Pesquisa estuda metodologia de testes para determinar rejeição de orgão transplantado

Quando a pessoa chega ao ponto que precisa de um transplante (seja do que for) é sinal que ela está bem ferrada. Essa é a parte da queda, e como sabemos que além de queda, coice, tem a parte inconveniente que você ganha um órgão novinho (ou não tão novinho assim) e seu corpo tosco acha que aquilo é um brutal invasor e faz de tudo para impedir que aquele órgão que o ajudará a sobreviver por mais alguns anos lhe ajude a sobreviver por mais alguns anos, mandando tudo que é tipo de agente imunológico para combater aquele Boulos biológico.

Como sempre é legal ter formas de prever quando seu corpo bancará o latifundiário a ponto de mandar os jagunços expulsarem aqueles sem-terra, pesquisadores estudam um novo exame de sangue detecta lesões de enxerto de tecido nos primeiros três meses após uma cirurgia de transplante (no caso, transplante de pulmão).

A drª Hannah Valantine, apesar de ter nome de transformista, é médica e pesquisadora-sênior do Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue. Ela e seus colaboradores desenvolveram um exame de sangue bem simples que detecta sinais ocultos de rejeição de tecidos. Isso porque seu corpo parece que foi feito por um babaca metido a ser inteligente, fazendo um sistema imunológico que ataca qualquer coisa, mesmo que seja algo benéfico (e eu nem vou tocar no assunto das doenças autoimunes).

O teste criado pela drª Valentine e seus vassalos identifica e quantifica fragmentos de DNA que circulam livremente na corrente sanguínea de um paciente. Como o doador e os receptores de pulmão têm diferentes genomas, o teste pode detectar fragmentos de ambas as pessoas. Se houver muito mais fragmentos de DNA doador do que fragmentos receptores, isso indica que o órgão está lesionado.

Pense que você tem uma casa. Mas ela está sem segurança. Aí, seu inquilino vai lá e constrói um muro com seu consentimento, mas outros moradores acham isso um absurdo e resolvem ir derrubar o muro, quebrando um pouco a cada dia. Você verá a ação disso ao constatar pedaços do muro aqui, outro ali. Tudo bem que um caco de tijolo não significa muito, mas quando são vários pedaços de tijolos, com rebocos pintados do mesmo jeito que o muro, dá pra ter uma ideia que algum disgramado fidamãe está metendo a marreta nele, e você tem que dar um jeito nisso antes que seja tarde demais.

A pesquisa ainda não foi publicada em periódico científico, mas ainda assim mostra o direcionamento de como futuramente poderemos prever quando o organismo de alguém cismar de arrumar problemas com órgãos transplantados, diminuindo a alta carga de imunossupressores, já que estes acabam realmente detonando seu sistema imunológico, e quando houver realmente uma invasão de agentes patogênicos a sério não haverá defesas.

Claro, ainda há muito para se pesquisar, mas ciência é assim mesmo. Entretanto, uma pena luz pálida sempre é melhor que a escuridão completa.


Fonte: NHLBI

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