Divirta-se causando uma catástrofe

Todo mundo gosta de brincar de Deus de vez em quando. Seja criando um terrário, montando uma fazenda de formigas ou jogando SimCity. Claro, a melhor parte de SimCity, depois que está tudo funcionando, é você tentar destruí-la e ver os serviços de emergência. Ou então, jogar The Sims, mandar todo mundo pra dentro de um quarto e tirar as portas e janelas, ou colocar uma piscina e depois que está cheia, tira a escada.

Sim, eu acho que tenho problemas, mas você já fez isso que eu sei. Então você vai adorar esta simulação: jogar um pedregulhão em algum lugar do mundo.

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Os sons que não são sons de uma estrela cadente que não é uma estrela

Meteoros são fascinantes. Aquelas estrelas cadentes – que não são estrelas– nos fascinam há milênios. Vemos aqueles blocões de pedras – que não são pedras – cruzando o céu, num espetáculo visual maravilhoso. Ok, você já viu isso, provavelmente. Mas você já ouviu um meteoro? Continuar lendo “Os sons que não são sons de uma estrela cadente que não é uma estrela”

Sonda dá um tapão na pedra e pega o pó

A missão Osiris-REx (Origins Spectral Interpretation Resource Identification Security Regolith Explorer) é uma missão do Programa New Frontiers, depois de Juno e New Horizons, todos da NASA, mas com participação de outros países. O lançamento ocorreu no dia 8 de setembro de 2016, consistindo em filmar, fotografar, estudar e coletar amostras do asteroide 101955 Bennu, um asteroide carbonáceo. Mas como seriam coletadas as amostras? Ora, dando um porradão no asteroide, ora! Continuar lendo “Sonda dá um tapão na pedra e pega o pó”

Sonda fofoqueira prestes a visitar pedregulhão espacial

O 101955 Bennu é um asteroide, um pedregulhão com um diâmetro médio de 490 metros e classificado como asteroide carbonáceo por ter grande quantidade de carbono. Não, não tem vida lá e carbono não é raro no Universo. Ele possui a classificação de objeto potencialmente perigoso, já que tem 1 chance em 2.700 de cair aqui na Terra entre 2175 e 2199. Sim, eu sei, parece uma probabilidade pequena, mas em termos de universo é bem alta. Minha sorte que eu já estarei confortavelmente morto por esta época. Vocês que se danem!

Você já pensou em dar um rolé por ele? Seus problemas acabaram!

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1000 pedradas no céu noturno

Pelo Sistema Solar circulam um monte de pedregulhos. Quando o pedregulho vem tranquilo pelo Espaço, ele se chama “asteroide”. Mas se adentra a atmosfera da Terra, recebe o nome de “meteoro”, e depois que cai, a rocha lá formada recebe o nome de meteorito, a não ser que você seja um descendente de dinossauro, porque aí iria dizer “ANJO SURDO DO CARALHO!”

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O corpo safado que fez a Terra levar ferro

Estrelas (entre elas o nosso Sol), são basicamente formadas por hidrogênio e hélio. Naquela imensa fornalha termonuclear, núcleos se fundem produzindo elementos cada vez mais pesados. Dependendo do tamanho da estrela, elas podem explodir sob a forma de supernovas, espalhando todo o seu material estelar. Quanto maior a estrela, mais núcleos pesados são formados. Hidrogênio se funde em hélio, que podem se fundir formando lítio, boro e carbono. Estrelas de massa realmente alta (para padrões de estrelas, e nosso Sol nem é tão grande assim) irão iniciar a queima de núcleos de carbono e estender mais a sua existência. As de massa ainda maior irão também fundir neônio depois de usar o carbono e assim por diante. Isso até produzir ferro, então, tudo muda. A síntese de núcleos mais pesados a partir do ferro absorve ao invés de liberar energia, e a estrela começa a esfriar. Com o tempo, este nucleozão de ferro comporá asteroides. Estes asteroides são capturados pela gravidade terrestre e cruzam os céus; então, recebem o nome de meteoros. Quando caem no chão, a rocha formada é chamada de “meteorito”.

Pronto, resumi bem a origem do ferro no planeta. Já posso abrir uma cerveja porque meu trabalho está feito, certo?

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NASA AVISA: Vem pedregulhão aí, dizem jornaleiros

O que vende? Vende a notícia espalhafatosa, terrível, mundo cão e, melhor de tudo, o mundo vai acabar de forma horrível, numa catástrofe saem precedentes (mentira, tem precedentes), em que toda a vida na Terra será varrida do mapa, da Terra e de tudo mais, pois a própria Terra vai pro saco numa explosão cósmica quando um pedregulhão maior que a minha pilha de boletos acerta um porradão bem no meio de nossa fuça.

E isso porque a NASA informou que um asteroide pra lá de fodástico pode atingir a Terra em outubro e ceifar a vida na Terra. Sim, o jovem também. Já não parece tão ruim, não é mesmo?

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Uma sinfonia impactante da Lua

Aristóteles, grande sábio da Antiguidade, disse que a Lua era maciça, sólida e totalmente perfeita. Ela não tinha nenhum defeito, totalmente lisinha como a bunda de um bebê. Claro, o tosco de Estagira tinha problemas em olhar pra cima e olhar pra Lua, que mesmo a olho nu dá pra ver que ela não é lisinha, mas estamos falando de um sujeito que foi casado duas vezes e achava que mulheres tinham menos dentes que homens. O mundo sopralunar era perfeito, lindo, maravilhoso. Uma pena que Aristóteles fosse tão ignorante ao ponto de escrever um mundaréu de bobagens, enquanto Aristarco de Samos já tinha dito que a Lua tinha crateras e girava ao redor da Terra, assim como a Terra girava ao redor do Sol. Aristarco não tinha o reconhecimento de Aristóteles e seus escritos padeceram ignorados por séculos.

Só com Galileu é que tivemos certeza da imperfeição da Lua, com seus vales, “mares”, montanhas e crateras. Muitas dessas crateras possuem milhões de anos, outras, algumas centenas, mas delas, 111 possuem idade de cerca de 1 bilhão de anos.

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Uma estilingada num pedregulho

O asteroide 101955 Bennu foi apelidado pelos jornaleiros retardados de “asteroide do fim do mundo”, como se aquela joça fosse cair aqui, quando a probabilidade é de ridículos 0,07%. Ele tem um diâmetro médio de cerca de 492 metros e a NASA está muito interessada em saber do que ele é feito.

A Missão Osiris-Rex ficou encarregada de estudar Bennu. Para economizar combustível, Osiris-Rex pegará uma carona com a gravidade terrestre de forma a ser catapultado até o pedregulhão, alinhando com a trajetória dele, coletando material e voltando à Terra para trazer material de estudo.

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