Químicos brasileiros desenvolvem método para tornar azulejos à prova de bactérias

banheiro.jpgAs partes de uma casa que mais preocupam com relação à higiene são os banheiros e a cozinha. Não é à toa que usamos azulejos ou outros tipos de revestimentos cerâmicos nesses locais, já que são mais fáceis de limpar e desinfetar. Numa casa, temos uma boa preocupação (mesmo que inconsciente) com tais locais, agora imaginem um hospital, que produz comida para médicos, funcionários e pacientes. Imaginem os banheiros. Uma bactéria escondida e a caca tá feita. O uso exzcessivo de desinfetantes pode ser contraproducente, pois se alguma cepa desenvolver resistência a eles, teremos um alastramento de bactérias resistentes e capazes de causar sérias infecções em muitos pacientes.

Foi pensando nisso que o químico Thiago Sequinel, da Universidade Estadual Paulista, desenvolveu um novo método para fixar nanopartículas de óxido de titânio e de prata (que possuem propriedades bactericidas) em azulejos de cerâmica. As peças são submetidas a pressão elevada e temperatura em torno de 450ºC. “Desse modo o filme não se desprende do azulejo ou de qualquer outro substrato no qual esteja aplicado”, explica Sequinel. O método representa um avanço em relação aos anteriores, que demandavam temperaturas na faixa de 700ºC para fixar a camada de nanopartículas.

Conforme a pesquisa de iniciação científica de Sequinel avançava, o foco direcionou-se para a exploração do poder bactericida das partículas. Pelo mérito científico e por sua inovação, a pesquisa rendeu a Sequinel em 2009 o primeiro lugar na feira Idea to Product – Global Competition, realizada anualmente nos Estados Unidos.

Assim, a ideia que o azulejo já venha preparado para impedir que alguma bactéria sebosa resolva dar uma de sem-terra é excelente. Obviamente, ninguém deixaria de limpar e desinfetar os ambientes de modo costumeiro, mas o material ajuda na guerra contra contaminações e infecções hospitalares, infelizmente ainda muito comuns em nossos hospitais, assim como os de outros países.


Fonte: Ciência Hoje Online

11 comentários em “Químicos brasileiros desenvolvem método para tornar azulejos à prova de bactérias

  1. Solução interessante, já tinha ouvido dizer não sei se é verdade que talheres de prata são bactericidas.

    A foto acima está estranha, eu nunca vi um lavabo na mesma altura do vaso sanitário.

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  2. André,

    as propriedades bactericidas do óxido de titânio e de prata se devem ao fato de serem tóxicos ou a alguma outra característica ?
    Fico imaginando se num futuro próximo não surgiriam bactérias resistentes a esses óxidos

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    1. Sim, os óxidos de titânio são bactericidas e, pelo que sei, qualquer bactéria poderia (em tese) desenvolver resistência a ele. Para tanto, não se pode confiar só no revestimento. Ele é apenas mais um aliado.

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    1. @Fátima,
      Hã?
      E qual a diferença entre usar esse sanitário e uma árvore??
      Quero dizer, prender pessoas por urinar “na rua” (enquanto alguns sujeitos estavam cobrando para usar os sanitários químicos públicos) enquanto se pode “mijar atrás da árvore” com esses banheiros químicos…
      Não estou entendendo mais nada. :shock:

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        1. @André,
          Sim, entendi essa parte do artigo. :wink:

          O que eu quis dizer é que os sanitários do link passado (pela Fátima) são “Banheiros químicos abertos”, e que no RJ haviam uns pilantras cobrando (e foram detidos) pelo uso desses espaços (acho que não eram esses, exatamente, mas dá pra pegar a idéia), enquanto outras pessoas eram presas por mijar na rua, e eu pergunto: qual a diferença entre esses “Banheiros químicos abertos” (do comentário da Fátima) e mijar atrás da árvore, na rua?

          Meu comentário não era relacionado com o assunto do artigo, mas com o assunto do link do comentário anterior.

          Pelo menos 223 pessoas são detidas por urinar na rua no Carnaval do Rio

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  3. Que santo item de decoração, não? ‘-‘ quero logo que esteja disponível na linha ELIANA. Assim eu paro de me matar aos poucos durante as lavagens no banheiro e na cozinha (já que eu fecho os ambientes e esqueço que tem água sanitária e às vezes diabo verde nas misturas de limpeza…).

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