
Você já parou para imaginar um mundo onde o motor do seu carro ronca com o poder do cocô de vaca? Parece enredo de filme B, daqueles com zumbis ecológicos e um herói brandindo uma pá como se fosse Excalibur. Mas, segure sua xícara de café, porque na Índia isso não é ficção: é realidade, e das mais absurdas e brilhantes. O governo indiano resolveu transformar a montanha de esterco produzida por suas vacas sagradas em biogás e CNG, o gás natural comprimido que faz aqueles tuk-tuks zunirem pelas ruas e fogões cozinharem. E, pasme, eles estão jogando rios de dinheiro para transformar esse sonho fedorento em realidade. Continuar lendo “Vacas fazem milagres na Índia sob a forma de cocô”



Eu adoro essas ações de “conscientes” prontas a salvar o mundo. E como bem sabemos, muitas dessas “ações” são basicamente uma forma de arrumar dinheiro dando um balão no Imposto de Renda; e isso vale para todo lugar, não só no Brasil. Assim, uma empresoca canadense – que os jornaleiros frisaram ser “financiada pelo bilionário americano Bill Gates”, mas omitindo que a Fundação Bill & Melinda Gates financia inúmeros projetos, sendo a maior organização filantrópica do mundo – veio com lero-lero alegando ter inventado uma tecnologia capaz de remover o CO2 do ar a preços acessíveis.
Biocombustíveis é sempre algo lindo de ser lembrado, mas muitas vezes difíceis de se obter. Uma coisa é usar etanol, que é facilmente obtido de cana de açúcar, beterraba ou milho. Daí vamos pro biodiesel e a coisa complica. Não seria legal se puséssemos lindíssimos seres biológicos trabalhando mais pela gente, produzindo combustíveis de coisas que poderiam nos matar? Pois, eu sabia que você ia concordar.
Gás carbônico, carinhosamente chamado de CO2, é um saco. Além de ser gás de efeito estuufa, ele tem o problema de ser estável, já que está no seu estado máximo de oxidação. Desa forma, cinetistas procuram uma maneira de tentar retirar o danadinho da atmosfera; mas não é só isso. Como isso demanda uma bela duma quantidade de energia, a meta é tornar isso rentável, ou que, pelo menos, se pague. Assim, a busca é uma maneira pela qual possa-se transformar este CO2 em algo reaproveitável.
O problema da sociedade é dar voto de crédito a qualquer um, menos a cientistas de verdade. As pessoas querem soluções mágicas, e é isso que dão a elas, nem que seja com más intenções. A população, CLARO, compra isso. A mídia se lambe toda, pois isso gerará mais visitações, o que incrementará o número de acesso, que transformarão em dados e apresentarão em forma de gráficos aos seus anunciantes, gerando uma bela e gorda receita. É triste, mas a verdade tem que ser dita: jornal não ganha informando você. Ele não ganha nada fazendo você mais culto. Ele ganha com a publicidade e se o que a maioria das pessoas quer é ler tosqueira, tosqueira é o que será veiculado.
O mundo mágico do Marketing faz com que esqueçamos alguns detalhes que eles julgam de pouca importância. Eles usam o princípio do judô: use a força do seu oponente contra ele mesmo. Assim, eles usam a própria tendência estúpida das pessoas em acreditar em coisinhas mirabolantes para divulgar seus trecos e vender produtos. Alguns detalhes são devidamente ignorados, afinal, ninguém quer saber a verdade, e se o idiota quer se separar do seu dinheiro, quem os vendedores são para se oporem a isso?
O processo de refino de petróleo é complicado, caro e nada legal pro meio ambiente ou pro ambiente todo, conforme redações do ENEM que nunca foram escritas. O processo visa tirar as impurezas presentes, pois nem tudo é tão útil assim, ou até é útil, mas não naquela mistura. Os materiais envolvidos são caros, mas engenheiros desenvolveram da Universidade do Texas pesquisam uma nova membrana de separação de gás que poderia fazer as impurezas presentes desde a extração do petróleo e gases naturais mais fácil e com custo menor, o que é exatamente este segundo que interessa às companhias, é claro.