Tudo tem que ser verde, hoje em dia. Combustível tem que ser verde, casas têm que ser verdes, só podemos andar no verde, meu papagaio é verde e meu gerente recomenda o mesmo para a minha conta bancária (mas desejando ardentemente que não). Só que os atuais combustíveis verdes podem não ser tão verdes assim, como mostra um relatório que avalia a produção de combustíveis produzidos por algas e seu custo relativo.
O dr. Joel Cuello trabalha no Departamento de Engenharia Agrícola e de Biossistemas na Universidade do Arizona. Em seu relatório de avaliação, ele relata inconvenientes trazidos por biocombustíveis de algas. Praticamente, a onda de “combustíveis verdes” virou coqueluche na mídia, mas não devemos esquecer que a coqueluche é uma doença. O aumento da produção de biocombustíveis produzidos a partir de algas para atender pelo menos 5% das necessidades de combustível do sistema de transporte dos EUA transporte pressionaria outros tipos de combustível, mas sempre esbarramos num terrível fator: a Realidade.
Segundo Cuello, que não só deve ser insatisfeito com o nome, mas como o atual sistema de produção de combustíveis, se os recursos que se tem para entrar em produção fosse aumentado hoje, não teríamos algo próximo do que se pode considerar sustentável. Em palavras mais diretas, tudo não passa de engôdo politicamente correto do ponto de vista ecológico, mas profissionais técnicos têm a tendência de estragar prazeres com fatos, e com fatos pode-se provar qualquer coisa.
Segundo o documento, para que os biocombustíveis de algas possam contribuir com uma quantidade significativa de combustível para o transporte no futuro, a pesquisa e desenvolvimento necessários para melhorar a cepas de algas deveriam ser incrementados, de forma que haja avanço na tecnologia de materiais e métodos para o cultivo nessas cepas, bem como o processamento de algas para que possamos ter combustíveis, reduzindo os requisitos de energia para vários estágios de produção. Em outras palavras, pouco adianta você produzir combustíveis verdes se eles consomem energia proveniente de fontes não-verdes. Parece até aquela história de tomate orgânico, que custa mais caro que o convencional, já que demanda mais cuidado, e é ineficiente para fornecer alimentos para populações grandes. Bem diferente de produzir hortinha em casa.
Biocombustíveis derivados de algas e cianobactérias são possíveis alternativas para combustíveis derivados do petróleo e pode ajudar os EUA a atender às suas necessidades de segurança energética e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, segundo os especialistas, só que isso é meio idiota. Álcool faria isso, mediante combustão completa. O problema de combustíveis fósseis não é somente o CO2 e sim os aditivos que são inseridos, bem como óxidos de enxofre, causadores de chuva ácida. E tudo isso tem um custo, mas o custo dos combustíveis de algas ainda não é competitivo, sem falar na tecnologia de motores que deverá ser desenvolvida para isso, sem esquecer da ganância das montadoras que produzirão “carros verdes” a preços que beiram a extorsão.
Cuello aponta que o relatório não deve vir como uma surpresa para os especialistas. “Todos os projetos de pesquisa financiados pelo governo federal sobre os biocombustíveis de algas estão, pelo menos indiretamente, trabalhando para resolver esses problemas que identificamos e explicitamente, porque as pessoas têm consciência destes desafios, embora talvez não com o grau de integração do processo de que é necessário.”
Claro que o Mercado ditará as normas. O álcool é muito mais limpo que a gasolina, mas como nos lembramos do finado pró-álcool,
vemos que não basta ter determinada tecnologia, é preciso interesse para que ela seja aplicada, e entre ter uma tecnologia e aplicá-la temos um abismo.
Fonte: Universidade do Arizona
Um excelente artigo. :smile: Por outro lado, biocombustíveis, de modo geral, não são tão “limpos” quanto pensam o público.
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É aquele negócio. Carro elétrico não faz fumaça, mas da onde vem a energia pra empurrar o carro que não faz fumaça?
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@Tanatos,
Pode ser proviniente de energias limpas, como a eólica, solar etc:D
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Energia eólica é limpíssima. Pergunte a qualquer pássaro.
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@André,
Realmente, me expressi mal.
Que continuem, então a usar exarcebadamente energias derivadas do petróleo. Garanto que não serão só pássaros que irão morrer. :D
sarcasm
in
sight.
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Maniqueísmo e falácia do espantalho: as armas preferidas dos idiotas.
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@André,
“Energia eólica é limpíssima. Pergunte a qualquer pássaro.”
Mas você provoca também, não, André? :razz:
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@André,
No exato perfil em que você se encaixa!
Deveria usar sua Inteligência com um pouco mais de sabedoria e humildade.
Ou você acha que tem algum direito de chamar as pessoas de idiota?
Onde está sua ética, professor?
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Deveria usar sua Inteligência com um pouco mais de sabedoria e humildade.
Não tenho tempo para ser humilde quando sou inteligente, culto, perspicaz, sábio, incrível, fantástico, bom jogador de futebol, basquete e vôlei, consigo apagar uma vela com um tiro a uma distância de 2km, controlo o clima, tenho garras de adamantium e criador do Céu e da Terra.
Ou você acha que tem algum direito de chamar as pessoas de idiota?
Só as toupeiras extremamente burras, imbecis, retardadas, possuintes de trissomia e incapazes de ler algo mais complicado que gibi da turma da Mônica.
Onde está sua ética, professor?
Chame-me de Doutor, por gentileza. Estou a anos-luz do seu Ensino Médio de colégio estadual.
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