Eu me lembro de ter chegado no trabalho uma vez e a mulherada comentando animada sobre algo incrível que ajudava no controle de peso blábláblá… vocês sabem. Eu perguntei o que era, e me responderam que eram incríveis pílulas de gelatina. Não eram lá baratas (cerca de 30 reais), mas eram eficientes, pois as proteínas contidas nas pílulas saciavam a vontade de comer (o que é verdade, proteínas fazem isso). Eu perguntei por que compravam algo custando 30 reais quando uma caixa de gelatina custava um real e fazia o mesmo efeito, tendo até sabor, e quem não quisesse, tinha gelatina sem sabor.
Me xingaram, óbvio.
Uma pesquisa descobriu coisa semelhante: ao invés de vagabundo se encher com esses “géis (plural de gel, antes que perguntem) de carboidrato”, deveria comer uma colher de purê de batatas (não no cachorro quente, pois isso é coisa de paulistenses, que confundem biscoito com tapa na cara), que faz o mesmo efeito em manter os níveis de glicose e melhora o desempenho em atletas profissionais.

Vegans sempre soltam trocentos “artigos científicos” mostrando os problemas das carnes. O fato que esses artigos não dizem o que eles alegam dizer é secundário, principalmente no tocante ao conceito de carne vermelha, carne processada e carne ultra-processada. Para defender a narrativa, jogam tudo no mesmo balaio, quando outros alimentos ultra-processados não são saudáveis da mesma forma. O problema é que uma recente pesquisa andou revendo o que foi publicado sobre carnes vermelhas e chegaram num veredicto que não se pode ignorar: há falta de evidências que carnes vermelhas in natura e processadas sejam tão perigosas quanto se alegava, e pede uma revisão em larga escala.
A programação infantil televisiva praticamente acabou no Brasil. Ou se tem programas para donas-de-casa ou programas evangélicos. Um dos culpados é efetivamente não ter patrocinadores para programas infantis, pois a legislação brasileira proíbe publicidade dirigida a crianças menores de 12 anos na Constituição, no Código de Defesa do Consumidor, no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Resolução 163/2014 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Se você não pode veicular seus produtos, por que você iria patrocinar um programa a um público-alvo que não é o seu. É tipo no intervalo da novela Aventuras de Jesus, da Record, tiver propaganda do Terreiro de Umbanda Caboclo Feliz. Uma emissora só mantém programação mediante financiamento por patrocinadores e audiência. Se não tiver nenhum dos dois, já era, vai pra vala.
Eu sou um cara das antigas. Algumas modernidades são alienígenas para mim. Não, sério, eu não consigo entender certas coisas. O conceito de pais e filhos de hoje é muito diferente do que eu tenho para mim. Eu sou daqueles que acham que os responsáveis pela educação de uma criança são seus responsáveis legais, sendo na maioria das vezes o pai e a mãe (mas não exclusivamente). Pelo visto, eu estou errado. Agora, a reponsabilidade sobre a criação de nossos filhos deve recair nos canais do YouTube.
Se você é homem casado, sabe que se tem mulher em casa fazendo dieta para emagrecer, fatalmente você também estará fazendo dieta. Minha digníssima, por exemplo, está fazendo dieta low-carb. Uma maravilha, mas isso só dura quando você se vê almoçando lasanha de berinjela, com aquele maravilhoso sabor da derrota.
Todo mundo minimamente esperto sabe que marketing existe para lhe passar a perna e fazer você comprar o que não quer ou precisa. Ainda mais no caso de alimentos industrializados. Já começa que comida industrializada não é lá essas coisas, mas ninguém aqui tem canteirinho com horta e galinhas criadas no quintal de casa. Aí, a indústria reforça o apelo colocando no rótulo que este o aquele alimento tem 0% de açúcar e 0% de gordura. Ah, sim e nada de sódio, também. Será que estes alimentos possuem qualidade nutricional?
Claro, os veganzinhos do coração defenderão até a mote como as civilizações eram vegetarianas e viviam muito, tinham saúde, mortalidade infantil quase nenhuma e faziam cocô cheiroso (sério, já me falaram isso!). O problema é que isso leva a certos embaraços, principalmente quando a gente lê publicações científicas (aqueles que nunca aparecem em sites vegans).
Dizem os sábios que de boas intenções, a faculdade de Pedagogia está cheia. Aliando isso a burocratas, temos risada garantida da parte de qualquer um que veja o futuro ou que simplesmente tenha conhecimento daquela chatice chamada "mundo real".