A sinfonia da distância do Universo

O Hubble Ultra Deep Field é uma imagem de uma pequena região do Espaço, mas de grande importância. Ela foi obtida por seguidas exposições do Telescópio Espacial Hubble entre 2003 e 2004, e é a imagem mais profunda do universo tirada em luz visível, registrando galáxias e estrelas como com seu brilho emitido há bilhões de anos. Com certeza, muitas dessas estrelas sequer existem mais, mas é um registro do passado, um “osso estelar” encontrado por um paleontólogo espacial que observa as entranhas de um Universo que há muito se modificou.

Esta imagem retrata um universo jovem, com idade entre 400-800 milhões de anos após o Big Bang. Muito antigo, não é, mesmo?

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A longínqua voz perdida do sacerdote que pode ser ouvida hoje

Sabeis vós, ó Príncipe, que aqui, que vos se apresenta, é a última morada de Natsif-Amon, o Sacerdote. Culto que era, este Portador do Incenso descansa depois de uma vida inteira dedicada aos seus ancestrais como nobre e escriba, desempenhando funções importantes no reino. Hoje, Alteza, ele repousa aqui, que gerações futuras e incultas chamarão de “Karnak”. Sim, meu príncipe, eu tenho o dom de ver o futuro, assim como o passado dos antigos reinos que lhe antecederam. Vós, que sois um Ptolomaico, sabe da importância de resguardar a nossa História.

Escutai, ó Príncipe, as vozes que emanam daqui. As vozes surdas que murmuram nossas conquistas, nossas realizações, nossas proezas e riquezas jamais vistas. Escutai a voz de Natsif-Amon, o Sacerdote. A voz que que será ouvida daqui a séculos, levando a mensagem de nossa grandeza, ó Príncipe!

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Os fantasmagóricos sons de Júpiter

O Senhor dos Planetas tem segredos. Alguns desses segredos são bem secretos. O que se esconde lá? Na certa, seres vivos, pois há homens bons morando no interior de Júpiter, segundo a Revista Espírita, Ano I, Março de 1858, nº 3. Hoje sabemos que não é bem assim. Ou será que não?

Quando uma sonda da NASA fez a sua primeira órbita completa em torno de Júpiter, um instrumento Universidade de Iowa gravou sons do Planeta-Deus. Sons aterrorizantes. Almas? Espíritos? Monstros? Inferno?

Prepare-se para o medo. Aqui o som das almas de Júpiter!

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Cientistas fazem chupeta na cabeça de paciente em coma

A moderna medicina intensiva faz milagres que há coisa de alguns anos parecia algo bizarro, digno de ficção científica. Ainda assim, lesões cerebrais são um problema sério e o coma um espectro que ronda as UTI do mundo todo. Eu não quero estar em coma, você não quer, ninguém quer. Quando um paciente está em coma, uma garra gelada segura nossa espinha. Morte? Vida? Viver como um vegetal e acabar sendo comida de vegans? Há uma série de variáveis. Será que médicos conseguiriam dar reboot no cérebro e fazê-lo pegar no tranco?

Existe uma técnica que nem é tão desconhecida assim: ultrassom (pois é, ele não é só pra saber o sexo do Maicojéquissom da Silva). Isso fez toda a diferença na vida de um homem de 25 anos.

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Cientistas pesquisam ecolocalização em humanos

Em tempos de série do Demolidor, você assiste, se diverte e diz "meh, isso porque é herói de quadrinhos". Bem, é mais ou menos isso mesmo, mas tem fundamentos. Há pessoas que não só conseguem ouvir frequências mais altas, como usam ecolocalização.

Assim, você bem pode ter o poder de um morcego ou golfinho. A questão era saber como isso funcionava. É o que pesquisadores da Inglaterra procuram responder. Mas antes, claro, é preciso entender como nós ouvimos

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Ciência, música e a beleza de combiná-las

Há duas coisas fundamentais que nos separam dos outros animais. Produzir ciência e fazer música. Pássaros não fazem música. Estão apenas chamando as fêmeas de "gostosas", enquanto puxam briga com outros pássaros. Aprendemos a criar melodias diversas, aprendemos a usar a Ciência. Aprendemos a misturar as duas coisas, e o resultado é fantástico.

Nigel Stanford achou que seria o máximo usar a Física das ondas mecânicas, intimamente ligada aos sons, para produzir arte, usando música. É um efeito fisiception, no qual ondas sonoras formam ondas mecânicas, gerando esculturas. E como tudo fica melhor com bobinas de Tesla, o que se pode dizer? Veja o vídeo!

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Nós podemos ver o som?

Você sabe o que é a luz: uma onda eletromagnética que tem os componentes dos campos elétrico e magnético, oscilando em um ao outro, perpendicularmente entre si e perpendicular à direção de propagação dessa onda. Ela não é vista se não tiver algo a ser visto. A bem da verdade, jamais veríamos os disparos de lasers (neste momento você fez PEW! PEW! PEW! mentalmente que eu sei!) das naves espaciais, pois só vemos os raios por causa da refração, iluminando as partículas dispersas.

A luz não precisa do meio material para se propagar, podendo viajar tranquilamente pelo vácuo, diferente do som, que é uma vibração do meio que percorre meio material e chega aos nossos ouvidos. Mas, será possível que nossos olhos vejam o som? "Não", é a resposta. Pelo menos, é que se pensava até provarmos o contrário.

Você gosta de Física e assiste Cosmos? Bem, aqui você verá tudo em altíssima resolução (diferente da NatGeo BR) . Afinal, aqui é o LIVRO DOS PORQUÊS!

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Shhh, hora de fazer silêncio…

Levante de madrugada. Ande descalço pela sala e fique em pé, de olhos fechados. Você está envolto ao silêncio, certo? Errado! Preste atenção. Se não for o tic-tac do seu relógio, será o som da sua geladeira. Num prédio? Sempre tem um vizinho batendo a porta. Casa? O som da rua, onde alguém está chegando de carro.

Se quisermos mesmo estar em silêncio, nem mesmo aqueles fones que agem como supressor de ruído são 100% eficientes. É necessário sair de casa. Mas existe realmente um lugar sem nenhum tipo de ruído criado por seres humanos?

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Como os morcegos “enxergam” o que está em seu caminho?

Se você não fugiu correndo de um colégio e aos berros (ainda mais se foi meu aluno), você sabe que morcegos possuem um sonar nato que o ajuda a se guiar durante o voo. Não que morcegos sejam cegos, mas que de noite é realmente bem difícil poder enxergar. Seu sistema de ecolocalização é o responsável por isso, coisa que toda criança de Ensino Fundamental sabe. O que não se sabia até agora é como é feita esta ecolocalização, isto é, se a intensidade do som emitido pelo filhote do Batman tem alguma influência no modo de voar, desviando dos obstáculos.

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Uma cantora de ópera pode quebrar uma taça com a voz?

A orquestra toca e uma mulher loira de proporções consideráveis, com tranças amarradas com fitas e vestindo um colete de metal dourado e um capacete com chifres caminha em direção ao centro do palco. Seu busto cresce à medida que toma fôlego; ela abre a boca cuidadosamente delineada com batom e, como um terremoto, emite uma poderosa nota. Taças de champanhe estouram, monóculos racham, os lustres de cristal explodem com a força da voz destruidora. A cena é comum em vários desenhos animados e comédias, mas será que essa piada tem um fundo de verdade? Será que uma cantora de ópera tem o poder de romper vidros com o som da própria voz? Continuar lendo “Uma cantora de ópera pode quebrar uma taça com a voz?”