Além de um país de analfabetos funcionais, Brasil é analfabeto em inglês também

Brasil está ótimo, lindo, maravilhoso e nossa Educação está de vento em popa. O problema é que a Realidade insiste em demonstrar que não é bem assim. Nos preocupamos com besteiras ao invés de focar no que é realmente importante. O aprendizado de matemática está cada vez pior. O que temos nas universidades? Intensificação do ensino? Não, besteiras inúteis como exigir Afro-Matemática como disciplina obrigatória, o que não faz ninguém efetivamente saber matemática, mas ganha ponto nas redes sociais lacradoras. Aí, chegam os resultados dos rankings de Ensino que esfregam a Realidade na nossa cara.

Um exemplo disso são os conhecimentos de Inglês. A cada ano que passa a proficiência da língua cai a olhos vistos. Mas não tem nada de errado aí, não?

Ter, tem. E muito! Todos os colégios apresentam aulas de Inglês desde a pré-escola. Todo mundo faz aulas de reforço, nivelamento, aulas para turmas avançadas… e nada disso está surtindo efeito. Se bem, que os alunos também têm aula de Português e Matemática, e são uma negação nisso da mesma forma.

Vamos ser honestos e admitirmos que escolas não estão ensinando. Estão adestrando os alunos a responder perguntas pré-formatadas. Aí chega uma prova como o ENEM, que dificilmente segue o mesmo padrão de um dia pro outro, e os alunos se ferram. Isso porque foram adestrados a responder questões do tipo de vestibular. Professor canta, aluno decora, VOILÁ! Só que não são capazes de ver um vídeo no YouTube totalmente em inglês e sem legendas. Muitos preferem dublado e, ainda bem, essa moda não se alastrou por todos os cinemas, mas eu não tenho muita esperança que se mantenha assim, com aquelas dublagens sofríveis.

Não é uma questão de ler Shakespeare em inglês elisabetano, ou mesmo James Joyce ou Danielle Steel. Estou falando de mestres e doutores que precisaram fazer cursinho de inglês já que não tinham capacidade de ir pro Ciência Sem Fronteiras, pois não sabiam o básico. COMO o miserável lia os periódicos indexados? Simples, não liam. Muitos já prevendo isso estavam pedindo para ir para Portugal por causa da língua. Não tem nada de errado aí, não?

Muitos dependem do G1 para se iformar e, não raro, a notícia sai uma semana depois da matéria original. Engraçado mesmo é quando me mandam o link quando eu não só li uma semana antes, como já coloquei o artigo.

Fika Dika: se você depende do G1 para se oinformar, você não está se informando. No máximo, é tudo old news

Se bem que se eu for examinar, MESMO, verei muitos professores de inglês péssimos, com aquela velha pronúncia de professor de inglês, ensinando coisas totalmente diferentes de como se lê escreve e fala lá fora. Criando um inglês totalmente próprio. Mas isso porque aprenderam assim na faculdade, com gente que sempre falou assim e jamais conseguiria se virar totalmente em inglês em algum país anglo-parlante. Não dá para ensinar algo diferente disso aos alunos, que efetivamente já não aprendem nada de disciplina nenhuma.

Se bem que eu estou exagerando. Eu preciso sempre me lembrar que só 8% da população tem plenas capacidades de leitura e interpretação de texto. O mundo dos 92%, quando vertido pro inglês, vira 99,9999%.

Geez, we’re fucked and bad paid!


Fonte: Gazeta do Povo

11 comentários em “Além de um país de analfabetos funcionais, Brasil é analfabeto em inglês também

  1. Pior ainda são aqueles sites que pegam noticias em inglês e repassam em português, usando o google para traduzi-las. Aí o sujeito publica sem nem fazer uma revisão, deixando do jeito que está mesmo e grande parte do texto fica sem sentido. Mas pensando bem tanto faz, o pessoal não entende o que lê mesmo…

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  2. I learned my English from the greatest teacher of all the times, Joel Santana, so what score would you guys give to my English ?

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  3. Estudando por conta, vi que a pronúncia do inglês é muito mais do que me tinha sido apresentado na escola, os professores passam uma forma como se fosse a única correta, uma forma diferente do que é realmente praticado no dia-a-dia de países anglófonos, o xevá é inexistente para eles, não existem contrações, nem omissões, o inglês deles é na verdade um português travestido. Falo por minha experiência.
    Talvez nem saibam coisas básicas da própria língua como, por exemplo, a vogal A, na palavra “banana”, ter três pronúncias diferentes dependendo comunidade que a pronuncia.

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    1. Percebi a mesma coisa, os falantes da língua inglesa que tem ela como língua nativa, não ligam muito para o básico da linguagem em si. O que se pode ver é que estrangeiros que falam a língua que tendem a querer saber mais da linguagem e se aprofundar em termos de complexidade.

      E a mesma coisa se aplica ao português, se você for olhar, os brasileiros em sua maioria tão pouco se importam com o básico da linguagem, e adaptam ela aos seus costumes locais e formas mais informais de se falar. Agora os estrangeiros que propendem a falar português falam de um jeito muito mais formal e culto, por que eles voltaram as bases da própria língua para entender ela.

      Eu sei que hoje como no dia a dia falo inglês, percebo isto toda hora, e é realmente interessante de se ver.

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  4. “Estão adestrando os alunos a responder perguntas pré-formatadas.”
    Eis aqui o problema dos moldes as quais a educação brasileira toma como base. Sou formando em Engenharia Civil, mas apesar de treinar meu raciocínio lógico-matemático, acredito que devemos exercer nosso raciocínio crítico, e para isso que serve a filosofia e a sociologia, para abrir nossas mentes.
    Vivemos como cavalos de padeiros, olhando apenas para uma direção, quando tudo que nos cerca acontece sob diversos ângulos. Estamos acorrentados no método da “decoreba”, não pensamos por contra própria, não criamos identidade própria, somos uma nação de “Maria vai com as outras”.
    Enquanto não formarmos um pensamento crítico, jamais sairemos desse sistema educacional falido, e quem dera aprendermos um idioma estrangeiro…

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