Esta é uma postagem atípica. Eu não mantenho o Cet.net para reclamações pessoais nem pra ficar mimizando sobre as vicissitudes da vida. É muito raro eu fazer isso, que nem quando eu postei a “maravilha” que é o serviço da UOL. Mas as pessoas, assim como todas as coisas, têm seu ponto de ruptura. O ponto de fulgor em que você simplesmente se recusa a aceitar como normal uma coisa disparatada. E um dos principais motivos de minha úlcera estar dançando polca é a maldita empresa Oi, que fornece um dos péssimos serviços do universo: o Velox, o serviço de (dizem) Internet Banda Larga.
Desde o dia primeiro de março, aniversário da cidade do Rio de Janeiro (mas de tão pouca significância que nem feriado é) meu Velox foi subitamente subtraído de mim, sem um único aviso prévio, não dando nem tempo de comprar caixão, encomendar a alma e dar-lhe a cruz da hora extrema. A alegação (idiota) da empresinha é que não havia viabilidade técnica para me oferecerem o serviço, sendo que sou cliente desta bosta desde 2005, com uma velocidade risível e uma qualidade precária. O mais bizarro é que eu estava usando a Internet quando a conexão caiu e morreu, no momento em que Jigsaw meteu-lhe o machado; como podia ser inviável tecnicamente se eu estava efetivamente usando esta budega?
É um serviço imundo prestado por imundos, atendendo a população por meio de gente que mal sabe dizer o próprio nome, mas se apresentam como “técnicos”. Um técnico que não consegue abstrair que a alegação de falta de viabilidade técnica é extremamente estúpida, mas o atendente não é pago para resolver. Se fosse para resolver, ele seria um “resolvente”, mas no fundo, é um “enrolente”: ele é pago para te enrolar e lhe convencer que você não tem direito a nada, nem ao serviço que você está pagando.
Isso afetou de sobremaneira meu trabalho. Atrapalhou a minha vida e nem mesmo pude postar artigos no blog, onde pesquisar temas e assuntos já estava difícil e ficar usando internet de celular é um saco. Entre vários telefonemas, horas intermináveis sendo jogado de um atend… digo, de um enrolente para outro, informações desencontradas e muita, muita irritação, acabou gerando um protocolo de reclamação na ANATEL, que como toda agência reguladora não regula nem os próprios intestinos. A Oi teve 5 dias úteis para entrar em contato comigo e dizer o que está havendo. A parte que a desculpa era inaceitável não passou pela ideia dos programadores do sistema que gera a reclamação da ANATEL, logo o enrolente de lá não pode registrar isso. Aliás, por que 5 dias ÚTEIS? Parece que vivemos no início do século XX com todos tendo jornadas de segunda a sexta.
Então, estou aqui tentando manter minha sanidade, tendo problemas para trabalhar e postar no Cet.net, que não encaro como trabalho, já que ele não é uma fonte de renda. Ainda assim há uma responsabilidade, mas uma responsabilidade que não poderá ser usada em minha defesa, já que o pensamento corrente é “ah, apenas um blog”. Veículo de informação e cultura não é visto como nada e, por isso, nada adianta demonstrar que isso é importante para mim, e para vocês também. É vergonhoso um país no qual você paga por um serviço, sempre em dia, e este serviço é-lhe negado, e você CONTINUA pagando pela merda de um serviço, já que isso é um grande privilégio para você, seu imbecil! A falta de concorrência acarreta nisso, já que parece que ninguém quer roubar cliente dos amigos, e somente lugares específicos têm essa pseudoconcorrência, com preços semelhantes por serviços semelhantes. É como plano de saúde, onde os camaradinhas jantam juntos, decidindo como ferrar com a população que precisa do serviço.
