Chomsky estava certo? Existe uma gramática no cérebro?

Olá coleguinhas. Esse texto deveria ter sido publicado no início de dezembro/2015, mas por vários motivos pessoais (projeto de mestrado rolando, fiquei um tempinho sem computador, aí perdi a senha do site rs mais de uma vez rsrs…) só está saindo agora. Mas não tem problema, vamos lá.

Quem leu meus textos, sobretudo esse aqui, sabe que o Chomsky inaugurou uma teoria na linguística que propõe que a língua existe na mente do falante (em alguns textos ele até fala em "língua como um estado do cérebro" [CHOMSKY 1998]) e coloca a linguística na área de pesquisa em neurociência (sim, biologia, medicina e tal).

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Estrutura cerebral que regula a emoção é passada de mãe para filha

Como nós desenvolvemos nossas características emocionais? De onde essas emoções vêm? Bem, claro que é do coração, pois nós pensamos com ele, enquanto o cérebro só serve para refrigerar o sangue. Ainda bem que desenvolvemos Ciência, ou você estaria acreditando nesta bobagem até hoje, já que o grande gênio científico do Aristóteles falou essa e muitas outras idiotices, como mulheres tendo menos dentes que homens, mesmo tendo sido casado duas vezes. O amigo da sabedoria não gostava tanto assim de sequer olhar pro que tinha na sua frente.

Uma pesquisa estudou 35 famílias ´para saber como (e se) as emoções são características que passam de pais para filhos. Bem, o que foi descoberto não é uma regra dessa forma, mas que podem ser transmitidas de mãe para filhas, mas não tão comumente no caso de mães para filhos (homens). Pais não entraram na história, como sempre. Mas como isso acontece?

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O homem que confundiu seu gato com outro gato

Isso pode parecer título do livro do Oliver Sachs, mas não. Se bem que tem (quase) tudo a ver. Estamos falando que um determinado senhor que teve sua virada virada por uma zica no cérebro. Esta zica (não confunda com o Zyka Vírus) fez com que este senhor não reconhecesse mais o seu gato como o seu gato. Era um intruso, um farsante, um espião illuminati, era um gato gatuno.

Isso que o pobre homem sofre é Síndrome de Capgrass, uma condição maluca que deixa o cérebro zuado, a ponto de não reconhecer parentes e mesmo a própria aparência, achando que todos foram substituídos por farsantes.

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Como o cérebro culpa e é compreensivo mediante ações e como elas são apresentadas

A sabedoria popular, que muita das vezes se mostra burra, criou frases de efeito, em que muitas delas acabam parando no principal meio de divulgação de cultura: para-choques de caminhões. Sabem aquelas frases de efeito tipo “quando acerto ninguém se lembra, quando erro não me deixam esquecer”? Bem, talvez nesse caso seja uma verdade, e isso pode ter explicação científica.

Uma nova pesquisa estuda um bug esquisito de nosso cérebro: Por que somos bem rápidos em culpar as pessoas por suas ações, mas ao mesmo tempo somos mais lentos para dar-lhes crédito?

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Localizacionismo, fRMI e linguística gerativa: tudo a ver?

Os amiguinhos e amiguinhas leitores e leitoras já devem ter ouvido falar dos frenologistas, uns caras que no século XIX achavam que o cérebro era todo divididinho em partes especializadas em funções. Eles foram longe demais nessa hipótese e acabaram descaindo pra uma pseudociência que justificava todo tipo de desgraça e preconceito… Mas acabou que eles não estava de todo errados.

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Dar choque na cabeça pode melhorar sua esquizofrenia

O dr. Ugo Cerletti era um neurologista italiano. Um dia ele teve a brilhante ideia de usar o dispositivo como o que vemos aqui ao lado. È uma máquina de eletrochoque. Na magnífica ideia do dr. Cerletti, dar eletrochoques no crânio era uma boa ideia, pois controlava surtos psicóticos e "curava" esquizofrenia. Essa prática teve início em 1937 e, graças ao bom senso, terminou em na década de 1970.

Agora, resolveram que isso não é porque o dr. Cerletti era hipster que eletrochoque não possa voltar a ser moda, sob o nome de estimulação transcraniana, usando corrente direta no céleblo. O que pode dar errado?

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Com tanta criancinha passando fome…

Toda vez que sai alguma notícia sobre um evento científico incrível, como mandar um rover pra Marte, pousar uma sonda num cometa ou descobrir como o seu cunhado descobriu a senha do seu cartão de crédito, a massa iletrada corre praquelas plagas conhecidas como "redes sociais" e começam o desfile ridículo de imbecilidade do tipo "Com tanta criancinha na África passando fome, os caras ficam gastando dinheiro com isso". A resposta básica seria o artigo Por que gastar em exploração espacial com tanta gente passando fome?, mas a questão é um pouquinho mais densa, porque este tipo de ralé, além de idiota, é hipócrita, que FINGE se importar com as criancinhas na África, mas passam batido por qualquer mendigo na rua, ou criança suja pedindo dinheiro ou vendendo bala. Curiosamente, elas deixam de ser altruístas, preferindo "as pobres criancinhas na África". Por quê?

Apesar de toda essa pseudo-preocupação, as entidades humanitárias recebem donativos cada vez menos. Com tanta gente se preocupando, não deveriam receber mais?

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Memórias de uma pessoa são relativas à sua cultura

Qual é a sua mais antiga lembrança? Como foi a sua ultima festa de aniversário ou memória mais marcante? Memórias são um importante campo de estudo, e entender como elas são formadas e mantidas é um estudo sobre nós mesmos. De acordo com uma recente pesquisa, nossas memórias são diretamente relacionadas à cultura particular de cada um, assim, o meio em que crescemos reforçará itens que nos são familiares, fazendo-o ser facilmente recordado.

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Pareidolia e o Vale da Estranheza

A pareidolia é o fenômenos de ver e ouvir coisas que não estão lá. Trata-se meramente de nossa capacidade de reconhecimento que entra em curto e queremos ver coisas que, em princípio, não estão lá. Mas, as semelhanças fazem com que façamos ligações mediante nossa vivência. Assim, pessoas vêem Jesus em torradas, monstros em explosões e santas em vidraças.

Aliado a isso, algumas vezes temos sensações desconfortáveis, onde não gostamos do que vemos ou mesmo o repudiamos, à medida que alguma coisa tenta ser algo, mas não consegue chegar perto. É o Vale da Estranheza.

O presente artigo esmiuça nossa herança evolutiva, correlaciona a nossa capacidade de reconhecermos rostos desde nosso nascimento, e como isso nos influencia ao ver o mundo que nos cerca.

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Pareidolia e o Vale da Estranheza

pareidoliaA pareidolia é o fenômenos de ver e ouvir coisas que não estão lá. Trata-se meramente de nossa capacidade de reconhecimento que entra em curto e queremos ver coisas que, em princípio, não estão lá. Mas, as semelhanças fazem com que façamos ligações mediante nossa vivência. Assim, pessoas vêem Jesus em torradas, monstros em explosões e santas em vidraças.

Aliado a isso, algumas vezes temos sensações desconfortáveis, onde não gostamos do que vemos ou mesmo o repudiamos, à medida que alguma coisa tenta ser algo, mas não consegue chegar perto. É o Vale da Estranheza.

O presente artigo esmiuça nossa herança evolutiva, correlaciona a nossa capacidade de reconhecermos rostos desde nosso nascimento, e como isso nos influencia ao ver o mundo que nos cerca.

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