Qual o destino dos metais que não são mais usados?

Extração de minérios para se obter metais tem um impacto ambiental muito alto. Mas é necessário. Mas é altíssimo. Mas é necessário. Você quer carcaça de alumínio no seu iPhone? Então pare de frescura ambientalista. Ou jogue seu iPhone no lixo. Ou faça as duas coisas e não encha o saco. Praticamente, não tem metais livres na Natureza. É preciso extrai o minério e purificá-lo, extraindo o metal que se quer. mas e o que não se quer? O que se faz com aquilo?

Nós não paramos de extrair mais e mais minerais da crosta terrestre, e nossa tecnologia demanda ainda maior extração e produção de metais e ligas. Mas e o que anda abandonado por aí?

"Urk" não é uma sigla. É uma contração para a palavra sueca "urkopplad", que significa "Desativado". O dr. Björn Wallsten trabalha no Departamento de Tecnologia e Gestão Ambiental da Universidade de Linköping, na Suécia, mas o dr. Björn nunca apareceu em revistas questionáveis, ao que se tem notícia. Ele estuda as Urks, que seriam unidades de infra-estruturas desativadas, que viram depósito de coisa velha, como metais abandonados, por exemplo. Para vocês terem uma ideia, só embaixo da cidade de Norrköping, cuja população é de, aproximadamente, 135.000 – o que dá duas favelas da Rocinha – há uma imensa rede com quilômetros de cabos desconectados e canos, linhas de gás, luz etc. Nessa cidade há, pelo menos, 5.000 toneladas de ferro, cobre e alumínio, que estão lá dando sopa, totalmente improdutivos. Só de cobre, há 560 toneladas, com um valor de cerca de 28 milhões de coroas suecas (ou 13,09 milhões de reais pela cotação de hoje. CHUPA, SUÉCIA! REAL VALE MUITO MAIS. RÁ!). Mas vale a pena resgatar este metal? E se fosse alumínio? E ferro? Atualmente, não dá pra pensar nisso, pois não há legislação ambiental lá que regulamente um procedimento assim. Essas "urks" viraram um grande depósito que ninguém pode usar, e em vista de lei, eles são vistos como resíduos ambientais de baixo risco.

Com o advento de novas tecnologias, essas peças de metais perdem a razão de ser, pois acabamos por usar outros materiais mais eficientes, ainda assim, temos grande necessidade deles em outras áreas, e se formos ver co caso do cobre, para extraí-lo da terra é uma desgraceira, poluindo tudo. Se pudéssemos pegar os materiais dessas urks e reciclá-los, reríamos coisas mais baratas, com o meio ambiente agradecendo, mas ninguém quer se dar ao trabalho, pois sequer sabem do custo da operação, e não ser]ão as mineradoras que irão se preocupar.

A pesquisa de Björn procura diferentes saídas para extrair aqueles metais todos. A começar por desenterrá-los em locais onde a concentração é elevada, por exemplo nas áreas industriais mais antigas. Em segundo lugar, remover as linhas desativadas quando a escavação está em andamento para manutenção, reparos ou quando nova infra-estrutura está instalada. Meio óbvio, não? Mas o óbvio só é óbvio depois que pensamos bastante sobre o assunto.

Disso tudo acaba-se esbarrando com o problema com a legislação vigente, bem como os baixos preços de metais e técnicas existentes para a escavação de recuperação de metais. Não vale a pena.

Bjorn Wallsten escreveu o documento que você poderá pegar AQUI. Nele, Bjorn discute alternativas, mas o problema é que tudo acaba esbarrando no custo. Será que realmente vale a pena? Inicialmente sim, mas devemos lembrar que quando você é funcionário de uma empresa, você acha muito legal ganhar salário. Para tanto, a empresa tem que ter lucro. Para tanto, ela tem que compensar os custos, sejam eles quais forem. Se é possível? É? É viável? Difícil dizer, mas o problema está aí e não dá para ignorarmos. Ou teremos um impacto cada vez maior, e nem todos os lugares podem dar início a algo semelhante à Revolução dos Cocos

4 comentários em “Qual o destino dos metais que não são mais usados?

  1. Favor pesquisar uso de escoria de alto forno na agricultura.(para resíduo de ferro é usada como adubo), para resíduo de outros metais não sei se ha algum problema.
    Resíduo:=”, extraindo o metal que se quer. mas e o que não se quer? O que se faz com aquilo?”

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      1. No texto que coloquei entre aspas é um tipo de residuo (escoria) no resto do texto se fala de sucata(restos do metal sem uso, que so servem para reciclagem)

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