Uma das coisas que as pessoas pouco sabem (mas se perguntar sobre BBB, estão antenadíssimas) é que o Brasil tem uma das melhores leis de vigilância sanitária do mundo. A ANVISA, na medida do possível de um órgão do governo, bate em cima de tudo, desde frigorífico vagabundo até a situação de medicamentos. Se você acreditou naqueles manés da fosfoetanolamina, saiba que a ANVISA não cai nessa de liberar remédio a torto e a direito, como foi o caso da suspensão da importação do remédio Cassodex, já que sua linha de produção não é exclusiva. Imaginem com a Big Pharma controlando pesadamente a ANVISA, o que ela não faria se tivesse livre dos capitalistas opressores.
O problema é que sempre tem o dedinho governamental para dar um balão nas coisas. Assim, uma liminar derrubou as exigências da ANVISA para importação de R$ 20 milhões em medicamentos.
De acordo com o blog JOTA, a empresa Global Gestão em Saúde S. A. conseguiu liminar no dia 28/2, derrubando as exigências feitas pela ANVISA para a compra dos medicamentos Aldurazyme, Fabrazyme e Myozyme. Os mesmos não tinham os documentos que obrigatoriamente tinham que ser entregues. A empresa chiou e ganhou de presente poder importa-los, dando um “que se dane” pra ANVISA.
Mas André, assim não é melhor, pois teremos mais remédios à disposição?
Não, idiota! Sem fiscalização, a empresa pode mandar até comprimido de açúcar. A documentação é a garantia da fiscalização para manter tudo no limite da funcionalidade. Sem isso, qualquer um pode dar um balão na ANVISA, com sanção governamental.
ANVISA é ótima, e por ser ótima, está dando prejuízo em muita gente e impedindo que muita gente lucre por debaixo dos panos. até contrato de 100 milhões de reais foram brecados por falta de documentação adequada. Se você é bom e puro de coração, verá que é errado isso e ANVISA deveria ser controlada e fazer chegar estes medicamentos. Se você tem um pé no mundo real, já saca de longe que tem algo muito errado.
Reclamaram da ANVISA que estava nas mãos da Big Pharma. A realidade, sempre ela, mostra bem que não é o caso!