Tenho para mim que algumas pessoas deveriam ser imortais. Não apenas por serem membros da Academia Brasileira de Letras, pois tal imortalidade é vã e inútil. Quando certas pessoas melhoram efetivamente a vida de centenas ou mesmo milhares de pessoas, tal pessoa deveria ser agraciada com a honra de ser imortal, pois sabemos que ela continuará seu excelente trabalho e continuará melhorando o mundo. Entretanto, é um sonho tolo, pois tal justiça só ocorreria se o mundo fosse bem planejado por alguma entidade que eu nem chamaria de poderosa, mas pelo menos com certo grau de amor.
A professora Dorina de Gouvêa Nowill é uma das pessoas que merecia a dádiva da imortalidade, mas não vivemos num mundo lindo e perfeito, onde os justos são recompensados e os maus ganham rios de dinheiro, constroem templos, roubam a população e ainda são venerados como filho daquela entidade mágica que pouco ou nada faria pelas pessoas, caso existisse. Dorina Nowill faleceu em São Paulo, de causas naturais, ontem, 29 de agosto, aos 91 anos de uma vida de realizações.
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