Todo mundo sabe que Ciência não serve para nada. Esse negócio de medicamentos, vacinas e até o computador que você está usando é coisa da Matrix. Nada disso é real, como querem dizer nossos caros amigos filósofos, que correm para primeira farmácia quando estão com dorzinha de cabeça.

Agora, uma pesquisa pode ser a chance de paralíticos voltarem a andar, sem que algum maluco-beleza diga levanta-te e anda. No máximo, um cientista dando choques no cérebro, enquanto diz: ANDA, PORRA!

Por muitos motivos uma pessoa pode ficar paraplégica ou tetraplégica. Basicamente, temos uma interrupção nos comandos que saem do cérebro e vão para os membros (estou falando dos braços e pernas, mas aquele também). Algumas pesquisas tencionam fazer um bypass nas terminações nervosas da coluna, quando estes estão lesionados. Em outros casos, a lesão é no próprio cérebro. O que fazer, então?

O dr. Lukas Bachmann trabalha no Instituto de Pesquisas do Cérebro da Universidade de Zurique, na Suíça. COmo ele viu que não tinha muito jeito com relógios e não gosta de melecar a cozinha fazendo chocolate, o dr. Beakman, digo, Bachmann resolveu trabalhar com coisas mais simples, como neurociência.

Ele e seus colaboradores trabalham estimulando um conjunto de neurônios lá para dentro do cérebro, onde Judas perdeu  as botas neuroquímicas. Ao estimular esses neurônios com pequenas cargas elétricas, Bachmann permitiu que pobres ratinhos com lesões na medula espinhal pudessem caminhar quase normalmente de novo. Seria algo como:

Obviamente, como são ratos feios e aleijados, os ativistas de modinha não foram lá salvá-los do terrível pesquisador que queria fazê-los andar de novo.

Os pesquisadores estimularam a região locomotor mesencefálica, uma parte do tronco cerebral e pretendiam servir de "despertador" parta um bando de neurônio preguiçoso que estava sem vontade de trabalhar.Esta região do tronco cerebral é responsável por vários movimentos de animais superiores, como macacos, gatos, e gente.

A bem da verdade, na referida pesquisa, os ratos não estavam 100% paralisados, "apenas" com 80% de perda de movimento. Mandar por causa de uma unha do dedão encravada já me deixa de mau humor. Quando  lesão estava situada apenas nas patas traseiras, o tratamento chocante não resultou em êxito. Ninguém nunca disse que cientistas tinha que acertar de primeira. Em compensação, os estímulos ajudaram às patas dianteiras nos movimentos de andar e de natação. Resolveu o problema dos ratinhos? Não, mas estão mais próximos do que antes de começar a pesquisa. Deem-lhe crédito. Esta pesquisa de estimulação cerebral pode não ser útil de fazer alguém voltar a andar, mas pode ser um valioso aliado na luta de doenças como o Parkinson.

A pesquisa foi publicada no periódico Science, e se não estamos no alvorecer de fazer um paralítico andar, estamos muito perto. Talvez, isto seja pouco para estes idiotas metidos a ativistas, "libertando" animais fofinhos do cativeiro (para depois abandoná-los na rua, mesmo). Um cientista de verdade honra todos os animais que usa em suas pesquisas. Estes animais são mártires, não porque tiveram visões esquizofrênicas, mas por servirem para ajudar a vida de milhares e/ou milhões de pessoas debilitadas ao redor do mundo.

Cada ratinho com a espinha lesionada para ser tratado depois é um nome da Ciência e aquele que os usa e coleta dados sente-se mal com o que está fazendo (só psicopatas não sentiriam nada), mas ele também sabe que aquilo é importante. Vocês chamam de tortura? É maior tortura para quem tem que sacrificar um animal indefeso para salvar milhões de outros animais, para que animais (no mau sentido) possam ter uma vida melhor.