
Desde que as primeiras missões espaciais começaram a explorar a Lua, cientistas se depararam com um enigma intrigante: algumas rochas lunares apresentam um magnetismo surpreendentemente forte, apesar de o satélite não possuir um campo magnético global ativo. Agora, pesquisadores do MIT podem ter encontrado uma explicação para esse fenômeno.
Isaac Narret é um graduando do MIT. Obviamente, como ele escreveu um artigo, tem que ir o nome do professor junto. Vocês sabem como é mundo acadêmico. Só de sacanagem não vou colocar o nome do PhDeus. Que se dane ele!
Bem, a hipótese de Isaac é que um grande impacto, possivelmente causado por um asteroide, pode ter gerado uma nuvem de plasma ionizado ao redor da Lua. Esse plasma teria interagido com o fraco campo magnético lunar da época, amplificando-o temporariamente. Como resultado, as rochas presentes na região afetada registraram esse pico de magnetismo antes que o campo desaparecesse.
Curiosamente, essa explicação se encaixa perfeitamente com a localização de algumas das rochas mais magnetizadas da Lua, que estão situadas no lado oposto ao da Bacia Imbrium, uma das maiores crateras de impacto do satélite. Isso sugere que o evento que criou essa bacia pode ter sido o responsável por desencadear o fenômeno.
A ideia de que impactos podem influenciar o magnetismo lunar não é completamente nova, mas esta pesquisa adiciona um novo nível de detalhe ao entendimento do processo. Os cientistas utilizaram simulações avançadas para demonstrar como o plasma gerado pelo impacto poderia ter concentrado e amplificado temporariamente o campo magnético lunar.
Essa descoberta não apenas ajuda a resolver um mistério de décadas, mas também pode ter implicações para o estudo de outros corpos celestes. Marte, por exemplo, também apresenta regiões altamente magnetizadas, e processos semelhantes podem ter ocorrido em sua história.
Com a crescente exploração da Lua, incluindo futuras missões tripuladas e a construção de bases permanentes, entender melhor sua história magnética pode ser crucial. O magnetismo pode afetar equipamentos e instrumentos científicos, além de fornecer pistas sobre a evolução do satélite e sua interação com impactos cósmicos.
A pesquisa foi publicada no periódico Science Advances.

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