Nós, homens, temos muitos problemas. Em relação às mulheres, temos muitas desvantagens, como por exemplo, ninguém dar lugar pra gente no ônibus, mesmo que estejamos com uma mala do tamanho de um Boeing, enquanto que mulheres de bolsinha são prontamente instadas a sentarem, senão isso, há quem ofereça para segurar suas minúsculas bolsas. Obviamente, eu nunca seguraria mochila de marmanjo também.
Mas as mulheres possuem organicamente mais vantagens, como maior longevidade. Pesquisadores no Japão descobriram que ratos fêmeas produzidas utilizando material genético de duas mães, mas nenhum pai (exato, não houve fuc-fuc. Foi quase um nascimento lésbico) vivem significativamente mais do que os ratos com a mistura normal de genes maternos e paternos. Seus resultados fornecem a primeira evidência de que os genes do esperma pode ter um efeito prejudicial na esperança de vida dos mamíferos. Isso é, no mínimo, aterrorizante.
A pesquisa publicada no periódico especializado em reprodução humana, Human Reproduction (D’Oh), descobriu que ratos criados a partir de dois genomas do sexo feminino (ratos bi-maternal) viveram uma média de 186 dias a mais do que os ratos de controle criados a partir de a combinação normal de um genoma masculino e feminino, numa fraseologia caprichada que quer dizer que uns pares de ratinhas ficaram morando juntas, ouvindo Joana ou Angela Rô Rô, combinaram seus genomas e, VOILÀ, proles mais longevas que a prole produzida por ratinhos que cresceram e multiplicaram-se à moda antiga (e mais divertida).
O tempo médio para o tipo de ratos utilizados no estudo situa-se entre cerca de 600-700 dias, o que significa que os ratos BM viveu cerca de um terço a mais que os normais. Logo, creio que o Robson não vai reclamar, já que os bichinhos viveram mais. Ou não, sei lá. Mas ainda acho meio bizarro. Afinal, os ratinhos tiveram pai e mãe ou duas mães?
Professor Tomohiro Kono, do Departamento de Biociências, Universidade de Agricultura de Tóquio (é, eu também achei estranho, já que ratos não são plantas), e diretor do Instituto de Pesquisa Nodai, e o Dr. Manabu Kawahara, professor adjunto no Laboratório de Desenvolvimento de Recursos Animais, Faculdade da Agricultura, da Universidade de Saga (Japão), realizaram a pesquisa. Eles acreditam que a razão para a diferença na longevidade possa estar relacionados a um gene no cromossomo 9 associada com crescimento pós-natal.
Segundo o prof Kono, os cientistas já sabiam da tendência das fêmeas a uma maior longevidade, não só entre humanos, mas em outras espécies de animais também. A razão ainda não tinha se tornado muito clara, mas aos poucos os pesquisadores começam a desvendar. Não se sabe ainda se a longevidade em mamíferos foi controlada pela composição do genoma de apenas um ou ambos os pais.
Para responder a esta questão, Prof Kono e Dr. Kawahara estudaram a vida de camundongos produzidos sem esperma. Para fazer isso, eles coletaram ovócitos e manipularam-nos de forma que eles se comportassem como espermas; mesmo porque, óvulos não podem fecundar óvulos. Em seguida transplantaram o material genético manipulado para outros ovócitos não fertilizados que tiveram seus núcleos retirados (oócitos enucleados). Estes ovócitos reconstruídos desenvolveram-se em embriões, que foram transferidos para ratinhas que serviram de mães de aluguel. Os ratos que nasceram como resultado foram bi-maternais, com material genético de duas mães, mas nenhum pai.
Os pesquisadores criaram um controle através de fecundação natural, isto é, com direito a fuc-fuc, orgias, muita bebida e baile funk. Geneticamente são idênticos aos ratos bi-maternais, além do fato de que eles foram criados de uma forma normal com genes de camundongos machos e fêmeas.
Haviam 13 ratos bi-maternais e 13 ratos de controle nascidos entre outubro de 2005 e março de 2006, e o prof Kono descobriu que o tempo médio foi de 186 dias a mais nos ratos do bi-maternais que nos controles (841,5 dias X 655,5 dias). O maior tempo que qualquer dos ratos controle viveram foi de 996 dias, mas um deles morreu com 800 dias; enquanto isso, o maior tempo vivo para os ratos bi-maternais foi 1045 dias. Os pesquisadores checaram o peso dos ratos aos 49 dias e 600 dias (cerca de 20 meses após o nascimento) e descobriram que os ratos bi-maternais estavam significativamente mais leves e menores do que os ratos do controle. Estes ratos também pareciam ter um melhor sistema imunológico, com um aumento significativo de um tipo de glóbulo branco, eosinófilos.
Ambos os conjuntos de ratos foram mantidos no mesmo ambiente, livre de infecção, e com livre acesso aos alimentos, o que torna improvável que algum fator ambiental externo foi a causa da diferença de expectativa de vida.
A pesquisa sugere que a razão mais provável para as diferenças de longevidade diz respeito à repressão de um gene chamado Rasgrf1 nos ratos bi-maternais. Este gene normalmente se expressa do cromossomo herdado paternalmente e é impresso no cromossomo 9, associado com crescimento pós-natal. No entanto, até o momento, não está claro se Rasgrf1 está definitivamente associado à longevidade dos ratinhos, mas é um dos fortes candidatos para um gene responsável. Além disso, não podemos eliminar a possibilidade de que outros genes desconhecidos, que confiam em sua paternal herança para funcionar normalmente podem ser responsáveis pela longevidade dos ratos estudados.
Segundo os pesquisadores, os resultados são consistentes com modelos baseados em seleção sexual, com estratégias reprodutivas, onde indivíduos do sexo masculino potencializam a condição por um intenso investimento em reprodução, através de um tamanho maior do corpo, a fim de conseguir mais oportunidades de procriação, resultando em menor longevidade. Em outras palavras, os machos investem em melhora de suas condições físicas, de modo que tenham maior chance de se reproduzirem com o maior número de fêmeas possível, e este “investimento” acarreta numa longevidade menor. Em contraste, os indivíduos do sexo feminino geralmente não se envolvem em tais comportamentos masculinos e, ao invés disso, tendem a otimizar sua produção reprodutiva, conservando energia para passar à sua prole
O estudo pode dar uma resposta às perguntas fundamentais: isto é, se a longevidade em mamíferos é controlada pela composição do genoma de apenas um ou ambos os pais, e apenas talvez, porque as mulheres estão em vantagem sobre os homens no que diz respeito para a vida?
[ATUALIZAÇÃO] Me ocorreu uma coisa: Os ratinhos nascidos de duas mães não carregam o Pecado Original. Será que algum deles será o Messias?

um episodio de south park disse que são pedro na verdade era um coelho(coelho da pascoa) sua conclusão iluminou minha vida jesus é um rato
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Porque somos mais bem humoradas. :grin:
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