Tem muita coisa insana neste mundo de Hades. Ainda mais quando envolve alguma coisa com relação à burocracia estatal. Qualquer um que já teve que ir num cartório ou qualquer repartição pública sabe o inferno que é quando começam a pedir o CPF do seu avô irlandês que nunca pousou os pés no Brasil e tenho dúvidas se vovô Seamus sabia em que continente o Brasil ficava (sim, isso aconteceu comigo num cartório. Foi duro fazer um zé ruela entender que meu avô não só nunca veio aqui, como falecera em 1953, tendo o CPF sido criado em 1965, ainda com o nome de Cartão de Identificação do Contribuinte).
Quando se tem que lidar com a Caixa Econômica, então, é o ápice da insanidade. É tão insano as exigências que querem até saber o seu signo. Até isso eu tenho que decorar?
Um tio foi numa agência da Caixa aqui no Rio para sacar o PIS. No formulário que recebeu da atendente da agência vinha os dados da pessoa como nome, CPF, data de nascimento e… bem, vejam vocês mesmos.
É. Pois é. Signo. Segundo a Caixa “a informação é somente para uso interno e utilizada para auxiliar na identificação do cliente em caso de eventuais fraudes. “Cruzamento de dados como filiação, endereço e outros documentos? Não, basta o signo. Bem digno do país com uma burocracia do tempo da Idade do Bronze.
Fonte: O Globo