Cometas sempre impressionam. Eles não são como planetas, ali, redondinhos (sim, eu sei) e parados (também sei). Aquelas maravilhas caminhantes pelo frio éter interplanetário sempre cativaram as pessoas, apesar de serem bolas de neve sujas, formados por gases, água e poeira, tendo sua cauda formada quando se aproximam do Sol e tudo começa a derreter e ser iluminado.

Vemos os cometas indo e vindo, mas não onde é sua morada final. Nem sabíamos direito onde eles terminavam seus dias, mas um grupo de pesquisadores encontraram um lugarzinho calmo e tranquilo onde finalmente cometas podem descansar em paz… ou quase isso.

O dr. Ignacio Ferrin é astrônomo e trabalha na Universidade de Anitoquia, em Medellin, Colômbia. Longe de ser amigo do Pablo Escobar, Ferrin olha para o céu e busca respostas. Juntamente com seus colaboradores, Ferrin encontrou o que parece ser um "cemitério de cometas". trata-se do próprio cinturão de asteroides.

Os cometas podem ser de dois tipos: de longo período ou de curto período. Os de longo período têm um grande caminho a percorrer. Demoram séculos para dar traçar uma órbita completa (lembrando que toda órbita é elíptica, pois até uma circunferência é uma elipse (cuja excentricidade é igual a zero, nesse caso).

O cinturão de asteroides é um lugar no sistema solar com a forma de um cinturão e tem asteroides lá. Esta área fica entre Marte e Júpiter. Desde pequenos pedregulhos até proto-planetas, o Cinturão de Asteroides é algo muito legal de se observar, mas eu não gostaria de estar numa nave indo em direção a ela.

No cinturão de asteroides há mais do que 1 milhão de corpos, com tamanho variando entre 1 m a 800 km. A explicação tradicional para asteroides é que são os blocos de construção de um planeta que nunca se formaram, como o movimento das peças foi interrompida pelo forte campo gravitacional de Júpiter, mas na pesquisa dos astrônomos foram encontrados 12 cometas ativos, quando nunca antes na história deste sistema solar tenha sido visto algo por aquelas bandas.

A importância desta descoberta reside no fato de entender melhor como o sistema solar foi criado. Antes, aquela região era cheia de cometas passeando pra lá e pra cá. Hoje, muitos deles está lá, paradões mas podem, pela magnífica força da atração gravitacional, voltarem a ter uma órbita, no melhor estilo "levanta-te e orbite".

Fonte: Universidade de Antióquia