Briga de turistas não esta à altura do Everest

Imagine a cena: você está a 5.200 metros de altitude, diante do majestoso Everest. O ar é fino, a vista é de tirar o pouco fôlego que você tem; e o que você faz? Tirar uma selfie? Admirar a paisagem? Sair na porrada com alguém? Bem, é quase isso. É tipo os dois casais de idiotas que começaram uma briga digna de boteco de esquina por causa do melhor ângulo para uma selfie. Fiquei tocado com a figura do majestoso Everest testemunhando este absurdo estratosférico.

Sim, farei os piores e mais baixos trocadilhos possíveis e imagináveis.

Os protagonistas deste espetáculo surreal, que bem poderiam estar altos por causa das suas atitudes, transformaram um momento de contemplação em um reality show improvisado, que foi melhor por ser ao natural, e não armado, como é digno dos melhores “realities”. Os turistas envolvidos, que ao que parece eram chineses, estavam com um comportamento baixo e não dignos à altura do empreendimento.

Ali, foram na base do “quem não se garante na selfie, parte pro soco” (ou coisa assim), voadoras não teve porque não tinha condor ali, só o pessoal que foi apartado que se afastaram com muita dor.

O lazarento sai de casa (o que já acho loucura), vai pros Himalaias dos Infernos, para subir aquela bagaça e compartilhar selfie em rede social, alterando a famosa frase de George Mallory ao ser perguntado por que foi pro Everest: “porque está lá”, para o “porque dará likes. Curta e compartilhe. Ativa o sininho”.

Este incidente nos faz refletir sobre o quão longe chegamos. Escalamos os degraus da sociedade acumulando uma montanha de problemas para depois estarmos com a paciência rarefeita no pico de nossa idiotice.

Daí, é só descida.

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