Válvulas cardíacas são de suma importância no coração. Ok, tudo é de suma importância no coração. O problema é que substituir estas válvulas não é tarefa fácil, ainda mais que nem sempre temos um coração vindo de algum doador compatível. Sendo assim, se o problema é só na válvula, seria melhor substituí-la, certo? Não é tão fácil assim, já que pequenas diferenças anatômicas podem causar grandes impactos nos resultados.
Muitos pesquisadores têm usado modelos, tanto virtuais quanto impressos em 3D, para melhorar os resultados dos procedimentos, projetar novos dispositivos e inventar novas técnicas terapêuticas. Agora, pesquisadores da Universidade de Minnesota desenvolveram uma forma de impressão 3D que imita as válvulas aórticas do coração e a anatomia próxima, que são tão perfeitas que parecem e parecem coisas reais. Mas funciona mesmo?
O dr. Michael McAlpine é engenheiro mecânico e professor no Departamento de Engenharia Mecânica da faculdade de Engenharia da Universidade de Minnesota. Ele e seus colaboradores resolveram estudar tomografias computadorizadas de pacientes reais, de modo a desenvolver próteses que se assemelham o mais próximo dos tecidos reais, de forma a ter a melhor execução possível.
Durante o processo de impressão, os modelos de estruturas da raiz aórtica são incorporados com matrizes de sensores impressos em 3D que podem medir a pressão em vários pontos do modelo e ajudar a orientar os procedimentos reais, incluindo a escolha das ferramentas certas e seus tamanhos com antecedência.
Os modelos foram produzidos à base de silicone (não esse que você colocou nos peitos) para reproduzir ao máximo as propriedades físicas do coração, válvula e tecidos vasculares. Mas o que você quer mesmo é ver videozinho, né?
A pesquisa foi publicada no periódico da Science Advances, mas devo admitir que é frustrante escrever sobre tantas promessas da medicina e sempre acabar dizendo que é pra daqui a algum tempo, não está pronto para atender pessoas ainda, que algum dia sairá do laboratório. É legal ver a pesquisa se desenvolvendo, mas ainda é desalentador saber que as pessoas não terão acesso tão cedo a isso.