O cheiro do puro, lindo e burilado cristal do jornaleirismo faz com que se prime pela manchete para gerar aplausos e rage ao mesmo tempo. Eu já falei que a função dos veículos de informação não é informação e sim gerar lucro pros donos e o investidores dos veículos de informação. Ainda tem os leitores de títulos que já correram pra achar um absurdo a Folha falar uma coisa dessas. Se tivessem lido a reportagem, teriam visto duas coisas.
Primeiro, a reportagem não é da Folha, é da Reuters. Folha só traduziu e mandou pra frente meio que dizendo “seidinada, culpem eles”. A Reuters realmente publicou no seu título: Vatican permits use of COVID-19 vaccines made using aborted fetal tissue mas aí temos uns probleminhas.
O Vaticano NÃO DISSE que tá liberado pra fazer vacinas com fetos abortados. O que o Vaticano disse é que a vacina do coronga, que usa células de tecidos de fetos abortados lá pela década de 80 não teria mal nenhum, já que o feto já tinha sido abortado de qualquer forma. Ele mesmo ratifica que isso não é nenhum “liberou geral” pro aborto.
Vacinas não são feitas com fetos abortados. O que pode acontecer é que, no desenvolvimento de algumas vacinas, podem usar culturas de células obtidas de tumores ou de fetos humanos que foram abortados para que os vírus possam infectar, se reproduzir o os pesquisadores usarem estes festival de vírus numa reunião de família desenvolver a vacina, que pode ser com os vírus mortos ou atenuados. Não, a célula do feto não está diretamente ligada à produção da vacina, só como meio de cultura, mas pode-se usar outras técnicas.
Não, o seu filho não será arrancado do bucho para produzir vacina, pare de ser débil mental. e pare de só ler as manchetes da notícia. Lê aquela merda direito!
Alguém: — …feto…
Internet: — Cachaça com feto em conserva tá liberada!
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