Nesse ínterim, enquanto eu pago por um serviço e não posso usá-lo, moradores de favelas têm acesso gratuito e nunca falha, seja pelo lado oficial, seja pagando vinte merréis pro dono do movimento e conseguindo link de 8 megas. Em algumas favelas, moradores ganharam geladeira, pois assim ajuda a diminuir o custo com a energia elétrica (no gato, óbvio), impedindo que o país consuma muito e acabe tudo às escuras em meio a um apagão, como no início do ano. Não que eu ache que favelado não possa ter as coisas. Pode. Mas é vergonhoso que eles tenham coisas de graça que eu, no asfalto, não tenho nem pagando. O preconceito foi invertido. Se você não é favelado, não merece ser protegido pelo Estado. Mesmo porque, nas favelas há grande quantidade de eleitores, e isso deve ser indicativo de algo. Também, há o fato que eu não tenho capangas a fim de ameaçar técnicos e operadores de sistemas de telefonia, garantindo que tudo esteja funcionando. O máximo que o PROCON fará é dar tapinhas nas mãos das empresas. A Oi já foi multada em pouco mais de um milhão de reais, o que é troco de pinga para ela. Eles riem, recorrem da multa e tudo continua como antes.
A única coisa que me resta, então, é pesquisar para saber se tem alguma outra empresa que forneça algum plano de acesso a banda larga, u terei que vender a minha casa e ir morar numa favela, para ser reconhecido como cidadão. Se bem que muito barraco em favela custa bem caro, e o aluguel em dia de réveillon é cobrado em dólar e muito mais caro que muito hotel 5 estrelas. Sim, este é o Rio de Janeiro. Este é o Brasil.
Por fim, devo dizer que este artigo foi digitado num bloco de notas no PC, passado para meu celular via cabo e enviado pelo aplicativo do WordPress. Logo, um recado aos retardados deslumbrados com a tecnologia, que ficam pulando como adolescentezinha cada vez que alguma porcaria é anunciada: peguem a nuvem e o cloud computing e enfiem no rabo!

Este evento me lembra que eu portei meu celular da VIVO para TIM, e três meses depois a VIVO ainda queria me cobrar por um serviço que ela não fornecia mais.
Depois de várias ligações inúteis e sendo jogado de uma lado para o outro, só o PROCON deu jeito no negócio.
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Não uso o Lentox, mas vou processá-lo assim mesmo.
Por causa deles não estou tendo meu momento de gargalhada semanal: “A Voz dos Alienados”.
E tudo por culpa da maldita internet (é isso mesmo ou os crentes pararam de mandar aqueles emails toscos?).
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É realmente depravável essa nossa telecomunicação do HUEHUEBRBR, até os africanos, lá, que vivem de cortar cana, tem internet melhor. É sério. Olha André, aqui em Belo Horizonte, a GVT bota pra quebrar, em todos os quesitos! Eu tenho um link de 10mb. Sempre tenho os 10, as vezes mais. O ping é baixissimo, chegando marcar incríveis 0 no speedtest.net… Raramente ela cai, e SE acontecer de cair, ficar lenta, eles lhe avisam! É realmente de ótima qualidade, eu recomendo. Até.
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Isso é pq vc não conhece uma incrível empresa chamado “viacabotv”, pago a infima quantia de R$ 90, 00 pela velocidade estonteante de 1 mega. Só é possível alcançar esse 1 mega de madrugada, pq nos fins de semana e horas de muito acesso as vezes consigo baixar a incríveis 15 kb/s.
O triste é que minha fidelidade acabaria agora este mês e ia trocar a viacabo pela velox…
O que eu faço ?
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Esta bosta aí está pior que o velox.
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André, vendo o caso, temos as seguintes alternativas para explicar o despautério:
Possibilidade 1 – Cortaram a conexão “por engano” (algum tequinico foi meter o bedelho na sua conexão talvez com uma ordem de corte por causa de alguma conta não paga de outra pessoa e foi meter a tesoura na sua conexão por conta disso.
Possibilidade 2 – Pegaram sua conexão para fazer “gatonet” (o tequinico, descolando algum trocado a mais por trás foi lá e desviou sua conexão pra outra pessoa, que possivelmente usa a rede sem pagar por ela).
Possibilidade 3 – Roubaram o cabo de cobre relacionado a conexão com a internet no meio do caminho e ai “Elvis”.
Atendentes não sabem o que fazer e passam respostas-padrão por não saberem o que fazer em meio a tantos ânimos exaltados. No geral, os “técnicos” são “terceirizados” da companhia (forma da companhia contornar as dificuldades na contratação e eventuais encargos trabalhistas) e não ganham lá essas coisas. Descolam mais no “jeitinho” do “gatonet”.
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Mas agora conseguiu uma solução definitiva ao caso? :/
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