A geoquímica terrestre é fascinante. As imensas temperaturas do interior do manto, fazendo com que a pressão faça com que haja convecção, é algo que impressiona. Só para se ter uma ideia, o núcleo da Terra é mais quente eu a superfície do Sol, com o manto chegando a quase 3000ºC. Já se sabe um bocado sobre o manto, mas mesmo esse “um bocado” ainda precisa muito para se aprender, e uma nova pesquisa promete trazer mais informações sobre a composição química do manto e como se dá os efeitos de convecção lá.
Yan Liang nasceu em 200 EC, e foi um grande general chinês. Ele era um dos temidos líderes do exército de Yuan Shao. Claro, ele não entendia nada de geoquímica, e pouco tem a ver com o presente artigo. Quem tem é o xará dele, o dr. Yan Liang, professor de Ciências Planetárias, Meio-Ambiente e da Terra na Universidade Brown. Por que eu mencionei o general? Sei lá, estava entediado. https://vivo.brown.edu/display/yliang
Como sabemos, professor-doutor não é professor-doutor se não tiver um estagiário para fazer todo o serviço. No caso, o estagiário de luxo é o doutorando, que no caso em questão é Boda Liu, que está terminando o doutorado em Geologia e acaba fazendo todo serviço, mas HEY, vai ganhar co-autoria, o que já é muita coisa. Aqui no Brasil, nem isso teria.
As pesquisas que a dupla do barulho aí fez mostra como se dá a convecção dentro do manto, mostrando como uma leve agitação impulsiona o movimento das placas tectônicas da Terra. Esse manto vai produzindo várias camadas, mas ao se observar mais detidamente, percebe-se que ele é bem homogêneo.
Basicamente, o que eles querem saber é em que medida a convecção do manto mistura e homogeneíza as diferentes camadas do manto que sobem, se misturam com as camadas superiores, descem e sobem de novo. E tudo parece bem misturadinho.
A pesquisa foi publicada no periódico Science Advances e você poderá ler todinha de graça. Aproveite!