A lógica ilógica dos livros de Matemática

Hoje, chegaram, desenharam um pentagrama no chão, escreveram palavras cabalísticas, sacrificaram uma picanha, com um vinho merlot (prato de pipoca é o cacete!) e chamaram meu nome 3 vezes na frente de um espelho quebrado. Diante da minha glória, perguntaram-me sobre um problema de um livro didático de Matemática. E sim, o livro tinha muitos problemas, mas não o que esperávamos encontrar.

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Alunos escolhendo currículo a ser ensinado nos colégios. O que pode dar errado?

Existem dois mundos no cenário educacional. Aquele incrível que foi criado pelos teóricos da Educação (os que nunca colocaram os pés num colégio para ensinar, e possivelmente nunca para aprender), cheios de experimentos, testes, análises e ideias mirabolantes. E tem o mundo real.

Um projeto MAAAAAAARAVILHOSO do governo de São Paulo visa deixar a critério do aluno a escolha das matérias que comporão o currículo escolar, na reforma do Ensino Médio, a qual deve começar em 2016 em um número pequeno de unidades. Sinto o cheiro de vitória no ar.

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Criança e vítima de racismo e tem que pedir desculpas

A insânia já instalada no Brasil assume graus galácticos a cada dia. E isso por causa de um motivo simples: Brasileiro ama bandido. Brasileiro corre para pagar fiança de político corrupto, faz moção em desagravo a traficante internacional de drogas, que cismou que levar uma porrada de cocaína para um país com pena de morte para tráfico era uma boa ideia.

Agora, uma menina de 13 anos sente na pele, na cor de sua pele, como o ser humano pode ser desprezível já nos jovens anos de sua vida, ao ser agredida de todas as formas. Mas ainda teve que pedir desculpas aos coitadinhos.

Essa é a sua SEXTA INSANA!

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Crianças proibidas de ver o eclipse. Mas religião é coisa boa

Eu adoro eclipses. São mágicos, incríveis e fantásticos. As Leis de Newton em ação, dando um espetáculo. Para minha infelicidade, nunca vi um eclipse total do Sol. Já vi o da Lua, mas não é a mesma coisa. Mas eu tive quase isso quando era criança. Não ficou tudo escuro, mas vi através de um vidro escurecido com fuligem de uma vela o Sol ser "abocanhado", para depois voltar com toda a sua glória. Eu prefiro pensar que naquele momento eu quis ser cientista, para entender o porque daquilo estar acontecendo. Mas é uma competição desleal se comparar um eclipse com histórias de burros falantes, chuvaradas mágicas e zumbis palestinos. Os eclipses, pelo menos, existem.

Infelizmente, algumas crianças inglesas (pois é. Nem o Brasil é tão tosco a este ponto… espero!) não puderam ver o eclipse. Foi decidido que eclipse é feio, ruim, bobo e chato. Mas as desculpas oficias foram outras, inclusive que eclipses vão de encontro a motivos culturais e religiosos.

Me eclipsando de vergonha, esta é a sua SEXTA INSANA!

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Um dia numa reunião de pais e mestres

Normalmente, eu presencio reuniões pedagógicas e de pais-e-mestres no lado errado. No mais das vezes, na cadeira penal, onde professores são vítimas de pais enlouquecidos e entregues de bandeja pela coordenação. Hoje foi diferente. Eu, com pai, estava lá para ouvir os professores. Também tive que ouvir outros pais e orientadores. Então, nada mais justo de compartilhar aqui o que eu vi e, assim, entendermos por que a Educação está do jeito que está. Se você me acompanhou pelo Twitter, percebeu um pouco da insanidade em tempo real, inclusive com os trocentos erros de digitação e o corretor ortográfico jogando contra. Mas vamos falar um pouco agora, com as minhas impressões depois do ocorrido.

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Músicas infantis de ontem examinadas por pedagogos de hoje

Saiba, ó Príncipe, que nos anos que antecederam a subida dos Pedagogos ao Poder, e as águas engoliram o Ensino, houve uma era inimaginada. Neste tempo, mensagens sérias para crianças não seriam levadas como uma estocada ou violência moral. Não havia o ECA e Paulo Freire ainda perambulava pelos rincões, fazendo sua propagandola esquerdista. Era a época dos palhaços de circo, antes dos palhaços da política. E um deles era o Carequinha, nome artístico de George Savalla Gomes.

Mas estamos no mundo do politicamente correto. Como seria um dos maiores sucessos do carequinha, se examinados por uma pedagoga de hoje?

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A Alemanha dos Analfabetos

No sacrossanto recesso e meu lar, leio a notícia compartilhada pelo Avelino, em que uma jornaleira d’O Globo fala dos índices de analfabetismo em adultos na Alemanha. Curiosamente (ok, não é curioso. É de praxe) o teto parece se contradizer às vezes. Ele fala sobre os altíssimos (para padrões da Europa) índices de analfabetismo da Alemanha. Mesmo porque, segundo a autora do artigo, é um país berço de muitos filósofos e escritores. Mostro para ela a taxa de alfabetização da Grécia nos tempos de Sócrates e de hoje?

Bem, estou meio sem ter o que fazer, então, darei uma repassada no artigo. Corta pra mim!

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Pedagogia da Liberdade ou “Vê lá o que se anda escrevendo”

As pessoas andam com a ideia errônea que vivemos num país livre, com direito a expressar opiniões. Quer dizer… direito de expressar sua opinião você tem, desde que esconda de seu chefe. Se meus chefes pararem para ler o Ceticismo.net, ensinarão História das Religiões, com o detalhe versando sobre a Inquisição, comigo sendo usado como exemplo do que faziam com as bruxas, que não cremos, mas que existem, existem.

Como eu sou esperto o suficiente para não dar nenhuma pista a ninguém do que ando escrevendo no meu blog, não corro o risco que um professor de Literatura tomou pela cara. Ele tem um blog de contos eróticos e acabaram f… errando a vida dele.

Hoje não é sexta-feira, mas é insano assim mesmo!

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Por que Malba Tahan jamais seria bem visto hoje?

Malba Tahan é um dos melhores exemplos do que já tivemos em termos de excelência. Vemos como nossa literatura infanto-juvenil era incrível, bem longe dos Pedro Bandeira de hoje ou, benzo-me, Ana Maria Machado. Viajamos por desertos, oásis, odaliscas, sheiks, príncipes, guerreiros, mercadores, vilões, bandidos, sultões, vizires e simples professores. ele mostra a época de ouro de nosso ensino, quando colégios públicos eram referência em qualidade. Era a época que alunos aplicados e professores bem remunerados faziam as suas partes, mas que hoje é mal visto. Aquela era a época que engenheiros davam aula e pedagogos não se metiam no processo de ensinar. Hoje, isso é apenas uma sombra perdida nas brumas do tempo, e o Homem que Calculava é algo digno de ser

Como seria Malba Tahan visto hoje?

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Seja responsável e mantenha seu filho burro!

Em qualquer reunião com pedagogos eu tenho desgosto. É uma dor que corrói a alma, e eu não posso me livrar dela. Numa reunião hoje, eu vi soltarem a seguinte pérola "O senhor tem um projeto de ensinar computação aos alunos. Acho que eles são muito novos pra mexer com computador".

E esta toupeira se diz educadora, e você, profissional que ENTENDE da sua disciplina, é uma besta.

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