Gás carbônico, carinhosamente chamado de CO2, é um saco. Além de ser gás de efeito estuufa, ele tem o problema de ser estável, já que está no seu estado máximo de oxidação. Desa forma, cinetistas procuram uma maneira de tentar retirar o danadinho da atmosfera; mas não é só isso. Como isso demanda uma bela duma quantidade de energia, a meta é tornar isso rentável, ou que, pelo menos, se pague. Assim, a busca é uma maneira pela qual possa-se transformar este CO2 em algo reaproveitável.
A nova promessa é um novo material feito à base de microscópicas camadas de cobalto, que segundo pesquisadores, é capaz de converter CO2 em um combustível sem emissão de subprodutos tóxicos.
O dr. Sun Yongfu e a drª XIE Yi do Laboratório Nacional de Hefei para Ciências Físicas em Hefei, China, trabalham desenvolendo um material que almeja transformar gás carbônico em um simples combustível de queima limpa, o íon formiato.
Formiatos são íons derivados do ácido fórmico (H-COOH), e sim, o ácido fórmico tem esse nome por causa de formigas. Não, ele não tem nada a ver com a fórmica das mesas. Mas o interessante é que este íon é usado na manufatura de células de combustível.
O novo material desenvolvido pelos pesquisadores é, basicamente, um “sanduíche” com a espessura de 4 átomos feito de cobalto e oxigênio, e promete ser uma maneira de lidar com as 36 gigatoneladas de CO2 que o mundo manda para a atmosfera a cada ano devido ao uso de combustíveis fósseis. Para vocês terem uma ideia do problema da poluição, a China baniu por duas semanas o uso de automóveis que usam combustíveis fósseis (isto é, todos).. Resultado?
É, deu pra perceber o tamanhão do problema. As camadas ultrafinas de cobalto, intercaladas com outra de óxido de cobalto, ao serem atravessadas por corrente eléctrica, alteram a estrutura molecular do CO2 no interior, anexam-se a átomos de hidrogênio e produzem ácido fórmico.
O trabalho foi publicado no periódico Nature, e o próximo passo agora é demonstrar como ele pode ser incorporado à atual tecnologia comercial para que se possa efetivamente a ter uso rentável da tecnologia, o que não é pra já, como podem imaginar.
Interessantíssimo, André, mas sendo o produto final um combustível, o resultado de sua queima não seria CO2? Em caso negativo, como ela se daria?
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Sim, mas não seria CO2 A MAIS, e sim praticamente o mesmo que foi pego.
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