Hoje, a lei 16.222/2015, do vereador do município de São Paulo, Laércio Benko, foi publicada no Diário Oficial do Município. De acordo com a lei, fica-se proibida a produção e a comercialização de foie gras, uma espécie de patê feito de fígado de ganso ou de pato. Além disso, a lei também veda a comercialização de artigos feitos com pele de animais.
As pessoas estão achando isso o máximo, mas eu vejo algo um pouco além disso. Sei lá…. deve ser o nome do meu site que me faz caminhar por essas veredas.
Não pode produzir, não pode comercializar. Pode trazer de outro estado e comer na santa paz do recesso do seu lar. Isso porque o município não tem poder para legislar sobre alimentos em larga escala. O princípio usado foi que isso é uma questão ambiental, pois os gansos e patos são praticamente torturados, sendo forçados, goela adentro, com comida, para seus fígados incharem e poderem dar o famoso patê (cujo sabor acho uma bosta).
Entretanto, restaurantes estariam no critério de comercialização, então, não podem vender foie gras. Mas eu vejo um problema. É o apelo melodramático "coitados dos gansinhos". O mesmo apelo que usaram para "salvar" os beagles do Instituto Royal. Em Jundiaí, o prefeito sancionou uma lei substituindo a experimentação animal por estudo usando bonecos. Imagino que para estudar fósseis de dinossauros, usaremos bonequinho do Jurassic World.
Na Universidade Federal do Amazonas, é proibido usar animais em pesquisas e aulas práticas. Imagino que as pesquisas lá sejam pelo método platônico: um monte de cientistas sentados, com as mãos nos queixos, olhando pro alto e imersos no mundo das ideias. Na Faculdade de Medicina do ABC experimentação com animais vivos também é proibido.
Entendam, não é questão que eu seja um sádico torturador de gansos. No máximo, só afogo de vez em quando, mas ele sobrevive. Meu problema é que as premissas para leis contra patê hipster e experimentação animal são as mesmas, sem critério nenhum. E quando loucas como a Luluzinha Mel têm mais acesso a políticos que cientistas, fica claro o quanto o Brasil precisa, não evoluir (é caso perdido. Sinto em dizer), mas pelo menos conter um pouco a onda de insânia.
Para finalizar, o distinto edil que editou a lei do foie gras é contra sofrimento animal desnecessário, mas não vê nada demais em sacrificar bichos em cerimônias religiosas, porque faz muito mais sentido oferecer um animal morto e um copo de cachaça para uma entidade mágica, para que ela lhe consiga um emprego…
Ou fazer gente acéfala lhe eleger para um cargo político.
Fonte: G1
Só pra avisar. Gavage é algo proibido em varios países. Existe formula de fazer o Foie sem introduzir nada diretamente no “estomago” do aninal.
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Mas existem tratamentos que também são administrados pelo mesmo método, inclusive em humanos, como é o caso da disfagia. E nisso eu concordo com o André, não podem simplesmente proibir algo sem nenhum critério, somente pela comoção dos pobres bichinhos sofredores.
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Acho raso colocar o foie gras no mesmo balaio dos beagles. A verdade é que dentro do escopo legal do município, é o que deu para fazer. A real é que ele não pode legislar sobre os alimentos, sendo esta uma tarefa das esferas superiores.
Os beagles eram cobaias. Cobaia é uma merda, mas é necessária. Experimentos em animais (desde que dignos) tem todo o meu apoio.
Agora, enfiar um tubo na garganta do bicho, dar a ele uma vida de merda e fazê-lo sentir uma puta dor até seu fígado praticamente explodir não é legal. Não é necessário.
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Seja um bom garoto e releia o texto até você entender sobre o que ele fala.
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Seja um bom garoto e releia o que escreveste: “O mesmo apelo que usaram para “salvar” os beagles do Instituto Royal. ”
Repito: Acho raso colocar ambos no mesmo balaio. O apelo não foi o mesmo. São discussões completamente diferentes.
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MESMO APELO. “Oh, os pobres bichinhos”
Aprenda a interpretar textos. Fazemos isso no Ensino Fundamental. Matricule-se em um.
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Mesmo apelo se fosse sofrimento animal em troca de prazer/conforto humano.
Seria mesmo apelo se os beagles fossem cobaia de cosmético.
Não é o mesmo apelo.
Beagle: sofrimento animal para cura humana.
Foie gras: sofrimento animal para prazer humano.
E indelicadeza não é argumento.
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Explica pra Luíza Mel, não pra mim.
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A comparação que ele usou no texto foi essa: “Meu problema é que as premissas para leis contra patê hipster e experimentação animal são as mesmas, sem critério nenhum.”
A comparação foi no patamar de critério utilizado para a criação das leis, não da utilidade de cada um deles.
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Você se esqueceu de citar uma outra louca defensora dos bichinhos fofinhos, o Robson Fernando.
E ri muito com a imagem.
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