Achada antiga ferramenta que ajudava no fabrico de cordas

Eu rio muito quando o pessoal fala que “adora tecnologia”, só porque comprou um celular novo. Nós já tínhamos tecnologia quando quebramos um pedaço de pedra para servir de arma ou utensílio para esmagar grãos (e a cabeça dos adversários). Por isso eu gosto muito do canal Primitive Technology, em que o cara monta abrigo (inclusive de tijolos e telhas), armas, panelas etc, só com o que encontra pelo que tem ao seu redor. Ele tem até um vídeo ensinando a fazer corda, mas nossos ancestrais eram mais espertos; como pode provar a descoberta feita por cientistas alemães. Trata-se de uma ferramenta, um dispositivo tecnológico que ajuda a fazer cordas.

Porque fazer totalmente na mão é coisa de silvícolas atrasados.

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Neandertais e humanos desenvolveram diferentes tecnologias para obter alimentos

Dizem que somos o que comemos. Não é bem assim. É mais como “ficamos da maneira como comemos”. Nossos alimentos deixam marcas, algumas visíveis outras nem tanto. Como dentes, por exemplo. Isso pode ser evidenciado em nossos tatatatataravós, sejam Homo sapiens, sejam neandertais. Se bem que nenhum de nós tem ancestral entre os neandertais, mas isso ainda não é totalmente consenso.

Claro, como temos os dos hominídeos supracitados com culturas diferentes, lógico, suas dietas eram diferentes, mesmo porque, seus modos de obter comida eram diferentes.

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O mais velho entre os mais velhos neandertais

Sima de los Huesos é um lugar e tanto. O Poço dos Ossos fica na Cueva Mayor (Caverna Maior) que fica na Serra de Atapuerca, que é uma cadeia montanhosa localizada ao norte de Ibeas de Juarros, na província de Burgos, entre Castela e Leão, e tudo isso fica na Espanha. Este “poço” tem 13 metros de profundidade sendo a parte mais profunda da Cueva Mayor. O que tem de especial naquele lugar chama-se “História”. Ou “Pré-História”, mesmo, mas não sejamos tão detalhistas. Já falamos de achados em Sima de los Huesos AQUI e AQUI.

Mais de 5 mil fósseis de cerca de 30 indivíduos da espécie Homo heidelbergensis (considerada ancestral dos neandertais), com idades muito variadas e de ambos os sexos. Estes restos representam mais de 90% dos fósseis humanos recuperados, com datação do Pleistoceno Médio, de todo o mundo. Sempre se discutiu se ali era a origem dos neandertais, só que agora temos novas evidências que sustentam que, sim, ali é realmente o berço da espécie que conviveu com humanos, e acabou sendo limado de uma vez por todas.

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O fungo mais velho entre os mais velhos

A vida e seus mistérios fascinam os humanos desde que o mundo é dos humanos. Saber coo surgimos, quando nossos ancestrais começaram pela primeira vez a se replicarem, há 3 bilhões de anos. Como eram apenas moléculas, não temos registros deles, apenas ensaios bioquímicos que comprovam, mas nenhum mostrando um punhado de substâncias inorgânicas se tornando um corpo vivo. Moléculas se tornaram células, células se tornaram seres multicelulares, seres que depois construíram arranha-céus e levaram alguns dos seus à Lua. Ainda assim, queremos ver os primeiros de nossos irmãos.

Bem, na década de 1980, um antigo fóssil foi encontrado e estimou-se que seria um ser vivo bem primitivo, mas pesquisa recente parece achar que é muito mais que isso.

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No início, nossas avós pré-históricas eram safadinhas e tiveram vários namorados

A Eva Genética (ou Eva Mitocondrial) é o mais recente de nossos ancestrais comuns. Praticamente, foi ali quie começou a humanidade. Ela tem esse nome porque nossas mitocôndrias vieram dela, pois a mitocôndria, este bacteriazinha que veio viver em simbiose com nossas células, é passada sempre de mãe para filhos (e filhas, claro). As mitocôndrias têm o seu próprio DNA, e esse DNA mitocondrial está agora presente em todas as pessoas. Claro, o pessoal que tem problemas mentais acha que isso significa que a historinha pra boi dormir de Eva & Adão é verdade, mas esqueceram a parte do Adão Genético, ou Adão-Y, o mais antigo ancestral de origem patrilinear. E, segundo a hipótese científica mais aceita, tem origem na África.

