“Tá nervoso? Vai pescar.” Dizem os cientistas.

Tá nervoso? Vai pescar.O cérebro pode produzir antidepressivos naturais quando corretamente estimulado, o que sugere que meditar ou ir a lugares especiais realmente funciona, segundo um estudo científico publicado na quarta-feira.

Ratos forçados a nadar infinitamente, até que preferissem apenas flutuar e esperar o afogamento, recuperavam a vontade de viver quando ouviam um tom associado à segurança.

Isso sugere a capacidade de replicar esse estímulo em humanos e de desenvolver medicamentos melhores contra a depressão, segundo Eric Kandel, do Instituto Médico Howard Hughes e da Universidade Columbia, de Nova York, que dirigiu a pesquisa.

Por telefone, ele explicou que uma visita ao campo, por exemplo, pode ter o mesmo efeito do som reconfortante para os ratos.

Os cientistas já haviam realizado o clássico condicionamento dos ratos — fazendo-os associar determinado som a uma dor, até que temessem o próprio som -, quando decidiram realizar o exercício contrário.

Então, tocavam um som apenas quando não estavam dando choques nos ratos. “Ele aprendia que a única hora em que estava realmente seguro era quando o tom aparecia”, disse Kandel.

Para deixar um rato deprimido, eles o deixavam nadando desesperadamente, até que desistisse. “Quando se dá um antidepressivo a um animal, ele começa a nadar de novo. Quando tocávamos o tom, ele começava a nadar de novo, como com os antidepressivos.”

Outros experimentos mostravam uma atuação complementar do estimulo externo e do antidepressivo. O som acionava neurotransmissores diferentes dos medicamentos – a dopamina e a serotonina, respectivamente.

O condicionamento também afetou um composto chamado fator neurotrófico derivado do cérebro, que ajuda a alimentar e estimular o crescimento de células cerebrais.

Ratos condicionados pelo som da “segurança” também tinham mais células cerebrais recém-nascidas no giro dentado, uma parte do cérebro associada ao aprendizado e à depressão.

Usando radiação para reduzir o nascimento de novas células no giro dentado, os efeitos da “segurança aprendida” e dos antidepressivos eram afetados.

Kandel lembrou que os antidepressivos parecem funcionar, em parte, por estimular o crescimento de novas células cerebrais, algo que a psicoterapia também faz.

“Aprender envolve alterações no cérebro e na expressão genética. A psicoterapia nada mais é do que uma forma de aprendizado”, disse ele.

Isso mostra que a psicoterapia, a meditação e outras práticas contra o estresse podem e devem ajudar no desenvolvimento de novos remédios. “Isso pode abrir novos caminhos que podem ser lucrativos.”

Fonte: UOL Ciência e Saúde

10 comentários em ““Tá nervoso? Vai pescar.” Dizem os cientistas.

  1. Outro dia ouvi um comentário em meu trabalho:

    ‘Quer acabar com o stress de uma mulher? Dê-lhe um cartão de crédito e leve-a num shopping’.

    Tá, é bem machista, eu admito. Mas piadinhas também são relaxantes!
    :razz:

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  2. “Ratos forçados a nadar infinitamente, até que preferissem apenas flutuar e esperar o afogamento, …”

    BAH!

    Mais uma idiotice da experimentação animal, “ciência” que dispenso totalmente. Só isso que tenho a dizer sobre essa notícia.

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  3. Não sou contra a experiência com animais mas deveria existir um limite para isso.

    Deixar um animal (mamífero que compartilha conosco muito de nossa natureza: biologicamente sem dúvida nenhuma e com certeza muitas características que os ignorantes e arrogantes humanos pessam ser exclussividade de sua espécie privilegiada)

    É simplesmente falta de inteligência, sensibilidade – indiferença ao sofrimento de outros seres vivos – torturar animais nesse tipo de experiência. Tenho certeza que existiria outra uma forma de fazer isso (uma forma mais inteligente).

