Existe uma expressão em voga chamada “preconceito do bem”. É aquela discriminação marota que não é discriminação se for favorável a determinada etnia, gênero ou orientação sexual. É como dizer que todo homem é um estuprador em potencial, mas se você diz que mulheres são interesseiras é crime capital. É o pessoal que anuncia direto vaga de emprego para determinada etnia e quando você aponta que é preconceito, lhe xingam.
O problema é que é Ok no seu perfil (tá, não é ok. É um comportamento de cuzão), mas um veículo de informação não pode se dar a esse luxo, ainda mais quando sua manchete é errada, absolutamente errada, como aconteceu com o Tecnoblog anunciando que o Google oferece estágio e curso de inglês para jovens negros no Brasil, naquela maravilhosa ideia “se eu falar merda, eu serei divulgado”.
Bem, não posso dizer que não funciona.

Quando o primeiro espertão encontrou o primeiro otário, surgiu a religião já dizia o finado Millôr Fernandes.Aliado a isso, temos a proverbial hipocrisia humana de se achar mais especial que tudo e se sente no direito de proteger todos os animaizinhos indefesos, pois respeitam todo tuipo de vida. claro, isso só vale pra bichinho fofo. Mosquito, inseticida no puto. Lacraia? Chinelo! Aranhas? Queima a casa toda!
Eu gosto de ver certas almas puras. Elas acham que podem dar as mãos, cantar musiquinha lindinha e <PLINK> tudo fica maravilhoso. Ai-Ai! Aí, o que faz o André? Vem com aquela coisa chata chamada REALIDADE e a esfrega na cara de todo mundo. Imaginem que montaram um Instituto visando combater a pseudociência e fazer com que o SUS pare de ofertar tratamentos “alternativos”, como Toque Terapêutico, dança holística, homeopatia e outras bobagens. É um motivo nobre, uma causa justa e um glorioso tempo perdido. Mas quem sou eu para acabar com o sonho fofo das pessoas?
Você vai num médium, numa cartomante, num vidente, num pastor ou mesmo num show de mágica. Como esse pessoal sabe muito sobre você? Como eles podem dar detalhes de sua vida com perfeição? Ele saca muito, né?
Vamos começar com algumas verdades. Primeiro de tudo: ninguém gosta de estar doente. Ninguém sequer quer ter um resfriado, quanto mais uma doença mais séria. Em segundo lugar: ninguém gosta de ver um ente querido doente. Não é facilmente aceitável, não é nada fácil ter que aceitar que um filho seu tenha uma doença incurável. A Medicina nos deu a cura de muitas coisas, mas não pra tudo. Ela tem limitações, e daí chega uns desclassificados dizendo que tem a cura para aquilo que a ciência não tem cura. As pessoas, no desespero, aceitam, tentam de tudo. Pacientes e familiares acabam caindo na mão de desclassificados, como um vagabundo que alegou que pode curar autismo com… mijo.
Finalmente a Homeopatia conseguiu: um artigo publicado num periódico com revisão de pares! Alguns pesquisadores alegaram ter provado a eficácia da 
Eu adoro fórmulas mágicas. Tipo. O Gandalf chegando e dizendo SOU SERVIDOR DO FOGO SECRETO, GUARDIÃO DA CHAMA DE ANOR. YOU SHALL NOT PASS! Daí, a bagaça explode em chamas, a ponte desmorona e o Balrog cai no abismo levando o Gandalf junto, mas faz parte). Já Harry Potter é um latim tosco que a Rowling inventou saindo ABRACADABRA, digo, AVADA KEDAVRA. Ah, sim, tem as magias vagabundas que o pessoal com o poder do Místico Poder Ascencional do 3D Studio é capaz de fazer. Não raro, fazer chover sem ter água.