
Você já deve ter visto em algum short do YouTube, Instagram, Tik Tok (ou qualquer outra merda que jovens adoravam ver e compartilhar) uma disputa de tapa. Essa tranqueira tem ganhado popularidade nas redes sociais, e consiste em dois babacas se estapeando de cada vez e ver quem arrega. Daí o que se faz com isso? Se você é cientista sem melhores ideias, fica vendo uma porrada desses vídeos e escreve um artigo científico.
Um novo estudo resolveu alertar sobre os perigos ocultos dessa prática, quantificando os sinais visíveis de concussão entre os competidores, levantando questões sérias sobre a segurança dos participantes.
O dr. Raj Swaroop Lavadi é pesquisador do Departamento de Cirurgia Neurológica da Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh. O Raj até acha muito maneiro as lutas de tapas, mas, claro, tem que ter um porém, e o seu (dele) objetivo é tornar todos os esportes profissionais mais seguros para a saúde neurológica dos atletas.
Se bem que se ele fizer isso, não terá pacientes.
Para dar prosseguimento à pesquisa, a equipe de Lavadi analisou vídeos de competições e registrou 333 tapas, documentando sinais visíveis de concussão. Sim, os estagiários ficaram gente se estapeando, crentes que iriam aprender algo, mas não reclamaram por não trabalharem. Ou quase… O que o pessoal de Lavadi viu fui que mais da metade das sequências observadas resultaram em participantes apresentando sinais claros de concussão.
Puxa, sério que tomar um porradão na cara pode dar uma concussão? Valeu, pessoal!
Bem, com relação aos esbofeteados, quase 40% mostraram má coordenação motora ao final das lutas, cerca de um terço exibia uma expressão vazia e desorientada, e um quarto dos lutadores demorou a se levantar após serem atingidos em cheio por uma bifa bem dada.
Com essas descobertas em mãos, os pesquisadores esperam iniciar conversas sobre a necessidade urgente de regulamentações que garantam a segurança dos participantes. Lavadi lavou a mão na cara de todo mundo reconhecendo que é difícil proibir qualquer esporte, mas aumentar a conscientização sobre os danos associados seria crucial.
Mas ele sabe muito bem que não vai dar em nada e ele só obedeceu à necessidade de manter publicações periódicas constantes.
A pesquisa foi publicada na JAMA Surgery.

Um comentário em “Cientistas descobrem que um tapão pode fazer mal. Obrigado, pelo esclarecimento!”