche o saco de todo mundo: são os “especialistas”. Pode ser em qualquer coisa, como enólogos, por exemplo. Eno-chato é um nojo de criatura. Certa vez chamaram um monte de eno-chato para testar uns vinhos. Entre as observações sobre o “om amadeirado e as notas frutadas”, o que eles estavam provando mesmo era o velho conhecido Sangue de Boi.

Outra classe insuportável são os metidos a baristas. O vagabundo não toma café, despeja um arsenal de bobagens sobre o tom do café, mas se bobear, não diferencia o café arábica do cacete a quatro com aquele sabor horroroso do Starbucks com café Capital. Pelo menos, o Café Capital é honesto e não se oferece como algo com requinte a um preço carérrimo. É ruim, mas é honesto.

Mas agora, matemáticos resolveram como fazer o café perfeito: usando equações matemáticas (e não será com Báskhara, que efetivamente serve pra algo).

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Comida vegan faz crescer peitinho em homens, diz veterinário sem noção

Se comida vegan já é o tipo de coisa tão insuportável que nem vegan atura, precisando disfarçar aquela bosta de comida de verdade (vide as lasanhas vegans, churrasco vegan, hamburguer vegan e comida-de-gente-vegan), agora tem mais um probleminha que, para algumas pessoas, será uma bênção. Um artigo de um certo dr. James Stangle disse que o Impossible Whopper, uma iguaria vegan da rede de fast food Burguer King, estava tão ultraprocessada que estaria fazendo homens criarem seios.

Ou seja, se você quer aplicar sílica nas peitcholas, basta comer uma hamburguinho vegan. O que poderia estar errado nisso?

Turbinando a comissão de frente da insanidade, esta é a sua SEXTA INSANA!

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A Lâmpada que ilumina o coração hipócrita

Havia dois Diógenes. Diógenes Laércio, historiador, filósofo e biógrafo de antigos filósofos gregos. Nascido no ano 180 EC em algum lugar do Império Romano, que não se sabe qual é. Quase nada sabemos sobre ele. Temos Diógenes, o Cínico, nascido em Sínope (por isso, ele é chamado também de Diógenes de Sínope), uma colônia jônica no Mar Negro, em alguma data entre 412 ou 404 AEC. Diógenes Laércio escreveu sobre seu xará de Sínope em sua obra Vidas e Opiniões de Eminentes Filósofos; Plutarco também escreveu sobre o filósofo de Sínope, dizendo que Diógenes, o Cínico morrera em Corinto no mesmo dia que Alexandre da Macedônia, então, foi algo em 323 AEC. Estas datas estão certas? Ninguém sabe.

Diógenes era chamado O Cínico dada a escola filosófica que ele fundou; ou, pelo menos, iniciou: o Cinismo. As palavras mudam de significado com o tempo, e Cinismo era uma escola filosófica em que seus seguidores tinham para si que o objetivo da vida é viver em virtude, de acordo com a natureza. Achavam que seres humanos, como criaturas racionais, podem obter a felicidade treinando rigorosamente e vivendo de uma maneira natural para si mesmas, rejeitando todos os desejos convencionais de riqueza, poder, sexo e fama. Em vez disso, eles deveriam levar uma vida simples, livre de todos os bens. Eu mesmo não estou nesse nível. Não por habilidade, mas por achar, como o tocador de cítara disse, se apertar demais a corda arrebenta; se afrouxar, não se consegue tocar o instrumento.

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