Pesquisadores fuçam o cérebro pra saber se paciente está com dor

Sentir dor não é legal. Ninguém gosta de sentir dor. Médicos não gostam que seus pacientes sintam dor. Dor não é doença, dor é sintoma, e se a pessoa está sentindo dor, tem algo de errado. Claro, a necessidade primária é minimizar ou erradicar o sofrimento da pessoa, enquanto se busca o caminho para evitar o que está causando este sofrimento, e é aí que entram os analgésicos. O problema é: quais e quantos analgésicos deve-se administrar? Quanto de dor o paciente está sentindo? Como mensurar isso, pois todo remédio tem efeito colateral em maior ou menor grau, mesmo que seja imperceptível?

Nem sempre dá para ouvir pacientes, pois ou eles não têm a real dimensão de sua dor (sim, eu sei que parecerá estranho, mas as pessoas tendem a querer logo algo arrasa-quarteirão para acabar com a dor de vez), fora os que estão impossibilitados de se comunicar por alguma condição cognitiva ou mesmo porque estão desacordadas.

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Misturar opioides com canabis para tratar dor não dá final feliz

Todo mundo sabe que misturar diferentes tipos de medicamentos para o mesmo fim não dá final feliz. O problema é que quem deferia saber, parece que não sabe, e nem estou levando em conta a auto-medicação por motivos que vocês já vão saber daqui a pouco. Bem, uma pesquisa abordou sobre prescrições médicas que estão receitando canabis e opioides como forma de tratamento de dores. Sim, ao mesmo tempo.

Resumo da pesquisa: Deu ruim, mano. Muito ruim!

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Seres Supremos pesquisam analgésicos melhores e que não viciam. De nada!

Sentir dor não é uma coisa legal. Ninguém gosta de sentir dor (nem mesmo sado-maso, pois eles escolhem o tipo de dor que querem sentir). Sendo assim, tomar analgésicos é uma excelente pedida; mesmo porque, sentir dor não é normal. O problema começa quando você toma o analgésico mas não investiga a causa da dor. Dor não é doença, é sintoma, e sinal que algo está errado. O segundo problema é que as pessoas escalonam o uso de analgésicos até aqueles pancadões que causam dependência, mesmo quando a pessoa já não tem mais a doença, mas mantém o hábito de tomar os remédios.

Quem poderia nos ajudar? Quem dos seres mágicos e superiores teriam condições de usar seus poderes supremos para nos livrar desse pérfido mal? Continuar lendo “Seres Supremos pesquisam analgésicos melhores e que não viciam. De nada!”

Pesquisa procura diferenciar expressões de dor e orgasmo

Todo dia eu vejo pesquisas que são candidatas ao IgNobel. Algumas mais outras menos. Gosto de ler sobre todas elas por saber que são pesquisas reais e até mesmo importantes, mas ainda assim são inusitadas. Imagine que alguns pesquisadores resolveram estudar a feição das pessoas durante um orgasmo; mas não é apenas isso. Traçaram um paralelo com as feições de quando sentem dores, e compararam diversas etnias para saber como cada uma responde.

Na versão TL;DR, ocidentais arregalam os olhos e abrem a boca, enquanto que orientais terminam com um sorrisinho maroto. Mas você não vai ficar só no resumo TL;DR, né?

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Pesquisa estuda como medicamentos opioides agem para não dependermos mais de medicamentos opioides

Ninguém quer sentir dor. Nem eu, nem você, nem o House. Tem horas que a dor é tanta que só apelando para opióides, analgésicos pancadões da mesma família que o ópio, com o mesmo inconveniente também. E ficar viciadão em analgésico opiáceo não é tão incomum assim. Seria legal se pudéssemos ter um analgésico boladão sem deixar você chapado e muito menos viciado na bagaça, né? Bem, pesquisadores do Reino Unido e do Japão identificaram como o sistema natural de analgésicos do cérebro poderia ser usado como uma possível alternativa aos opióides.

Péra, como assim “sistema natural de analgésicos do cérebro”?

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O doloroso caso da família que não sente dores e corre riscos de se machucar

Imagine que você estivesse livre de dores. Nenhuma. Nenhumazinha sequer. Parece o som do paraíso, certo? Mas não é. Não sentir dores é um inferno. Você se machuca sem saber, podendo ter cortes profundos e se esvair em sangue. Pode ter algo muito errado, mas como não sente dor, só saberá tarde demais.

Tem até o caso de uma família inteira com uma mutação genética que inibe que eles sintam dores. O que podemos aprender com eles?

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Placebo funciona mesmo quando o paciente sabe que é placebo

Placebo é uma das ocorrências mais fascinantes na medicina. Desde ajudar animais [1] [2] até “curar” câncer o placebo é a salvação da lavoura em muitos casos. Seu mecanismo ainda não é bem compreendido. Ele funciona, mas ainda não se sabe como nem por que, mas é algo mais do que evidenciado.

Muitos já sabiam que o placebo é tão bizarro que funciona até quando o paciente sabe que é placebo. Mas ciência é feito com pesquisa, e não um tio sintetizando pilulinha mágica em laboratório imundo, parecendo laboratório clandestino de crack.

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Vibrador na coluna diz muito sobre sua dor nas costas

Já tive problemas de dores nas costas, principalmente num dia que uma das alunas veio correndo e se jogou sobre mim. Foi a cor azul mais linda que eu vi enquanto caía numa onda de dor. Problemas assim a pessoa que vê muita série já sabe o que fazer: um emarái! O problema é que o RMN é caro, plano de saúde não vê com bons olhos, tem fila no SUS e nem sempre é isso o que você precisa. Mas RMN é igual bluetooth: tudo fica mais legal com ele. Mas é caro, não se esqueça.

Agora, uma pesquisa parece sugerir um substituto, ou, pelo menos, um aliado: um treco que vibra atrás de você. Que tal? (não, não é isso. Pode acabar com essa carinha de felicidade).

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Como um smartphone pode ferrar sua coluna de vez

Muitos de vocês leem o Ceticismo.net em smartphones. Aproveitam o dão uma olhada no Facebook do desafeto, escrevem bobagens no twitter, mandam ZapZap, ficam cutucando os outros no Grindr e, muito esporadicamente, fazem e recebem ligações. Nossa coluna cervical não foi feita pra ficarmos olhando pra tela de um celular (a bem da verdade, não foi feita pra muita coisa que fazemos diariamente, mas quem se importa?). Vocês já pararam para pensar nas forças atuantes sobre ela ao usar um celular? Bem, a Ciência pensou.

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Como o corpo diferencia um corte de uma queimadura

Você pode dizer, sem precisar sequer olhar, se você foi furado por um alfinete ou queimado por um fósforo. Mas como? Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e da Universidade da Califórnia, San Francisco (UCSF), demonstraram que possuímos esta diferenciação sensorial que se inicia na pele, mediante diferentes populações de neurônios sensoriais – chamados nociceptores – que respondem a diferentes tipos de estímulos dolorosos. Continuar lendo “Como o corpo diferencia um corte de uma queimadura”