São Paulo coloca limites nas drogas

Todo mundo pensa qual é o limite das piadas pesadas. Bem, o limite eu não sei, mas das drogas-drogas, eu sei. E isso graças ao sistema judicial paulistense. Os meganhas colocadores de purê em cachorro-quente passam maus bocados porque ao apreenderem toneladas de drogas em operações contra o tráfico, uma pessoa normal (aquelas que sabem que se deve temperar alimentos) pensa: “Ótimo, menos entorpecentes circulando por aí!”, mas aí os paulistenses riem e dizem: NÃO, SENHOR! (isso vale para a parte de temperar alimentos e lidar com volumes de drogas apreendidos).

No melhor dos roteiros da Atlântida, os peritos que comem dois pastel e um chopps só podem analisar até 150 kg de drogas. O que ultrapassar esse limite é… devolvido. Sim, devolvido. Porque, aparentemente, o peso da justiça não é metafórico, é literal!

Uma pessoa normal – daquelas que coloca catchup em pizza, já que não fica inventando ancestrais italianos, que roubaram a culinária de outros países – olha estranho para isso e se pergunta qual foi a lógica por trás desse limite. Será que os laboratórios forenses foram projetados por alguém que confundiu capacidade de análise com peso máximo permitido por uma balança? Ou será que alguém achou que seria divertido ter criminosos pensando: “Ei, se transportarmos 200 kg, só 150 kg serão analisados e o resto volta pra gente!”

A nota da SSP na íntegra diz

A Secretaria de Segurança Pública esclarece que há um protocolo acordado entre o IC e a Polícia Civil, com anuência do Ministério Público, para grandes apreensões de entorpecentes ocorridas no período noturno e finais de semana. Nesse protocolo é feita a constatação provisória até 150 kg de entorpecentes. O restante é armazenado pela Polícia Civil para análise posterior. A medida é feita para dar transparência, segurança e agilidade aos exames, uma vez que o laboratório do IC atende todas as delegacias da capital.

Vai curíntia!

(ok, a última linha pode ter sido uma licença poética. Ou não)

Sim, vai muito ficar no depósito. Aham. Claro, claro!

O pessoal que usa cartas como permissão para dirigir acha normal os peritos encarando toneladas de drogas em suas mesas de trabalho e dizendo: “Ah, droga! Literalmente. Acho que precisamos de mais balanças”. Enquanto o chefe diz “Orra, meu. Pega só 150 quilu aí”. Nisso, os trafica paulistenses, que não sabem que escada rolante é que te leva e você não precisa sair que nem um maluco por ela, já devem estar criando uma campanha publicitária do tipo: “Sum Pólo proíbe confiscar drogas, meo”.

Nesse ínterim, os peritos mandam junto um bilhetinho: “Estimado traficante, segue o excedente que não conseguimos analisar. Por favor, embale melhor na próxima vez para evitar danos durante o transporte. Atenciosamente, o sistema judicial”.

Nisso, os bravos legisladores bandeirantes estufam o peito e vaticinam “nóis rôba, mas faz (merda)”.


Fonte: U-ó!

2 comentários em “São Paulo coloca limites nas drogas

  1. Eu fico pensando qual é o problema de segurança dentro de uma unidade da polícia científica. Acho que alguém comeu cuscuz paulista estragado, e sem catchup ainda por cima.

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