    Será que não acham que nadar sem nenhuma perpectiva de sobrevivência não é uma forma de tortura?

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      1. Nesse caso pesa a lei da sobrevivência: ou matamos a barata ou ela nos vai passar doenças. Nesse caso não é possível uma convivência harmônica, entre um animal patológico e o humano.

        O mesmo vale pra aranhas, escorpiões, etc. que ameaçam nossa saúde e mesmo nossa vida.

        Não digo, claro, a mesma coisa pra habitats naturais. Que sentido faria exterminar insetos onde não estão nos fazendo mal nenhum (muito pelo contrário)?

        A saber, dedetizar nossa casa é totalmente diferente de torturar camundongos numa experiência insana e criminosa.

        A propósito, essa notícia rendeu um post também no meu blog, onde teve os devidos comentários sobre essa insanidade imbecil.

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        1. Hah, entendi, se um animal poderia lhe fazer mal você mata sem pensar duas vezes, e se ele faz parte de uma experiencia que pudesse salvar a vida de vários humanos (morte por suicídio por exemplo) você é contra? vamos parar com essa hipocrisia, olhem o tanto de CRIANÇAS que torturam e matam animais nas ruas pela pura e simples vontade de vê-los sofrer, estes experimentos pelo menos servem para trazer novas descobertas úteis para a humanidade, outra coisa, o fato de você matar um boi e comê-lo não seria uma maldade de acordo com o seu comentário!?!? então vire vegetariano, pois está matando um ‘pobre animal que não te fez mal algum’

          e os animais que estão ‘invadindo sua casa’ na verdade estavam lá há séculos, você que invadiu o lar deles, e os está matando com sua ‘insanidade imbecil.’

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        2. “Hah, entendi, se um animal poderia lhe fazer mal você mata sem pensar duas vezes,”

          Se um animal pode causar doenças e ameaçar minha vida, não há outra solução.

          “e se ele faz parte de uma experiencia que pudesse salvar a vida de vários humanos (morte por suicídio por exemplo) você é contra?”

          Há meios éticos e muito mais seguros de se pesquisar essas coisas. Achar que temos que explorar e torturar animais pra sempre pra sabermos as respostas pra certos dilemas vai contra a própria lógica da ciência de sempre evoluir. Você acha as experiências nazistas com humanos prisioneiros indispensáveis e imprescindíveis também?
          Se ainda não há um método eficaz de pesquisar certos problemas, nada melhor do que empreender o esforço de descobri-las.

          “vamos parar com essa hipocrisia, olhem o tanto de CRIANÇAS que torturam e matam animais nas ruas pela pura e simples vontade de vê-los sofrer, estes experimentos pelo menos servem para trazer novas descobertas úteis para a humanidade,”

          Um não é menos violento e maldoso que outro, mesmo com a intenção variando. Um é violento e maldoso, o outro é violento e anacrônico mesmo com boas intenções que poderiam ser atendidas com uma pesquisa mais ética.

          “outra coisa, o fato de você matar um boi e comê-lo não seria uma maldade de acordo com o seu comentário!?!? então vire vegetariano, pois está matando um ‘pobre animal que não te fez mal algum’ ”

          Não sou só vegetariano completo como sou vegano, alguém que evita todas as formas individualmente evitáveis de sustentação pela exploração animal (produtos com ingredientes de origem animal e/ou testados em animais).

          “e os animais que estão ‘invadindo sua casa’ na verdade estavam lá há séculos, você que invadiu o lar deles, e os está matando com sua ‘insanidade imbecil.’”

          Eu não, mas sim os meus antepassados que não tinham nenhuma noção ambiental e devastaram insanamente os ecossistemas pré-urbanos. E também a falta de saneamento básico público (aqui a coisa ainda é nas fossas domiciliares e ligações clandestinas de despejo de esgoto em canais) que espalhou baratas pelos bairros. E bem que não me falta disposição pra apoiar uma reforma urbana profunda que liberasse o máximo possível dos territórios urbanos pra reflorestamento (isto é, se fosse possível).

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