A cada dia descobrimos muito sobre o cérebro, esta maravilhosa gambiarra funcionando à base de substâncias químicas e efeitos elétricos. Claro, eu sei que é muito chato saber que nossos pensamentos, nossa personalidade, tudo o que nós somos enquanto indivíduos não passa de reações químicas e efeitos físicos, mas não fui eu quem fez o mundo.
Pesquisadores desenvolveram uma nova ferramenta para modificar a atividade do cérebro e da memória de formas específicas, por meio de ações de proteínas.
De acordo com o press release from Hell, a proteína GFE3 ajuda a mapear as conexões do cérebro, sem a ajuda de quaisquer drogas ou produtos químicos. Afinal, proteínas são ações divinas de Nosso Senhor Jesus, e não uma substância química.
Segundo o pesquisador-chefe, dr. Don Arnold, é professor de Ciências Biológicas Faculdade de Letras, Artes e Ciências da Universidade Southern Califórnia, a proteína GFE3 pode ajudar os pesquisadores a mapear as conexões do cérebro e entender melhor como sinapses inibitórias modulam a função do cérebro blábláblá.
A versão PPI (pronto para idiotas) é que esta proteína age diretamente nos neurônios, com um processo de duração muito maior, já que normalmente as proteínas têm uma vidinha meio curta lá. O que o press release não soube explicar, é que injetar a GFE3 lá é meio complicado, e usar medicamentos sempre acaba dando reações adversas. Então, a técnica se baseia em estimular a síntese desta proteína lá direto nos neurônios. As sinapses não destroem a proteína, que tem uma ação mais duradoura.
A proteína pode ser codificado em genomas de animais para mudar, de forma eficaz, as suas sinapses inibitórias aumentando a sua atividade elétrica. Dessa forma, os cientistas conseguiram controlar a atividade neural, o que promete novos tratamentos contra esquizofrenia ou mesmo dependência química.
A pesquisa foi publicada no periódico Nature Methods.