Algumas pessoas me repassaram a notícia de um marginalzinho que teve ataque de pelanca porque tirou nota baixa num trabalho de Inglês e até chegou a bater na professora. Infelizmente, isso passou da fase de eu me irritar, já que é mais comum do que vocês imaginam. E isso é ruim, muito ruim. Obviamente, o caso teve lugar num colejão de periferia, frequentado por pivetes e filhos de bandidos, certo?
Errado. Ele teve lugar no colégio Santa Cecília, que é um colégio particular no município de Santos, SP. O ECA protege a integridade da pobre criança, proibindo até mesmo que publiquemos que o nome do sujeitinho é Thalles. Por causa dessas normas babacas, o vídeo que postaram no YouTube foi removido, mas parece que não conhecem o mundo pós-internet. Olha ele lá de novo:
Há um lugar no Inferno reservado para quem filma com celular na vertical.
Bem, o fato ocorrido no dia 13/09 tomou lugar quando a pobre criança achou que a nota recebida não fazia jus ao seus esforços, então ele fez o que qualquer cidadão consciente e imbuído de civilidade faria: sentou e dialog… NÃO! O psicopata tomou o Diário de Classe da professora e apagou todos os registros (idiotinha! Qualquer professor tem um registro num caderno e só joga no diário por último. Nem pra bandido serve). A professora ainda tentou conversar com o meliante e quando tentou reaver o Diário de Classe, o marginal, totalmente alterado (é o demo! CORRÃO!) jogou a professora no chão. O inspetor (saído de fábrica sob o modelo Armário 2.0) veio e passou trabalho para conter aquela coisa.
Agora, entra em cena a pior classe que existe: Pedag… não foi o advogado mesmo, que fugiu de pegar um ônibus, onde apenas 20 de seus colegas foram. Ele disse que o pobre floquinho de neve estava abalado e que os pais, de moral e ética similar ao do próprio rebento, iriam processar a professora, o colégio e a minha tia Maricota, por ela ter visto a cena no YouTube.
O caso foi parar na direção e – agora eu me impressionei, a postura do colégio foi:
Decisão do Conselho de Classe:
Segundo prevê o Regimento da Escola, o Conselho de Classe se reuniu nesta sexta-feira (21/9) pela manhã, para deliberar a respeito do processo disciplinar desenvolvido, em reunião que contou, inclusive, com a presença do advogado do aluno. Após constatar que foi concedido ao aluno irrestrito exercício ao contraditório e à ampla defesa, considerando as imagens existentes, a versão e a defesa apresentada pelo estudante, que foi subscrita pelo advogado, o Conselho decidiu, de forma unânime, pela aplicação da penalidade de transferência compulsória, por entender que os atos praticados significaram falta gravíssima à luz do Regimento.
Mas eu ainda acho que a professora está na marca do pênalti, só que a evidência filmada não deixa muita margem para passar a mão na cabeça da… criaturinha, embora eu adoraria conversar com ele. Algo meio na linha de…
Pelo menos, o colégio teve uma boa postura e isso é inegável. Só fico imaginando o próximo colégio onde o… coitadinho será matriculado. Claro que ninguém dará um pio a respeito, pois se trata de uma criança, que ano que vem terá idade para eleger o próximo Presidente da República.
Fonte: Yahoo! Notícias
PQP. Os pais ainda “acobertam”? Se fosse eu no lugar do marginal, a minha progenitora precisaria de um advogado!
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Cara, sorte que minha mãe dá aula para crianças. Entretanto, ela já me contou que uma colega de trabalho já foi vítima de agressão por parte de um moleque que tinha reprovado em matemática.
Obviamente, não aconteceu nada com o pirralho. Os pais compareceram na escola, ouviram algumas coisas e se mandaram para casa. A professora, ao contrário, saiu da escola (por medo).
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Uma sábia frase popular resume tudo isso “educação vem de casa”.
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Que melda hein?! Dá até vontade de surrar um delinquente desse, mesmo sendo errado. Ele deveria estudar com a aquela professora do Sumaré adepta das cintadas em alunos. Mas solução mesmo, sei lá….o moleque deveria ser apreendido para receber medida disciplinar da polícia local.
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André larga mão de ser preconceituoso com os advogados cara. Cedo ou tarde todo mundo precisa de um. =D
O erro me parece dos pais (o advogado é meio) que ao invés de cagar o filho a pau passaram a mão na cabeça.
Eu lembro que quando estava no ensino médio, se nos conselhos de classe ou nas reuniões com os pais, chegava algum comentário desabonatório eu já estava com problemas.
Se tivesse um vídeo – como o gravado – eu acho que primeiro levaria uma surra em casa, teria que ir pedir desculpas pessoalmente ao professor(a) entre outras coisas.
Mas hoje os tempos – infelizmente – são outros. Hoje eu só fico estarrecido. Deve ser o carma por compor a pior classe que existe.
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Lembro que a 10 anos atrás “os marginais” da escola, eram suspensos sem “inquérito policial” e advogado (kkkkkkkkkk) apenas por mandar o professor tomar ….., e ainda tinham que pedir desculpas para o professor, em caso de briga na escola, a expulsão era automática para quem havia começado a briga.
Minha prima há algum tempo me contou, que um dia repreendeu um moleque (não tinha mais de sete anos) pela bagunça que ele estava fazendo, mas após ser repreendido ele disse, “não brigue comigo ou eu chamo meu pai, ele é bandido”. Algum tempo depois ela saiu do inferno, quer dizer da escola.
Eu tinha o sonho de ser professor (matemática), mas agora, bem …… nem com a paciência divina eu acho que conseguiria.
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@wiliam, acha que aluno está lá pelo aprendizado? Se pá, muita gente tá lá pelo diploma para tentar marcar espaço no jogo onde o STATUS SOCIAL dá as cartas.
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Surtei tanto com esse vídeo, até assustei o Nihil. Mas é sério que tornou-se normal tal comportamento em sala de aula? Lamentável demais, fico sem palavras :/
Parabéns ao colégio, tomaram a única decisão possível e cabível ao fato.
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“o Conselho decidiu, de forma unânime, pela aplicação da penalidade de transferência compulsória, por entender que os atos praticados significaram falta gravíssima à luz do Regimento”
Tradução: “todo mundo aqui, inclusive eu, concorda que esse moleque safado merece ser expulso” (é o que diriam se não houvesse advogado presente)
“Só que a evidência filmada não deixa muita margem para passar a mão na cabeça da… criaturinha, embora eu adoraria conversar com ele. Algo meio na linha de…”
Faço suas as minhas palavras e ainda digo mais: “eu sei que você vai gostar da surra que vai tomar, mas eu vou procurar gostar mais.”
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