Homem ganha na loteria mas recebe o que a Luzia ganhou na horta

Ontem, eu contei a história de Tonda, que enfrentou a tudo e a todos, dando balão até na Receita Federal dos EUA. Hoje, a história não tem nada a ver com o Alabama, where the skies are so blue, e sim de Winnie the Pooh, digo, Winnipeg, onde o amor verdadeiro agora vem com cláusula de responsabilidade civil, por que… vocês sabem… o romance moderno, tão lindo, tão puro, tão… processável. Em Winnipeg, no Canadá, uma dona deu o cano num sujeito porque como todo homem ele é babaca. Ele pediu para guardar um dinheirinho e ela guardou. Guardou tão bem guardado que o sujeito nem encontra mais (o dinheiro e a mulher).

Os dissabores que sumir com US$3,6 milhões não causam!

O galã da história, Lawrence Campbell, afirma que comprou o bilhete premiado em janeiro, durante o auge de uma relação que ele descreve como “leal, comprometida e promissora” — ou seja, exatamente o tipo de relação em que você entrega milhões de dólares em papel térmico para outra pessoa sem pensar duas vezes. Afinal, o amor é cego. E aparentemente, financeiramente analfabeto.

Sem carteira de identidade no momento (porque, claro, por que você teria uma no Canadá? Lá não é shithole latino-americano, com trambiqueiro em todo canto), Campbell teria dado o bilhete à então amada Krystal McKay “para guardar”. E ela guardou; guardou na conta dela, no nome dela, e na vida dela… sem o Lawrence, claro.

O bilhete foi conferido, comemorado, filmado, e anunciado em uma coletiva de imprensa com direito a cheque gigante e sorrisos falsos. Tudo parecia um conto de fadas, se o conto fosse roteirizado por roteiristas de novela mexicana com acesso irrestrito ao canal Discovery Investigation.

De repente, não mais que de repente, veio o plot twist: Krystal sumiu, escafedeu-se, picou a mula, ralou peito, meteu o pé, foi-se embora. Ela não voltou mais pro hotel. Deixou o Romeu canadense plantado com o coração partido e a conta bancária zerada. E quando ele, movido pelo espírito de detetive barato, foi procurá-la nos lugares onde ela costumava “festejar”, a encontrou; em uma cama. Com outro cara! Literalmente deitada em cima da fortuna e da traição ao mesmo tempo.

Como todo romance tóxico bem contemporâneo, o final não envolve reconciliação, flores ou aprendizado. Envolve processo judicial, ordem de restrição, bloqueio nas redes sociais e uma conta de milhões recém-aberta só por ela. Campbell alega que foi mal orientado pela loteria, que deveria tê-lo alertado que entregar um bilhete premiado para alguém cujo nome não é o seu pode acabar em desgraça.

Krystal, por sua vez, contesta tudo. Segundo seu advogado, ela apresentará defesa, que se seguir o tom da história, virá acompanhada de selfies nas Bahamas e stories com legenda “energia nova, ciclo novo. Fé em Deus!”.

FIKA A DIKA

Se você ama alguém, entregue seu coração, não um bilhete premiado; e se for fazer os dois, pelo menos faça um contrato e tire uma cópia. Porque em 2025, o amor é lindo… mas o golpe é mais rápido. Agora, só resta você deletá-la do Orkut e do MSN. Powerpoint também.

https://youtu.be/unLBFOXyq2o


Fonte: Independent

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