A onda agora nem é mais mecânica quântica, e sim sua filhota: a nanociência. Tudo agora é nanociência, nanotecnologia, nanopartículas etc. Mas aqui é um blog de divulgação científica e não podemos deixar de noticiar que nanotecnologia existe até mesmo na produção de biocombustíveis. Pesquisadores estão desenvolvendo tecnologias para o refino de biocombustíveis, de forma mais eficiente e, caro, mais barata, pois ciência é legal, mas ter dinheiro para pagar as contas é melhor ainda.
O dr. Igor Slowing é pesquisador do Laboratório Ames, localizado no estado norte-americano de Iowa. Junto com seus colaboradores, o dr. Devagarinho pesquisou técnicas para produzir biocombustíveis. O problema é que o biocombustível, apesar do seu apelo ecológico, não é tão ecológico assim e nem tão eficiente. Sendo assim, o biocombustível precisa ser refinado adequadamente. Assim, eles desenvolveram uma técnica que usa nanopartículas à base de ferro capazes de executar o beneficiamento de um combustível alternativo criado a partir da hidrogenação dos óleos a partir de matérias-primas renováveis ??, como algas, por exemplo.
Essas nanopartículas de ferro são sustentadas por nanopartículas de sílica mesoporosa (Fe-MSN), de forma a catalisar a hidrotratamento de ácidos graxos com alta seletividade para hidrodesoxigenação sobre descarbonilação e ZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzZZZZZZZZ
Jesus, que troço chato!
O negócio é o seguinte: você precisa converter ácidos-graxos (que estão presentes nos óleos) e, para tanto, precisam passar por craqueamento (quebra das ligações químicas). Isso é feito por meio de catalisadores. A técnica usa nanopartículas de ferro, por causa da sua grande área de contato. A superfície é parcialmente oxidada e os elétrons ajudam na conversão do radical carboxila em álcool, seguindo a velha lei: Se alguém se oxida, outro se reduz.
Isso permitiu criar um sistema em que a conversão é bem mais rápida o que significa também em redução de custos. O biocombustível que sair desta técnica poderá sair com mpreços competitivos, apesar de eu achar que se o Brasil investir nisso é idiota, pois já temos a tecnologia do carro a álcool já pronta, o combustível já pronto e fácil de fazer e só falta um governo que pare de subsidiar usineiro para produzir álcool, sendo que estes investem na produção de açúcar e fica tudo por isso mesmo, acarretando que temos que importar álcool dos EUA.
Por que importar álcool? Porque o que vem dos EUA custa R$1,45, enquanto que o que é produzido na Paraíba custa R$1,75 (fonte). Alguém aí vê algo de errado? Bem, no caso do biocombustível estudado no Lab Ames, o níquel se mostrou um agente catalisador bem mais eficiente que o ferro, mas não a ponto de valer a pena, já que o custo do ferro é de cerca de 100 vezes mais barato que o níquel. Sendo assim, e ninguém gosta de jogar dinheiro fora, exceto o Brasil, preferiu-se o ferro, mesmo.
A pesquisa foi publicada no periódico Journal of Catalysis
“Essas nanopartículas de ferro são sustentadas por nanopartículas de sílica mesoporosa (Fe-MSN), de forma a catalisar a hidrotratamento de ácidos graxos com alta seletividade para hidrodesoxigenação sobre descarbonilação e ZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzZZZZZZZZ
Jesus, que troço chato!”
KKKKKK, e isso porque você leciona química…
O biodiesel é necessário porque a maior parte das mercadorias que são transportadas nesse país de dimensões continentais é feita por…
Caminhões. Tanto é que emitem mais CO² que TODA a frota de automóveis brasileira junta, apesar de serem uma minoria na frota. (http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,diesel-combustivel-que-mais-polui-ja-responde-por-53-das-emissoes-de-co2,678106,0.htm)
Os catastrofistas do aquecimento global antropogênico nem ligam muito para o diesel por causa de sua baixa emissões de CO², mas o combustível é campeão na emissão de óxido de nitrogênio (aqui: http://pt.slideshare.net/damoPortoGama/xidos-de-nitrognio).
O biodiesel ajudaria a reduzir a emissão desse tipo de poluente, mas como tudo aqui tem que ter álcool no meio, o nosso biodiesel tem uma parte de álcool misturado o que o tornaria solúvel em água e diminuindo drasticamente a sua vida útil em estocagem.
Em compensação o personagem do Clube da Luta não precisaria mais roubar gordura de clínica de estética para fazer sabonete por que a transesterificação retira a maior parte da glicerina do combustível.
Há também um projeto tocado pela americana Amiris em que eles estão modificando a levedura para transformar garapa em diesel, e sem precisar de refinamento.
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Puxa, se ao menos pudéssemos usar navios e trens…
Biodiesel é mais caro e poluente para ser produzido. Não há almoço grátis.
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