Agora, pesquisadores estudam cromossomos Y, herdado de pais, e o DNA mitocondrial de chimpanzés, bonobos, gorilas e orangotangos, de forma a contruir  árvores genealógicas para cada espécie. Essa pesquisa identificou o ancestral mais antigo do chimpanzé com cromossomo Y que viveu há mais de um milhão de anos atrás. Mas o que isso significa?

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Dona Aranha está feliz por ver vocês

O mundo é legal, mas seria mais legal se tivéssemos mais informações sobre todas as espécies que viveram ao longo desses 3 bilhões de anos. Infelizmente, não sabemos quais foram as espécies que viveram e morreram ao longo dos éons. Só uma ridícula parcela deixou evidência fóssil, seja através de impressão em rochas, permineralização ou preso em âmbar. Lembrou de Jurassic Park? É mais ou menos aquilo, fora a parte de clonar dinos.

O âmbar é uma secreção proveniente de antigos arbustos, sendo uma matéria viscosa, ou seja, é o que chamamos de “resina”. Praticamente, esta substância age como “antibiótico” para a planta, pois previne a invasão de bactérias e insetos na madeira. Com o passar do tempo, esta resina se polimetriza, tornando-se rígida, e se algum inseto ficou preso nela, já era, ficou para a posteridade, como esse foto aí de cima, que é uma parte morfológica de uma aranha de 99 milhões de anos.

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Fósseis de besouros tiram uma radiografia e passam bem

Encontrar um fóssil não é pra qualquer um. E mesmo encontrando não é garantia que você irá reconhecer como sendo um. Normalmente, as pessoas são capazes de sair bicando uma pilha de fósseis como se fossem pedras, mesmo porque, de certa forma, o são. Quando restos mortais de seres vivos que passaram dessa pra melhor sofrem permineralização, praticamente o que era o o bicho (ou planta) deu lugar a minerais, e o caso ainda fica pior quando o fóssil é de um animal pequeno, como besouros, por exemplo.

Pesquisadores usaram uma técnica que seria bem semelhante a uma radiografia para examinar as entranhas de fósseis, e o resultado é para lá de legal!

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As mais antigas (até agora, frise-se) artes rupestres já encontradas

Nessa longa estrada da civilização, o Homem vem correndo e não pode parar, na esperança de não ser extinto, sendo devorado por um jaguar. Todos sabemos (ou pelo menos vocês deveriam saber) que seres humanos surgiram em muitos lugares, mas principalmente na África. Poucos vestígios ficaram desses pioneiros e o pouco que sabemos de sua vida vem de pinturas rupestres, na maioria dos casos.

Achava-se que as primeiras pinturas foram feitas na Europa, mas pesquisadores encontraram indícios de pinturas mais antigas na Indonésia que, caso não saibam, não fica na Europa, mas na Ásia.

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Cientistas examinam cavidade auditiva de dinossauro e não é por causa de dor de ouvido

Ontogenia é o estudo das origens e desenvolvimento de um ser vivo. Saber como ele apareceu e no que ele resultou. Um dos bichos que mais despertam interesse nesse campo é, claro, dinossauros. A saber, são os únicos monstros que realmente tivemos (os outros estão guardados na Área Pitu, digo, Praianinha, quero dizer, Área 51).

Agora, uma equipe de pesquisadores resolveram estudar não apenas um dinossauro, mas especificamente seu crânio e mais especificamente ainda seu ouvido interno, e como ambos se tornaram o que eram.

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Quando meus pais mudaram de casa

De acordo com novos estudos, nossos antepassadas saíram da África mais cedo do que se pensava. Bem mais cedo ou, do ponto de vista geológico, foi praticamente ontem. A bem da verdade, a história do homem na Terra é algo absurdamente recente. Por causa de uma Era Glacial, o nível dos oceanos baixaram, acarretando seca em alguns lugares. Isso fez com que antigos africanos começassem a procurar terras férteis em outros lugares. Agora, uma nova pesquisa nos diz que estas migrações começaram mais cedo do que se pensava.

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