Museu holandês faz exposição safadinha com camisinha antiguinha

Quando dizem que certos objetos “passam de geração em geração”, a gente costuma pensar em alianças, medalhas de guerra ou baús da vovó. Mas, de vez em quando, a História nos entrega surpresas… elásticas que penetram fundo em nossa alma. Se você achava que o século XIX era todo vitoriano e enrustido, tá muito enganado, como pode ser comprovado pelo caso do preservativo que sobreviveu ao século XIX e agora está sendo introduzido com pompa (e circunstância) para ser exposto num museu holandês.

Sim, senhoras e senhores, estamos falando de uma camisinha centenária — uma verdadeira relíquia do sexo dos anjos, se levarmos em conta que tem até freira pelada na estampa!

Pode parecer mentira, mas um museu na Holanda resolveu colocar em exposição um preservativo de quase 200 anos. Sim, você leu certo. Não é metáfora, não é analogia, não é eufemismo: é literalmente um preservativo do século XIX. E ele é tudo, menos discreto.

A relíquia em questão foi parar no acervo do respeitadíssimo Rijksmuseum, o museu nacional dos Países Baixos, aquele onde se encontram obras de Rembrandt, Vermeer, e agora… uma camisinha feita de apêndice de ovelha, estampada com pornografia e frases em francês. A exposição, com o título provocativo de “Sexo Seguro?”, mergulha no universo do trabalho sexual no século XIX e parece estar dizendo ao visitante: “bem-vindo, fique à vontade, mas saiba que o século XIX era menos puritano do que você pensa”.

Segundo o próprio museu, o artefato foi produzido por volta de 1830 — ou seja, numa época em que a fotografia mal engatinhava e a Revolução Industrial ainda estava fervendo. A camisinha é feita do apêndice de uma ovelha — o que não era incomum na época — e pode ter sido um souvenir de um bordel. Mas não um souvenir qualquer. Este vem com uma ilustração erótica de uma freira e três clérigos. Nada como um toque de heresia para animar o momento íntimo.

E se você acha que acabou, tem mais: ao longo do corpo do preservativo, está escrita a frase “C’est mon choix” — “Essa é a minha escolha”. Não é só um bordão moderníssimo, mas uma referência artística. O museu diz que a frase evoca o quadro O Julgamento de Páris, de Pierre-Auguste Renoir, em que o príncipe troiano precisa escolher entre três deusas nuas, todas querendo ser a mais bela. Ou seja: estamos falando de uma camisinha com metalinguagem, crítica religiosa, referência clássica e atitude. Uma espécie de arte conceitual enrolada em lubrificante (ou sebo de carneiro, sabe-se lá).

O preservativo ficará em exibição até o fim de novembro, provavelmente dentro de uma vitrine com controle de umidade, temperatura e, quem sabe, decência. E a presença dele no museu levanta questões muito atuais — com um toque de ironia histórica: enquanto alguns ainda se debatem em discussões sobre educação sexual nas escolas, tem museu europeu mostrando camisinha vintage com freira pelada.

É a prova de que os museus não servem só para guardar pinturas antigas e vasos quebrados. Às vezes, eles também lembram que a sexualidade humana é criativa, provocadora e, quando bem preservada — literalmente —, penetra os séculos.

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