O mundo acadêmico não é essa lindeza que vocês pensam, com um monte de pesquisadores de mãozinhas dadas cantando música da Noviça Rebelde enquanto saltita por estradas de tijolos amarelos. A realidade é demonstrada pelo maravilhoso PhDComics, em que o professor-doutor das histórias é a cara do meu orientador (sério! E tão sádico quanto). Você tem que estar com tudo andando, com trocentos relatórios e orientadores, e comitês e banca e o seu colega que não tem nada a ver com seu trabalho, mas quer lhe detonar porque você ganhou aquela verba mixuruca e ele não. Sua autoestima é praticamente inexistente, o amor próprio fugiu com o entregador de pizza, sua vida está no mesmo modo que aquelas senhoras que recebem encanadores e não têm dinheiro pra pagar e sua família lhe lembrando que seu primo prestou concurso pra ser auxiliar administrativo no fórum e ganha mais que você, o que é corroborado pela faxineira dos seus pais, que também ganha mais que você!
Algumas pessoas entendem como o mundo funciona e as regras que criaram para poderem se safar lindamente, jogando uma bela carga de culpa nas pessoas que se posicionarem contra. É o caso das pesquisadoras que resolveram colocar em seus currículos licença maternidade e se são mães e o cacete a quatro, porque elas se sentiram inferiorizadas perante o mundo masculino malvadão.
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