Alguma coisa nesse título está soando esquisito, mas vamos seguir em frente. Pesquisadores canadenses encontraram na Indonésia um roedor um tanto diferente. O roedor não tem nada demais, mas além disso ele também quase não tem dentes. Por isso, ele não pode roer suas presas, tendo que chupar minhocas (mas hein?) que ele encontra pelo caminho.

O dr. Jacob Esselstyn é biólogo do Departamento de Biologia (d’oh!) da Universidade McMaster, no Canadá, e não, não farei nenhuma piadinha com a tal da Luíza. No ano passado, ele estava estudando algumas espécies na Indonésia, quando se deparou com um bichão esquisito. O bicho descoberto é um roedor batizado com o nome Paucidentomys vermidax, que tem algo bem especial: ele é banguela.

De acordo com a pesquisa, o P. vermidax é parente de nossos ratos, mas ele só tem os incisivos, mas nenhum outro dente. Esses incisivos são usados basicamente para caçar e perfurar as suas vítimas, a saber animais de corpo mole. Ele não consegue roer nada, já que, bem, é preciso ter dente para isso.

No estômago do P. vermidax foi descoberto restos de minhocas, o que sugeriu ao pesquisador que é basicamente disso que o dentucinho vive: chupar vermes (mas hein?). Aliás, este nome significa "Camundongo que come verme". A pesquisa foi publicada no periódico Biology Letters.

Essa notícia foi publicada na National Geographic, mas o bestão aqui não viu. Só viu a reportagem no Daily Mail. Ela mostra como Evolução acontece, pois a mutação que tirou os dentes do roedorzinho feliz não o impossibilitou de continuar vivendo, já que ele não estava com sua bela arcada dentária para – PUF! – ficou banguela. O processo foi gradual e como ele conseguiu a habilidade de caçar e se alimentar dos queridos vermes do solo, conseguiu sobreviver e gerar descendentes.