Alunos são muito criativos. Normalmente, esta criatividade é pro mal. Eles encontram a mínima brecha e a explora sem dó nem piedade. Isso vale não só para a criancinha de Fundamental 1, como aluno de universidade (e principalmente estes) também. Atualmente, está muito fácil defender TCC, dissertação de mestrado ou tese de doutorado, pois, pessoal se tocou, que pode usar o lacre ao seu favor que ninguém contrariará, ou serão taxados de preconceituosos, racistas, heteronormativospirocopressor do cacete a quatro.
Um exemplo desses é um aluno de advocacia (eu ia dizer Direito, mas nesses cursos nada e feito direito) que foi apresentar o TCC vestido de drag queen. Pessoal, claro, bateu palmas, como focas treinadas.
Rafael da Escóssia é alguém muito esperto que estuda na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (sim, aquela que assumiu cotas e conseguiu a proeza de determinar que gêmeos univitelinos eram de etnias diferentes). Como bom advogado, ele sabe que o que ganha um julgamento não é a verdade e muito menos a Justiça, e sim quem tem o melhor advogado com a melhor lábia. Assim, mediante seus poderes de retórica, o que ele faz? Ele vai apresentar seu TCC vestido de drag queen, com o alegado argumento que a iniciativa faz parte de uma manifestação artística blá blá blá que busca discutir a “neutralidade” e o excesso de formalidade no ambiente acadêmico blá blá blá. É… maldosamente genial.
Rá! Losers!
Eu sei, você está achando um absurdo, mas se prestarmos atenção o que ele fez foi aprender as regras do jogo e seguir estas regras. As regras atualmente dizem que se você for lacrador, chupar pirocas em banheirões, participar de orgias gays e/ou fizer suas apresentações num puteiro, você automaticamente conseguirá o reconhecimento da Academia, a qual não vai querer parecer retrógrada, preconceituosa, misógina, homofóbica etc. Aliás, a bem da verdade, ele ir de drag queen não tinha nada a ver com o TCC (ele não é tão corajoso assim). Seu trabalho teórico consistiu em analisar a relação entre professor e aluno dentro do ensino jurídico. Ir de drag foi antes de tudo algo para aparecer para todo mundo (e ele avisou à banca primeiro, pois efetivamente não é idiota), e isso chamou a atenção ad classe artística.
Segundo Escóssia, “Se ainda resta a pergunta “por que defender a monografia de drag?”, o melhor seria responder “por que não defender a monografia de drag?””
Eu diria que é porque faculdade não é circo. Mas eu entendi que é tudo parte do jogo, e ele viu a brecha, mas não ousou ultrapassá-la. Conseguiu seus 5 minutos de fama, a Banca não ia querer pagar de ultra-conservadora e todo mundo fica feliz.
Eu não parabenizo o ato. Acho-o mesmo deplorável e um escárnio a qualquer sistema de formação em qualquer âmbito ou segmento, mas não fui eu quem fez o mundo. Estas são as regras do jogo bem jogadas, distorcidas para provar um ponto e conseguir um objetivo. Acho que quem contratar o Rafael estará bem representado.
Como? Se será culpado ou inocente? Meu amigo, se você acha que um julgamento avalia isso, o inocente é você, meu caro.
Fonte: Metrópoles (não aquela)
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Ja sei como vou pedir um aumento…
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o problema se o tiro sair pela culatra e o seu ficar literalmente na reta
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Quando li a chamada do post na página principal, achei que ia falar do outro que fez um TCC sobre Pablo Vittar.
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uahuahUAHuAHuHAuhauhUAHuh
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É complexidade demais pra mim. O “mundo” virou!
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http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/evento-em-universidade-tem-sexo-simulado-eexposicao-sobre-o-anus-cknqqwskrwgvaaa0r5mchp906/?utm_source=twitter&utm_medium=midia-social&utm_campaign=gazeta-do-povo
Vrááááááá!
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