Estamos num mundo que transplantes de rostos já não são mais novidade e têm ajudado muita gente. Para quem não consegue um rosto transplantado, a saída é usar máscaras. Você pode até achar que isso não daria muito certo, mas uma pesquisa realizada por cientistas das universidades de York e Kyoto estudou qual é a percepção das pessoas em diferenciar rostos normais de máscaras, em que os modelos eram em fotos, não ao vivo. Seria querer demais, não?
A versão curta é que os participantes erraram um em cada cinco casos. Isso significa que as máscaras estão melhores ou as pessoas ainda conseguem diferenciar o rosto natural de um protético?
O dr. Rob Jenkins é pesquisador do Departamento de Psicologia da Universidade de York. Ele deixou claro em sua pesquisa que os participantes tinham várias vantagens sobre as pessoas comuns na vida cotidiana, já que eles sabiam o que esperar: diferenciar rostos normais de máscaras.
Aos participantes do Reino Unido e do Japão foi solicitado estabelecer diferenças de acordo com a raça. Quando solicitado a escolher entre fotografias que mostrassem rostos de uma raça diferente do participante do estudo, os tempos de resposta foram mais lentos e as seleções foram 5% menos precisas.
Não entendeu? Eles não perguntaram diretamente quem estava com máscara e quem estava ali com a fuça à mostra.
Normalmente, as pessoas no dia-a-dia não se dão tanto ao trabalho de catar imperfeições nos rotos, para saber qual é natural e qual é uma máscara ou procurar varrer de alto a baixo se a sua cara pertence à sua etnia, isto é, se você é você mesmo. Sim, eu sei que é confuso. Coisa de psicólogo, não ligue.
Segundo os pesquisadores envolvidos, isso vai servir para melhorar sistemas de segurança, quando máscaras estarão tão realistas que ficará difícil saber quem é quem. Uma não-identificação pode acarretar em sérios problemas, desde assaltos a banco até ataques terroristas ou você tomar uma volta do cônjuge, mesmo quando as câmeras de segurança mostrarem que não era lá bem com você que estavam numa noite selvagem, enquanto você estava chapado de bebida.
Você poderá ler a pesquisa integralmente, e de graça no Cognitive Research